Um dia bom, daqueles que vale a pena guardar na memória, só pra variar.
Acordei lá pelas 9 e meu primo pequeno já tinha feito quase tudo sozinho. Tomava o café e assistia lá aos seus desenhos infantis. Eu fui, tomei meu café, fiz um sanduíche pra ele e talz, e daí vim pro computador a fim de notícias sobre a greve. Sem sucesso até que deu a hora de me arrumar pra sair.
Nisso a minha tia chegou, e enquanto ela esquentava o almoço, eu ia tomando banho. Fiz também a barba, fazia quase 2 semanas que eu num fazia...
Saí do banho, vesti uma roupa legal, comi uma boa lasanha *-* e daí foi só arrumar os últimos detalhes, pegar um presentinho que comprei pra ela e partir.
Saltei em frente ao ASSAI pra ir numa floricultura. É, vocês meninas que adoram o clichê e que já estão raciocinando, é isso mesmo, e provavelmente da forma que todas vocês sempre sonharam em conseguir de alguém algum dia. Cheguei lá, perguntei o que vocês já devem estar imaginando:
'Oi....você tem rosas?'
'Sim, to fazendo alguns buquês agora..quer um?'
'Quero sim..'
A moça arrumou as flores com tranquilidade , deu um acabamento legal, e me deixou com as flores na mão. Fiquei ali pensando: 'Caramba, eu estou levando rosas para a minha namorada. Será que ainda tem gente que faz isso?'
Paguei (caro, 35 reais! Absurdo isso, depois pergunta porque ninguém dá mais flores pras mulheres, olha esse preço!) e fui andando. Não é lá muito fácil levar um buquê e um presente numa mesma mão, mas eu dei meu jeito. E daí logo recebi a resposta pra minha pergunta anterior. Não, não é mais algo comum. Foi só sair com as flores na mão que tudo quanto é gente olhava pra mim. As mulheres em especial, como quem diz: 'Ahhhh, eu querooooooo!!!'
E os olhares se aprofundavam cada vez mais conforme eu chegava no meu ponto de encontro. Sentei ali no Rei do Mate, pra variar ia esperar algum tempinho por ela ainda,
Quando notei que ela vinha pela Renner, levantei rápido e fiquei meio que colado a parede, pra esconder o buquê a uma primeira vista. Aparição não muito sorrateira mas surpreendente o suficiente pra ela. Abracei e beijei a menina mais linda desse mundo e entreguei as flores. Logo ela se tornou o centro das atenções, não só minhas como do shopping todo, vendo as flores e o galã romântico do lado da menina presenteada, modéstia a parte...rs
Subimos, compramos os ingressos pro cinema e ela abriu seu presente. Deixa eu contar o que era: um fantoche em forma de cachorro, que ainda latia, da Cacau show, junto com alguns chocolatinhos da mesma loja.
O filme: Premonição 5.
Pra variar, mais um suspense bem pastelão. As mortes costumam ser mega neuróticas e escrotas, mas as que foram bem armadas dessa vez foram realmente tenebrosas, e terão seu destaque devido.
Dessa vez é um grupo de jovens que trabalham num escritório de alguma indústria. Sam, o mais franzino, estagiário, trabalha também em um restaurante local e está doido pra ir pra Paris aprender mais. Está com sua namorada Molly, que não se sente bem com o sonho do cara e quer terminar. De destaque ainda temos o chefe dos estagiários, o nome acho que é Fred, sua namorada (nome difícil, não vou lembrar), a secretária Olivia, o encarregado dos funcionários (também esqueci o nome) e Dennis, o gerente. Ainda tem Isaac, o vagabundo fofoqueiro do escritório. Todos resolvem participar de uma excursão. No caminho, o ônibus passa por uma ponte pênsil que tem um trecho em obras. Daí o sobrenatural vem a tona: ao som de 'Dust into the wind' (é esse o nome da música? rs) e a partir de um corte no dedo, Sam tem a premonição da ponte caindo, onde todos morrem menos Molly.
Daí você imagina mais ou menos o que acontece certo? Filmes assim nem precisam de muita descrição, o roteiro a gente já sabe como fica. Mas vou tentar resumir mais ou menos.
Sam consegue convencer a namorada a fugir, e os outros citados vão atrás dele. Escapam da morte, como você deve ter pensado. O agente federal da polícia, Brock, começa a suspeitar de Sam, e mantém contato com Dennis para eventuais casualidades.
E aí, claro, a morte vem atrás deles.
Logo de cara, depois das homenagens às vítimas do acidente, a namorada de Fred morre na ginástica olímpica. Uma sequência de eventos pra armar o palco da morte: um prego caído do ventilador de teto na tábua onde ela treinava não a machucou em nenhum de seus movimentos. Água pingotando do ar condicionado pra cima de um fio desencapado também não. Mas ela foi pras barras onde o parafuso tava meio frouxo. Sua amiga foi pra tábua e sem sorte pisou de cara no prego. Caiu derrubando o pó que elas usam pra deixar as mãos firmes, que foi espalhado por um ventilador cobrindo tudo com poeira. A namorada nas barras perde o controle de suas voltas e faz um movimento que força o parafuso, liberando a barra e a atirando com seu próprio peso a metros de altura e distância. Na queda, a marca registrada do Premonição: corpo frágil que se destrói completamente fácil. Coluna quebrada e 3 fraturas expostas. Morta na hora.
