Hey, você aí

Não, não quero seu dinheiro.
Estava mais pra dizer 'Hey Jude', ou algo assim.
Bom, este blog é sobre mim. Não apenas eu, mas o que penso, sinto, etc. Já foi meio invasivo, já foi vazio. E no fundo ainda é legal, pra mim. Meu cantinho de desabafo e filosofia, se assim posso dizer.
Eu sou um livro aberto. O que quiser saber, pode achar aqui. E o que não conseguir, é porque ainda vamos nos esbarrar por esta vida irônica.

The Beatles

The Beatles
Abbey Road

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Bem vindo ano novo

Só pra dar aquele salve esperto em 2013.
E ah, esse recado é direto:

TO SOLTEIRO, ENTÃO SE VOCÊ ME QUER MELHOR SE MANIFESTAR, QUE DIA 7 VOLTA A ROTINA E AÍ FUDEU HEIN...


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Mas é sério.


Abraços e beijos

domingo, 30 de dezembro de 2012

Resumo do ano / Welcome 2013!

Bom, venho primeiramente desejar pra todos vocês um grande, feliz, perfeito, engraçado, inesperado, cheio de surpresas e conquistas! Amor, paz, saúde e felicidade and all that shit we need.
Mas vamos a tradição.




Resumo 2012:

Campo 1 - Família




2012 sem dúvida foi um ano de reencontro, reaproximação com a família.
Eu sempre andava meio afastado, e querendo me afastar. Não que eu não queira mais ter meu próprio espaço ou mais liberdade, mas tenho conquistado isso e aprendido a dar valor às pessoas que sempre vão estar comigo de maneira certa, e com as quais não tenho ilusões. Reaproximei da minha mãe de uma forma legal inclusive, o que é um paradoxo engraçado vide bater o pé pela liberdade.
E melhor, conquistá-la!
Mas também não me iludo, 18 anos são nada sem dinheiro na mão. Tem gente de 40 sem dinheiro e tá aí até hoje dando satisfação.
Com meu irmão também. A relação melhorou, e me encho de orgulho das pequenas e grandes conquistas do meu capeta em propriedade particular.



Campo 2 - Faculdade





Foi um ano intenso neste campo. A transição do colégio pra faculdade foi difícil. Se por um lado ganhei novos e incríveis amigos, perdi contato com os melhores que podia ter em diversas oportunidades. E se por um lado cheguei num sonho, numa grande conquista, to vendo que vou ter que ralar mil vezes mais pra de fato concretizá-la. Não, isso não é ruim. É ótimo. Mas foi difícil aprender a lidar com esse peso, essa responsabilidade.
Mas é outro ambiente, outra coisa. Realmente incrível. As oportunidades de crescimento pessoal vêm a rodo, e assim foi. Quando vi, já estava eu trabalhando no Ambientável. E foi perfeito, e quero fazer de novo.
Tem muita coisa pela frente ainda. Muito cálculo, muita física kkkkk mas também muito conhecimento, e quem sabe um intercâmbio.
Só sei que farei o possível e impossível pra chegar lá.



Campo 3 - Vida social




Um ano sem comparações. O reforço de grandes e lindas amizades. E o nascimento de mais umas tantas que hão de ser ótimas. Saídas épicas. Reencontros sensacionais. E cada vez mais felicidade a compartilhar. De início parecia que tudo ia ser difícil demais, dolorido demais. E foi até certo ponto. Mas meus amigos sempre mostraram que dava pra superar a barra, e não deixaram em nenhum momento de cravar suas presenças únicas na minha vida.Nem vou me alongar mais.





Apenas mandar um beijo e abraço grande pra:

Phelipe, Larissa, Henrique, Bruna, Raphael, Bia, Pedro, Thaiane, Gabira, Larissa Mattos, Geraldo, Marina, Rappa,...



 ..Bruna Daniele, Sousa, Ana Moraes, Breno, Dani Ribeiro, Pablo, Ana Elisa, Cadu, Leticia, André, Bárbara, Jun e Isabella! Fizeram do meu ano algo indescritível! Moram no coração.




Campo 4 - Amor

2012 foi extremamente bipolar nessa área. Sem citar nomes, foi difícil. Por horas era tudo uma maravilha, e depois um inferno. Doeu o que tinha que dor, eu tomei a atitude que precisava e deixei meu coração solto pra ser feliz.
Mas aí bom, o bandido me pregou uma peça daquelas. Que só ele sabe. E teve ajuda do destino, claro.
Entre uma brisa em que ele folga, e asas que lhe fazem voar, só me resta esperar o vento dar a direção.
Porém, isto é certo, finalmente retorna o coração leve, o impulso do amar por amar e assim sentir. 


