Tinha acabado de postar, e diga-se de passagem: postar exprimindo aquela velha impaciência.
É, é algo meu, não tem jeito, por mais que o tempo passe e eu aprenda a me conter para saber como lidar com tudo, ela sempre consegue se fazer escutar em determinados momentos.
O engraçado é que após isso, fiquei revendo alguns posts aqui do blog, das antigas.
Nem me ative em ler, eu apenas folheava a lista de postagens. E lembrava o conteúdo ao lembrar do título. Acabei me surpreendendo por ter essa capacidade, ainda.
A boa memória é um trunfo de grande potencial, às vezes você não sabe o quanto isso é importante. Mais do que o velho clichê de aprender com o passado.
É, está além disso. Tem um quê de respostas prontas, e de projeções interessantes.
Faz muito tempo que eu não cito nomes por aqui. Aprendi a não citar. Ao menos, quando isso pudesse causar danos. Mas hoje eu vejo que, se eu quiser vir aqui e começar a falar da Ana, da Taissa ou da Dominique, ninguém vai dar uma foda. O que diabos eu não falei ainda delas? O que eu não detonei, expus ou mesmo imaginei sobre elas em todas as minhas histórias?
Mas não é esse meu ponto, deixa eu me ater sobre o que quero. Isso era errado. Seriamente errado. Escrevi um livro com minhas memórias, e honestamente penso em trocar muitos nomes antes de publicá-lo. O livro em si é algo a parte, porque no livro mesmo a grande graça está em como eu me avalio, anos e anos depois das minhas peripécias.
E esse é o meu ponto. Eu vejo as minhas peripécias, hoje.
Quer dizer, nem é de hoje. De algum tempo. Eu acho que sempre fui um sujeito que aprende rápido. Só que eu me iludia rápido também, e aí era como se esquecesse tudo. Daí tantas reincidências, por assim dizer..
Voltando; eu vejo o que fiz, então eu sei onde errei. Mais que isso, eu sei onde eu posso errar e me vigiei com constância para que, na fase em que estou, eu não me sabotasse de tal maneira novamente. Bastou ficar relembrando algumas velhas histórias, e putz, me vi um tanto quanto ridículo meia hora atrás. Era só jogar alguma coisa, beber água, botar os pés pra cima no sofá....Tantas opções! O stress é sem dúvida um vírus, nível gripe, que uma vez que te pega ele tem mania de voltar. E te induz ao erro, porque afeta seu julgamento.
Aprendi a dar risada das minhas histórias. Acho que fez toda a diferença. Minha ânsia pelo futuro é boba: em pensar no que eu era apenas 5 anos atrás, jamais pensaria possível eu me tornar o que sou. E eu me queixava do azar: eu era a própria causa.
Não posso me fazer de vítima, tampouco posso tentar me responsabilizar pelo que não me cabe resolver ainda. Tudo é como deve ser, e a julgar pelo histórico, só vai melhorar.
E eu me preocupando de graça..
Recado de Beto Guedes
Há 3 anos