O ocorrido mexe de cara com Fred, que começa a mostrar sinais de ser o vilão do filme. Dennis começa as investigações. Neste passo, Isaac, o mais escroto dos personagens do filme, rouba os pertences dos funcionários mortos no acidente e descola um vale pra casa de massagem. E não é aquele tipo que você está pensando. É uma realmente profissional. Ele canta a recepcionista e ganha de presente uma velha dura na queda pra massagem, agressiva e ainda uma apicultura. Tudo ia bem...até uma das velas tacar fogo em algumas folhas do local. O fogo assusta Isaac, que se mexe desesperadamente. A mesa, pra variar, é frouxa. Ela quebra, ele cai, derruba álcool no chão e todas as agulhas entram com tudo em seu corpo. Ele parece morto e acorda (essa cena dá um baita susto), ensanguentado mas ainda vivo. Tenta retirar algumas agulhas.Daí o celular dele toca, derruba uma vela que incendeia o quarto todo. Pra sua sorte, o álcool não chegou perto o suficiente pro fogo lhe alcançar, mas o susto o fez se jogar contra a parede. Ele ri satisfeito até uma estátua do Buda (que estava numa estante na parede que ele se jogou) cair e esmagar sua cabeça.
Os outros logo vão sacando as notícias e Sam nota o padrão: todos estão morrendo na ordem que ele previu na ponte (êee novidade). Os sobreviventes, com exceção de Dennis e Olivia, se reúnem e discutem soluções. Nisso, uma figura conhecida, o velho 'faxineiro da morte' ouve a conversa e diz:
'Essa situação não me é nada estranha....o que eu sei, é que a morte não se engana. Vocês estão vivos mas não eram pra estar. Estão no lugar de outras pessoas que estavam pra viver mais alguns anos e tomaram o lugar delas no mundo dos vivos. E elas, o seu no mundo dos mortos. E ela quer reparar o dano..'
Fred, mais ensandecido ainda com morte de sua namorada, logo mata a charada:
'Então, se matarmos alguém que devia viver, nos salvamos da morte?'
O 'faxineiro' toma seu rumo e deixa a intriga complicar a vida de Molly, que seria a única sobrevivente, virando alvo provável.
Seguindo a ordem, procuram por Olivia. Ela foi fazer uma operação na vista pra não usar mais óculos. Operação a laser. Já viu a merda né? Essa cena, confesso, foi forte pra mim, não suporto cenas que mexam com olhos...e do jeito que foi feito então. Ela está lá e o doutor burrão sai do laboratório. Resultado: falha na máquina que contém a potência do laser, que chega a máxima e dispara, causando um rasgo feio no olho direito da garota, bem como na mão que ela usou pra se proteger. Ela finalmente se solta da máquina ao chegar de Sam e Molly, mas tropeça assustada numa merda qualquer e cai da janela de sei lá quantos andares. Direto encima de um carro, morte sofrida pra acontecer. O pior foi o fim dessa morte: o olho queimado dela rolando pelo meio da rua até ser espremido como uma espinha pelos carros que passam. Essa dá pesadelos.
Fred conta suas conclusões a Dennis, que contacta Brock ao sentir medo do seu encarregado. Fred então corre com Sam e Molly atrás do encarregado dos funcionários, o próximo na lista. O cara está tendo uma discussão com seu 'rival' do sindicato, ao perceber um gancho que está prestes a cair. Ele tenta tirar o cara da reta do ganho mas acaba o empurrando. O maluco morre em seu lugar. Fred se revolta, o cara provou que o faxineiro estava certo. Dennis vai ver o que houve e uma chave de fenda é arremessada por uma máquina em sua cabeça. Mais um fatality.
Afunilou né? Sam e Molly tentam esquecer os ocorridos num jantar romântico, até Fred aparecer. Ele vem com uma conversa até mansa e calma, até pegar um 38 e apontar pra cara de Molly. Sam reage e os dois caem na porrada, enquanto Molly se esconde. Sam é mais fraco e logo é surrado por Fred, que não quer matá-lo, já que o próprio seria o próximo na lista da morte. Fred avança pra Molly, escondida. Brock aparece pra tentar ajudá-la mas logo é morto por Fred, que chega por trás.
Nisso você pensa, po, o cara agora tá feliz né, matou, vai viver. Molly também pensou isso. E o Fred:
'Sinto muito Molly, mas você me viu matar um agente federal...e eu não vou passar a vida que conquistei na prisão..'
Molly escapa dos tiros a queima roupa ( Fred caolha ou filme babaca, tanto faz) mas tropeça, sem saída. Fred vai matá-la até ser atravessado por um espeto triplo de grill. Sam o matou.
O grande mérito do filme é fazer com que o 5 volte ao 1. Como? Assim: meses depois, Sam e Molly estão num avião pra ir pra Paris. Tudo tranquilo até Sam ver duas pessoas gritando dizendo que o avião vai cair e todos vão morrer. Os passageiros comentam que os caras tiveram visões. Sam fica perturbado, e ao tentar relaxar, liga a música da poltrona do avião. 'Dust into the wind' toca. E eles morrem. Assim acaba, e também começa, a saga Premonição. Um filme trash, mas com um bom suspense. O roteiro é previsível. E o exagero da fragilidade dos corpos é algo tão digno de críticas quanto risadas. Ah, minha namorada sabe bem essa parte das risadas...xD
Sinta-se a vontade pra dar sua opinião caro seguidor. Ah, e recomendo em 3D se for ver, os efeitos trashs ficam ainda mais loucos e o suspense aumenta.
Depois do filme, o de sempre, andar pelo shopping, namorar, e etc. O engraçado foi que fomos andando do shopping até o Mundial do Cacuia, só por vontade de caminhar. De lá pegamos uma van, eu a deixei no ponto pra q ela fosse em casa e voltei pra casa.
Segue aqui uma foto pra vocês verem tudo: minha namorada linda, minha felicidade e o buquê que tanta inveja causou na mulherada:
É isso aí rapaziada. A greve continua e amanhã estágio! Fui!!!!