(e sim, não vou publicar foto aqui...embora tenha uma que eu to tentado, e todo mundo sabe qual é...)


Campo 5 - Eu.




Levei anos pra perceber o quanto isto era importante. Que nada do que vem acima registrado casa de maneira perfeita enquanto EU não estiver em harmonia. E isso foi o que, durante este ano, me fez ter grandes problemas em todos estes campos anteriores. E foi nos momentos de equilíbrio e paz interna que consegui correr atrás do prejuízo e fazer deste ano um verdadeiro avanço na minha vida. Ainda que a passos curtos. Paz de espírito, músicas novas, motivação pra tocar em frente.
Como deveria de ser, só há de sair algo bom se eu estiver focado e em paz comigo mesmo. Resolvidos os conflitos, acredito agora que no ano que vem por aí muita coisa boa me aguarda. E farei o meu melhor para atrair tudo isso.



Bom, eu acho que é isso aí. Desejo novamente um grande 2013 pra vocês, todo mundo mandando um "fuck  yeah I survived" pros profetas apocalípticos e mandem brasa nas suas vidas!


Feliz ano novo! Rock on \m/




Confronto repetitivo

Disse uma vez.
Disse duas, quem sabe três.
E quantas mais me falhar a memória, e quantas mais ainda tiverem que ser.
Não!
Não vou mudar o meu jeito de ser.
Não vou mudar o meu jeito de sentir.
Não vou mudar o meu jeito de amar.
Não vou mudar a intensidade do meu amor.
Os outros, sejam diferentes opostos ou parecidos comigo, e são felizes em seus desencontros, é problema deles!
Mais certo é o desencontro daquele que desencontra sua essência pra viver um momento em vão.
Serei quem sou, como sempre fui.
Mudarei de opinião, me desculparei com quem ofender.
Mas jamais deixarei pra trás o que me define.
Em prol de ninguém.
Amarei a quem for como esta pessoa é, e peço apenas o mesmo em troca.
Então não me diga mundo, que eu tenho que mudar pra satisfazê-lo, e satisfazer as pessoas erradas!
Mundo, do jeito que andas não serás mais que pó em breve. Em você quase tudo está errado.
Então deixa-me, do meu jeito que pra você e tantos é errado.
Do pouco que te sobrou de certo, Mundo, vasto do gauche Carlos Drummond de Andrade,
São as coisas nas quais acredito. E são elas que me fazem assim.
Então deixa-me, deste jeito. Errante, errado pra você.
Irei ser feliz assim. 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Asas ao vento

Quem poderá dizer aos outros o que se passa?
Se nem mesmo quem vos fala sabe.
Certos olhares são decisivos. Certos sentimentos são intensos demais pra passar.
E outros, igualmente fortes, gostam de bater à porta nessas horas.
É uma verdadeira bagunça.
De fato, não se pode arrumá-la de livre e espontânea vontade, essas coisas simplesmente vão se ajeitando.
Bem verdade é, meu coração por momentos se embala de diferentes formas.
No fundo ele bem sabe, e me deixa claro, o que quero e sempre quis.
Mas ahhh, esta vida tem seus lances. Por vezes, certos olhares são de matar e de vislumbrar!
Meu coração sabe em que asas voar.
Mas, pudera este folgado, tem seus momentos de preguiça apaixonada, recolhe as asas e se deixa levar pela brisa.
E aí antes que caia no chão, abre as asas de novo, pra caçar passarinho.
Ainda há de vir o azar da brisa levar ele até o chão, ou a sorte dela resolver se apossar.
Mas em todo caso, ele abre as asas de novo, pra caçar passarinho.
E tudo que ele quer é caçar esse par de asas negras que voa tão lindamente.
E ah, se pegar...

