Hey, você aí

Não, não quero seu dinheiro.
Estava mais pra dizer 'Hey Jude', ou algo assim.
Bom, este blog é sobre mim. Não apenas eu, mas o que penso, sinto, etc. Já foi meio invasivo, já foi vazio. E no fundo ainda é legal, pra mim. Meu cantinho de desabafo e filosofia, se assim posso dizer.
Eu sou um livro aberto. O que quiser saber, pode achar aqui. E o que não conseguir, é porque ainda vamos nos esbarrar por esta vida irônica.

The Beatles

The Beatles
Abbey Road

sábado, 31 de outubro de 2015

Efêmero

Ah, a vida é engraçada.
Sento eu no meu tédio, sem ideias do que fazer para um sábado a noite.


De repente me pego pensando em velhas amizades. Mas amizades que se esvaíram.
Será que é assim mesmo?


Será que eu realmente devo me sentir indiferente as atitudes e problemas de gente que por vezes defendi e estimei?
Engraçado, não vejo indicações do contrário. Esperava algum sinal socialmente aceitável. Talvez não seja assim que funcione.


Talvez só exista permissão pra esquecer quando isso é de comum acordo. E explícito. Talvez esquecer gente que importou seja doloroso demais para ser anunciado. Como o desapego de brinquedos velhos. Às vezes é melhor perdê-los por acaso e sem intenção do que tentar criar coragem de jogar fora algo que pareça bom ainda que não o seja mais.


Nem todo mundo nos faz bem pra sempre. Às vezes, mesmo uma amizade é fase.
É uma lástima que o seja.


Mas, e aí? De nada adianta espernear. Certos caminhos, por mais paralelos e próximos que andem, não aproximam de verdade seus viajantes.
Só se pode seguir.

domingo, 4 de outubro de 2015

O mal da solidão alheia

"Cuidado! Vai devagar. Espera pra ter certeza. Daqui a um tempo tira do pedestal. Nunca se sabe o amanhã."
Já deu pra mim de ouvir essas coisas.


Em um tempo em que, prudentemente (ou não) somos encorajados a ser sempre emocionalmente cautelosos, eu ainda cedo me afirmei como um romântico inconsequente. Obviamente isso me levou a algumas situações indesejadas e desnecessárias. Mas não diminuiu meu apreço pelas paixões e amores cabíveis no coração, justo o oposto: Fez-me valorizar quando aconteciam e quando eu deveria de fato investir para que seguissem vivas.


A princípio, os cautelosos avisavam. Com o tempo, entretanto, percebi que muitos não falavam mais pela cautela, mas por inveja reprimida: Ser feliz é pecado pra quem não sabe.
Simples e de fácil percepção para quem busca analisar. Pode ver, caro leitor. Quantas pessoas ao seu redor não pagam de conselheiras gratuitas em situações nas quais jamais tiveram sucesso absoluto? Por quantas vezes, pagando de sábios experientes, retiraram o seu prazer de viver um momento novo e genuíno pelo medo de coisas que eles atraíram e você sequer queria pensar?


Vampiro emocional não é lenda. Tem gente que não toca pra frente e fica preocupada se te ver tocando. Mesmo que a pessoa torça por você, há algo nela que não suporta a felicidade espontânea, principalmente se for em algo que ela não vem se dando bem. Diminuir os outros para satisfazer o mínimo de um ego inflado sem conquistas que lhe abastem.


E estão por toda a parte. Família, amigos, e onde mais se imaginar. Muitas vezes agem sem perceber essa atitude, e daí ficam atônitos ao receberem as devidas respostas e reações. A pior parte é quando logram êxito. Quantos amores foram encurtados pela negatividade implantada por terceiros na visão de um parceiro para com o outro?


Ser feliz não significa que não se possa ver defeitos e problemas. Nem que não se esteja preparado para os mesmos. Ser feliz significa viver as coisas boas por mais tempo quanto possível. E ainda, se der, lembrá-las face os problemas para não se perder o rumo.


O mundo não gosta de mochileiros, inventores, questionadores, e principalmente casais apaixonados que são sinceros e otimistas. O mundo quer que o amanhã seja um monstro terrível.


O mundo que se foda.