Hey, você aí

Não, não quero seu dinheiro.
Estava mais pra dizer 'Hey Jude', ou algo assim.
Bom, este blog é sobre mim. Não apenas eu, mas o que penso, sinto, etc. Já foi meio invasivo, já foi vazio. E no fundo ainda é legal, pra mim. Meu cantinho de desabafo e filosofia, se assim posso dizer.
Eu sou um livro aberto. O que quiser saber, pode achar aqui. E o que não conseguir, é porque ainda vamos nos esbarrar por esta vida irônica.

The Beatles

The Beatles
Abbey Road

domingo, 23 de novembro de 2014

900 recomeços

Como caminhar do zero?
Levantar a cabeça, alçar passo? 
Como superar o temor de voltar ao zero?
Como superar a dor de já ter voltado?
E vezes, e mais vezes, tantas quanto se pudesse imaginar.

O quanto a dor nos afasta de nós mesmos?

Às vezes me pergunto isso tudo. 
Geralmente quando algo dá errado. Foge do controle, se desenrola de forma imparável e cruel muitas vezes. 
Quando o inesperado supera as expectativas de maneira ruim.
Há tantas razões pra voltar ao zero...

Não tenho todas as respostas que procuro. Jamais terei.
Também nunca serei imune à dor e à possibilidade de ser dilacerado pela vida. 
Talvez eu apenas descubra, ainda em tempo, como sobreviver com menos sequelas. Como não parar de caminhar. 
Será como não regressar rigorosamente a zero. Poderei regressar à 0,0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000001, algo que é basicamente um zero. 
Mas não é zero. E talvez isso mude tudo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

I'm so tired

Cansei.

Cansei do medo de amar das pessoas.
O medo de arriscar, o medo de ser feliz.
O medo de se ver em situações vulneráveis apenas pra quem não sabe o que é bom.

Cansei também da falsidade.
A necessidade de tentar agradar a todos e não agradar a si mesmo, e ainda só pra desagradar no final.
A falta de personalidade, que não se assume como é. 

Cansei, ainda, da burrice.
A incapacidade de distinguir honestidade de grosseria. 
O mau gosto pra passar um recado e pra fazer escolhas na vida.

Cansei, principalmente, da acomodação coletiva.
Todo mundo parece querer se inserir em tudo isto que me cansa. 
Todos acham que é mais correto ser quadrado, covarde e limitado.

Que o sejam. 
Que se explodam em sua mesmice. 
Que percam o melhor da vida em seu medo.
Que evoluam apenas para perceber o erro, e não poder repará-lo.
Que a dor que provocam nos poucos como eu volte em dobro.
Que de posse dessa dor, ataquem uns aos outros em busca de respostas.
E que se isolem do mundo.

Deixem espaço pra quem quer ser feliz e só quer plantar amor.
Eu não mereço vocês, de alma pequena. 
Nem vocês me merecem. Menos ainda. 
Só espero achar logo alguém que entenda o que digo.