Metamorfose

Será possível? Teria sido?
Me deparei com a situação mais incomum do mundo. Não pude presenciá-la, mas me deparei com seu resultado (final ou não). Assisti a metamorfose de um ser humano.
Conhecia dos meus tempos mais remotos de semi inocência. Não havia bem uma amizade, aliás, pode-se dizer que eu viva em guerra com esta pessoa. Por algum motivo, havia afeição de minha parte.
Só sei que na dita cuja via quase tudo que eu mais tinha raiva.
Daí esbarra comigo no fim do mundo. Mais hardcore que eu. Gostando de tudo que gosto.
E de repente eu vou juntando 2 com 2. Não fora esse o único encontro casual.
Estava lá, me elogiando com uma sinceridade quase surreal, no meu fiasco de show dos talentos. E isso tinha mais de 1 ano.
Parei pra pensar na grande ironia que é a vida. Pensei mais nisso quando percebi, juntando 2 com 4 (pois já tinha juntado 2), que eu talvez tenha influenciado nisso. Seria presunção?
Provavelmente.
De qualquer forma, só a possibilidade é algo que me orgulha profundamente.
Afinal, se uma pessoa pode transformar outra assim, porque não dá pra espalhar metamorfoses pelo mundo todo?
Sei lá, vai saber.
Só sei que gosto do que vejo. E dava um braço pra ver mais metamorfoses assim.
Sei também que agora entendo porque havia afeição.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Dos amores que tive

Eis-me aqui, talvez menos poético. Ou não.
Paro e penso nos amores que tive. Paixões, paixonites também. Amores verdadeiros que se acabaram,
E um amor que jamais se deixou de lado, e parece querer sempre ser o amor que veio pra ficar.

Digo hoje, com sinceridade, tudo que senti e tudo de que me serviram estes amores. Estas pessoas.
Saberão quem são aqueles que já sabem e se lembram. E talvez as próprias, caso se identifiquem.

À primeira paixonite: sou indiferente. Me apresentou ao que seria o sofrimento clássico dos nerds e a friendzone. Também me mostrou o que é gente aproveitadora. E que tem nariz em pé, também.
Não sou magoado por isso, tantas vieram a ser assim depois. Além do mais, tenho a certeza de que deve de guardar boas lembranças do maluco que costumava lhe babar o ovo.

À menina do primeiro beijo: Roubei-o, mas só faltava um convite com neon também. Tive alguns reencontros com a dita cuja por aí nesta vida. Sinceramente, acho graça. Tenho uma boa fé por ela, e descobri que eu levava jeito, afinal de contas. Só não faço nenhuma questão de ter nada com ela de novo.

Ao primeiro amor semi platônico: Tenho para com ela uma dúbia relação. Quer dizer, tinha. Cortei relações porque o tempo me mostrou coisas que eu talvez soubesse que iria ver. A verdade é que eu sinto falta da pessoa que ela foi, no começo. Uma amiga sincera, uma boa inspiração. Um nome bonito pra se dar à uma guitarra, e uma vez batizada, não se pode mudar a mesma. Nada poderá mudar algo que já está feito em questões espirituais.
Mas também cabe ressaltar, sofri pra burro. E de escolha própria, o pior é isso. Mas naquela época, parecia compensar. Hoje, a dualidade da relação cortada se dá porque embora o que ela era no começo fosse algo a se guardar e conservar amizade, o que ela se tornou é algo que não me convém não me atrai e sinceramente me dá pena de ver concluído como destino. E eu não gosto de ter pena de ninguém.
Resumindo, um nome pra uma guitarra. Uma boa música. Uma boa amiga, até onde ela foi amiga, por conveniência de ser.
Mas péssimas lembranças.

À primeira "namorada": Desta não quero um recado que não seja este: "Estou feliz". Dei todo o meu melhor pra pessoa, numa situação onde poucos teriam coragem ou mesmo a burrice de se manter, a troco de nada.
Mas não, houve uma moeda de troca, eu aprendi a valorizar meus esforços, e dar valor a quem valoriza também. Tomei o chute mais doído de todos, porque era eu quem deveria tê-lo feito. E sim, mesmo eu enchendo o saco de todos para que vivam a vida sem guardar mágoa, eu acabei guardando muita mágoa disso. Foi impossível não guardar, e até me sinto mal. Mas de verdade, reconheço também meus erros. Reconheço também o quanto foi bom, para a fase em que me encontrava. Carência sanada, conforto dado e auto estima recuperada, hoje, desejo a esta apenas isto, que seja feliz. E nada de me procurar pra falar antes disso, porque o que eu podia fazer pra dar felicidade foi feito.

À companheira do lobo solitário: Talvez esta nunca tenha se tocado desta paixonite miserável que eu cheguei a ter. Ou tenha, e me cortou na hora certa, sem que eu mesmo tivesse planejado algo. Só sei que sanar este sentimento esdrúxulo num poema veio a calhar. Nunca mais senti nada, nunca mais foi necessário pensar naquilo. E sinceramente, foi ótimo que tenha sido assim. Amigos irmãos antes, amigos irmãos sempre. A paixonite durou tão pouco quanto se poderia querer, e tal assunto jamais foi dito às claras. Nem será, e o lobo fica quieto.

À ruiva comédia: Paixonite mais tosca que eu podia ter tido. E sem ofensa a menina, afinal, ela era e ainda é super legal. E ruivas, cara, preciso dizer mais nada. Me ensinou algo simples: não tente se enganar. E sempre que der seria bom ela vir bater um papo, mas sem relembrar a maldita paixonite kkk


À eterna viajante: Outra que provavelmente nunca soube da paixonite. Aliás, foi tão intenso que poderia dizer que foi o amor mais relampejado que já senti na vida. Paixonites são tão rápidas quanto, mas não tem esta beleza fundamental do momento que poderia se repercutir eternamente.
Aprendi muita coisa. A me esforçar mais na busca não só dos meus sonhos como dos meus ideais. Buscar a beleza das coisas como a beleza que me foi mostrada. Uma amiga e tanto, sempre foi.


Ao sufoco bem aventurado: Obrigado, de forma sincera. Condensou todos os meus ensinamentos e me deu novos. Claro, foi muito difícil, tudo era muito difícil com ela. Mas é uma pessoa boa, que se souber se ajeitar, há de ser muito feliz, e merece isso. Dentre as principais lições, me fez dar ainda mais valor pra minha liberdade, pro meu talento e meus sonhos. Me fez enxergar como era importante ser eu mesmo.
E como temos que também ceder às vezes.
Dar valor a nossa família também. Às vezes temos uma família ótima e não sabemos. Não tratamos como deveríamos.
Seja como for, obrigado. Espero sinceramente que seja feliz.


À brisa: Ainda hei de ter muito o que dizer. Mas é simples, é um sentimento tão leve quanto deveria de ser. E passa aos poucos, deixando algo de bom pra se contar à posteridade. Uma amiga inesperada, uma grande e perfeita amiga inesperada. Uma inspiração, um exemplo, a mais preciosa das lições: vale SIM amar. E é algo que eu sabia tão bem, e devido a muitas das listadas acima eu perdi a certeza que tinha nisso. E graças a ela, recuperei o fôlego e a certeza de que vale sim, amar pelos mil anos, e que sejam tão curtos ou longos quanto tenham que ser. Mas sendo sempre intensos como só eu sei senti-los. 


Ao pássaro negro:

muito a dizer, e ainda assim parece tão pouco...

Acho, no meu íntimo, que desde o primeiro momento estava claro o que seria. Talvez eu fosse tímido demais pra admitir ou realmente estivesse em dúvidas sobre como a gente tava se conhecendo. Mas foi algo mágico demais.
Até hoje é uma das histórias mais mirabolantes que eu tenho a contar para aqueles que vêm a se aprofundar na minha amizade. Talvez a mais mirabolante, mais eterna de todas.
E justo por isso, posso dizer que não vejo um fim para esta. Um ponto aonde eu possa dizer que "ah, aqui a história acaba e a vida segue". Não, nunca houve este ponto. Talvez nunca haja este ponto, e de uns dias pra cá, eu me toquei que não queria e nunca quis que houvesse essa possibilidade.
O que eu aprendi? E ainda aprendo, sempre ao falarmos.

Que amor é real.
Que eu podia ser amado também. 
Que eu amo alguém.
Que amor de verdade vence distância, tempo, e até outros amores.
Ele vive na sombra se precisar, ou paira distante no ar (como prefiro dizer). 
E fica ali. Você vive, ela vive, os caminhos cruzam e descruzam. E no fundo, nada mudou.

Isso e um pouco mais é o que eu aprendi. O que sinto e sempre senti, é indescritível ao mero mortal.
Afinal, é exatamente o que nos escapa e procuramos pela vida toda, pra preencher o vazio da existência neste plano.
E isso, tão acima de qualquer outra coisa, não pode ser descrito por qualquer palavra frase ou mesmo as músicas que eu amo. Da forma que é, posso usar analogias apenas, e torcer pra que caibam. Até cabem, mas não capturam tudo que é.
Pra não me alongar, porque necessito vê-la e dizer muito cara a cara.
Como diz a nossa música: "(..)estava apenas esperando este momento pra chegar(..)"

Travel

Viagens virão me dizer. Irão te dizer!
O mundo tem sido tão claro que nos escapa o certo.
A certeza que há na beleza.
A beleza que é transcendental.
Que como diz o poeta, "não é só minha".
Em cada pedaço deste singelo mundo, e na imensidão do espaço dúbio, há beleza.
Beleza no caos dos buracos negros, que levam à outras dimensões impensáveis.
Beleza na intensidade das supernovas, e na velocidade dos cometas.
Tudo que passa está em constante devir, mas tudo deixa seu registro eterno e imutável de beleza também.
Algo único, que não se pode igualar.
Tende isto em vista, e hoje se coloque no meu lugar.
Para mim, que vejo o mundo claro buscando esta beleza certa, é difícil vê-la nas pessoas.
Hoje as pessoas são translúcidas como o mundo. E isso as torna vazias.
Mas ouve, vi em você a beleza que me encanta nas estrelas que admiro no espaço.
Vejo esta beleza em nossa amizade, que aspira as distâncias das tuas viagens, e toma delas como fôlego pra se manter mais forte.
Que seja assim certo, ao menos isto, certo: a beleza que vejo!
Há beleza na mente dual do bêbado que filosofa, há beleza no entoar do grito de liberdade.
Ah, a beleza do som das cordas que você entoa. As tuas, as de teu violão.
São tudo que o homem precisa para aprender o que é beleza. aprender o que é certo e aprender a buscar algo assim pra ser feliz.
Pois que em cada viagem, desejo que encontre esta beleza, como na viagem em que me deu a honra de tua presença me fez encontrá-la.


Dedicado a minha grande amiga Marina Serra.

À pessoa que se esconde

Não, não mais!
Não te aflige mais desta forma!
Deixa cair a máscara, deixa que assim por enquanto está bom.
Seja lá como for, conheci a ti mesmo sem te conhecer.
Então, minha cara, não fale como se o tempo não passasse!
Pare com seus devaneios de tão ínfimo sentido mas cujo peso assola os mais fixos dos teus valores!
Tenha a certeza na alma: és mais do que o destino venha a lhe insinuar!
Fato é, dado tudo que passamos, não posso deixar que te contagies de tal praga.
Vê com clareza agora, não é pela dor da perda e pelo desapego desta, mas pela dor ao não ver-se a si mesma que estás assim. Veja-te.
Confia no que virá, e faz com que seja bom.
Hei de comemorar junto a ti tua felicidade.



Dedicado a minha amiga Daniela Ribeiro.

O último hino natalino

Um bom costume não se perde. Mesmo que seja naquele típico momento em que o seu valor pra muitos já se perdeu.

Então, só pra desejar, mesmo que atrasado, um Feliz Natal pra vocês, com tudo que tem direito: muita paz, amor, saúde, felicidade, sorte, sucesso, luz.

E deixar uma pequena - e cabe dizer que realmente será pequena, não será aquele meu pequena que engana e vem enorme rs - mensagem de natal.

Lembrar que, tudo que desejo é sincero, mas nem todo mundo é sincero. Tem muita gente que não se dá com a gente e vem nesta época desejar coisas que não sente. Cortem a hipocrisia do seu roteiro de vidas meus amigos, cerquem-se apenas do sentimento sincero daqueles que vos importam.
E que esses sentimentos devem ser pra mais que só o Natal. Estes desejos sinceros, estas atitudes louváveis de quem busca mais que a si mesmo no mundo. É pra mais que uma data apenas. É pra se levar pela vida toda, a cada dia. Faça todo dia da sua vida um pouco de Natal, se assim for possível e lhe aprouver.
Pois tenham certeza, o que você colhe é o que você planta, e há de se receber amor ao sermos amáveis.
Claro que não é fácil, e ninguém pode se manter perfeito ao longo do caminho. Mas mesmo em seus tropeços, lembre-se de focar na beleza que há em ser feliz. Os erros podem te levar a isso também, se souber enxergar as lições.
Independente da sua religião. Eu sou deísta, por exemplo. E mesmo assim, acho que o Natal é época pra se reafirmar filosofias. Buscar a felicidade pra quem não a encontra, mesmo que esteja debaixo do nariz.
Espalhem sempre aquilo que lhes faz bem. É isso que voltará.
Feliz natal atrasado, próspero ano novo!

sábado, 22 de dezembro de 2012

Lições válidas

Faço aqui um registro simpático, faltando 10 dias para o ano novo, das 10 lições que tirei da vida em 2012.
Tomem pra vocês como quiserem, se identificando ou não. De qualquer forma, é bom botar pra fora.

10 lições de 2012


1 - A formatura e a faculdade são a condecoração dos seus méritos. E também o castigo por eles. Mas alegre-se, se você chegou até aí, é só manter o pique. Haverão outras recompensas. 

2 - Engenharia (exatas em geral) é coisa de doido. Mas se você já é, cometerá a loucura de gostar disso. E vai ser feliz assim.

3 - Jamais viva um relacionamento pra carregar um peso que não é seu.

4 - A família estará sempre por perto, então seja um bom filho e recompense essa força infindável que você tem em casa. Claro, depois de brigar bastante devido ao seu stress, mas eles entendem.

5 - Você logo reconhece os 'pescocinhos' (como diria meu amigo Lucas) depois que você se forma. No momento em que não há mais provas e trabalhos pra você e eles juntos, nenhum puxa assunto nunca mais. E a maioria estava desocupado por um bom tempo. Não corra atrás de 'amizade', EXCLUA.

6 - Não insista em coisas estando dividido, magoado ou confuso. Encontre a paz e força em si mesmo, e então passe a tomar as decisões necessárias.

7 - Viva conciliando agradar a si mesmo, com agradar o mundo com tudo que você pode fazer.

8 - Fazer novos amigos é bom demais. Ainda mais pessoas para quem você nunca havia achado algo parecido antes.

9 - Rever os amigos de verdade em cada ocasião possível é a sensação mais perfeita que existe. Ainda mais no CPII.

10 - Não se pode dizer, aproveitando a deixa da Legião, se há razão ou não nas coisas feitas pelo coração. Mas de nada adianta querer domá-las. São elas que nos domam. E por mais decisões que se tenham tomado, por mais declarações que se tenham feito, de nada adiantará se isso está contra a vontade do coração. Ele vence, no fim.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Coração X Cérebro round 2

Coração X  Cérebro

"Hey, eu te disse não foi?
Disse.
E agora seu maluco? Como ficamos?
Eu quero continuar tentando.
Não, lhe privo deste direito. Você já teve a resposta. Você sabe como ela se sente.
Mas, é que...
Mas nada! Você teve sua cota. 
Mas não tive chance...
Eu sei que não. Mas você sabe, agora sabe, como eu já sabia, que de nada adiantaria.
Mas, eu não consigo não pensar nela...
Nem eu, mas que se dane. Vamos seguindo.
Mas, posso pedir uma coisa?
O que mais que você quer seu maluco?
Me deixa continuar sentindo isso por ela?
Mas pra quê?
Não sei, eu só sinto, e quero continuar assim enquanto eu sentir. 
Mas olha, existem  algumas chances aí pra você testar...
Eu sei, e se rolar, eu vou me entregar. 
Disso que tenho medo.
Fica sussa."


sábado, 15 de dezembro de 2012

What's on in my mind

Minha mente é um círculo de idéias conflitantes e em eterno embate. 
A de todos deve de ser assim, mas será que são tão escandalosas como a minha é?
Eu tenho a mente de um bêbado filósofo incompreendido, que a cada reviravolta causa uma cena sozinho discutindo com suas facetas dualizadas e cuja dialética é incompreensível aos externos.
Tudo que passava na minha mente era:
"Ela tinha que estar aqui ouvindo isso."
E aí começava a briga do bêbado consigo mesmo.

"Não, idiota, ela tem mais que fazer as coisas dela. Você devia fazer as suas também, idiota.
Cale a boca, um dia de descanso não me mata.
Mata sim, olha aí você pensando nela. E você pode ser bom, mas tem uma bela missão pra quarta feira.
E isso me mata? Porque se for o caso você devia morrer também.
E isso é argumento seu imbecil? Não reconhece uma metáfora?
Metáforas tem sentido apenas quando são usadas pra algo importante.
Lá vem seu blá blá blá romântico. Amor amor amor..
E pra você não é importante? Não é o que você lá no fundo está querendo também?
E daí se for seu maluco? Sabe onde vamos parar com isso? E nem sabe se é isso que você quer.
Eu sei que não quero agora. Mas que o meu sentimento é do tipo que pode virar isso, você sabe.
Também é meu sentimento seu egoísta. Você deveria parar pra pensar nas consequências pra nós, às vezes.
Sempre fui inconsequente e você sempre reparou os erros depois. E se você sente o mesmo, não devia estar reclamando.
Não devia? Metade desse teu peito é meu. Ou 10%, que seja, já que quando estamos assim eu perco todo o espaço.....Despreze-me e o destino te devora. Você aprendeu isso.
É, aprendi. E até me sinto culpado de ter passado o castigo disso pra outra pessoa. Mas o que se há de fazer...
O que se há de fazer? Sua inconsequência passou dos limites. Você não me escutou e resolveu levar até o limite suas capacidades e a sua relação. Agora você se sente um peso, e me faz sentir o mesmo. E é culpa sua.
Eu sei que é.
E como pode me ter a cara de pau de ainda tentar discutir? Por quê você não me escuta?
Porque você também não me escuta.
Claro que não. Você esteve certo alguma vez?
Claro que estive. 
Pra no fim dar errado?
Você admitiu que aprendeu com ela que vale a pena. Eu já sabia disso. Mas você finalmente admitiu.
É, admiti.
E não pode ver o lado bom?
Tenho boas lembranças, mas não preciso do peso que você me arrumou. E não preciso que você se distancie de outras coisas importantes.
Relaxa, eu vou dar conta. Você sabe que quando estamos junto em algo sempre dá certo. E você sabe que, desde que as coisas se desenrolaram da forma que estão, eu voltei a andar do seu lado. 
Sim, mas eu não estaria te cobrando e te chamando pra Terra se não tivéssemos dado o azar desta semana tão corrida e sem tempo.
Eu sei, não foi culpa minha nem sua. Mas quarta tiramos o atraso nessa besteira. 
Okay, vou confiar em você. Afinal, eu sei que se sente como eu.
Sim, e por mais feliz que o festival da minha melhor amiga possa me fazer, eu não posso deixar de ficar um pouco pensante e até angustiado da brisa não estar aqui. Por isso, me deixa hoje. Descansa também. Você, mais que qualquer outro aqui neste corpo, merece paz. Não estaríamos onde estamos não fosse você.
É, mas os teus amores, ou melhor, nossos, nos inspiraram. Preciso de você pra mais que sangue, irmão.
Eu sei, pode contar comigo. 
Mas, prometa, se nada acontecer com ela, ou se vier a acontecer e não frutificar...Não vá ficar destroçado, tá? Isso me mata também.
Se ela não for resolver, não há problemas. Mas não prometo nada. No mais, vai ser o que tiver de ser.
Ainda morremos assim.
Morrer de amor é só viver de novo."

E por aí vai.


Coração  x CÉREBRO.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

E ai ele me disse, e eu respondi

E estávamos nós, os dois melhores amigos de sempre, falando da vida.
O que é um papo virtual tão caloroso quanto uma dupla de dois lobos velhos sentados à relva.
E aí falamos delas.
É, delas.
Cada um com a sua. A sua especial que sabe que é, e que fica na dela, mas que tem algo, há sim, algo que nos diz, a mim e a ele, que é pra ser.
Que não estamos sentindo tanto à toa.
Não posso sentir algo tão forte e tão bonito por acasos, e pra ser pouco. Não, não há de ser assim. Há algo  que me diz, amigo. E você ouve a mesma coisa por aí, pelos ventos.
E continuamos a falar. Eu indago:

"E o que elas têm afinal? O que faz delas assim? 
O que faz ela assim, que me deixa tão bobo e enrolado?"

E não havia resposta. Não uma convincente. Eu também não saberia atribuir uma digna.

E então ele me perguntou.

"Mas se você pudesse defini-la com uma palavra, qual seria?"

"Se existe alguma palavra com este poder, seria com o apelido que lhe atribui. Brisa."

"Isso é poesia demais, até pra mim." - disse o meu irmão poeta.

"Allow me to explain."

Brisa é leve, livre. Doce, suave. Não agride como os furacões que passam, acaricia. Mas não deixa de ser um furacão também.
Só que esta passa e espalha vida.
A mim, foi recobrar o ar, o fôlego. O sentido do que é sentir e deixar sentir.
Sopra perfumada.
E por ser brisa, deixa apenas as coisas que o vento não pôde carregar.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Sopram os ventos

O título só se explica a quem entender.
E sinceramente, talvez seja de pouco entendimento. Mas tal qual grande parte da minha vida, então não me incomodo. O importante é botar pra fora.

Gosto de gramática.
Gosto de letras. Escrever, ler. Óbvio.
Alguém tem letras favoritas? Eu tenho algumas.
C, motivos simples. E não é narcisismo. Pensa só o que você escreve com C. E o mais legal, uma coisa liga a outra..
Chocolate, que dizem que faz bem pro
Coração, que inventa sempre de fazer um
Charme, que é muito bom acompanhado de
Carinho, que é sinal de quem pode ter
Compreensão, que um dia te leva a
Claridade perante a vida e enxergar
Cores, porquê nem sempre é tudo preto no branco.


Mas, ao longo destes últimos dias, vim estudando outras letras. Vi o A, o T, o V, todas muito utilizáveis. Poderia me ater em exemplos, mas não é isso que procuro.

O que captou minha atenção estes dias foi o L.
Estes dias não, seria até covardia. Na realidade tem alguns meses, provavelmente.

O que podemos escrever com L?

Lamúria, fato normal de quem sofre mas busca um alento, tal qual o
Lobo, que sempre fui. Solitário mas sóbrio, e buscando uma
Lua, cheia e linda, que movimenta os grandes mares com sua
Luz, finita. Mas tão poderosa que é como
Lítio, mas que não envenena. Que apenas preenche de
Libido, e que libido. Me deixa
Louco, entorpecido. Que faz deixar todo o resto de
Lado, mas sem esquecer que a vida é agora e tem que ser
Levada, como se leva passo a passo, cada pisada, cada
Laço, elo eterno e inesperado,
Lindo, de tão linda que se pode fazer uma
Liga, dos aços mais fortes e também mais
Luxuosos, mas que não sejam dinheiro, mas sim
Leves em sorrisos e até com sua
Lascívia, porque não há romance sem pimenta, é bom pra
Língua, que do beijo é mãe dos poetas, e me
Lembra.

O resto o vento leva. E chega.

Existe algo que se perde e se ganha

Algo que se perde e se ganha nas indas e vindas do amor.
O que é de fato? Não há quem o possa definir. Não, e digo-o com toda a franqueza daquele que, inutilmente ou não, tentou fazê-lo a cada momento de sua vida.
Em cada vão momento. Em cada momento cheio de si em seu sentido próprio. E de que adianta filosofar, às vezes me pergunto. Eis a verdade incontestável com a qual não há quem possa querer negá-la, pois seus efeitos se sobrepõem a vontade dos homens: somos tão insignificantes quanto poderíamos ser. Aquela poeira que nos passa percebida apenas pelo reflexo do sol; eis o que somos perante o infinito imensurável e em eterna expansão.
Mas, há, sim, há ainda algo que se sobrepõe a nossa insignificância. A vontade do coração, podemos dizê-lo desta forma. E não adianta queremos encontrar explicações plausíveis. É sem dúvida o amor a maior razão para que nossa vida se engrandeça.
É ser mais que si mesmo. Ao menos no que você sente. E no que você pode fazer por alguém.
E é também ir do céu ao inferno em algum momento. Ahh, as paixões extremas. Sou elas, sou todo elas. São sempre assim. E por mais que eu amadureça e aprenda a segurar as barras e não me incomodar tanto, não há uma simples vez em que elas não apareçam e não me transformem num louco desvairado, sem medo das prováveis consequências de seus atos impensados.

Agir com o coração é impensado?

E amores acontecem, e se vão também.
Pela primeira vez, não estou triste pelo fim de um amor.
Estou feliz por ele ter acontecido.
E não sinto meu peito pesar ao lembrar. Não estou morrendo de saudade como cheguei a imaginar.
É o que o amor pode se tornar pesado. E deixar de ser amor também.
Mas aquilo é certo. Deixar de ser não quer dizer que não foi.
O bonito do amor é isso. Sempre haverá a memória. O sorriso. A felicidade da vivência.
Hoje eu posso dizer que amadureci.
Quero que você seja feliz.
Quero ser feliz também.


E o amor ainda é justo. Sabe brotar rápido se você guardar a semente. Basta alguém regar.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Tell my story

Certas coisas, certas coisas....
Certas coisas não precisam de palavras. Mas eu as busco do mesmo jeito.
Sinto-me confrontado em um verdadeiro desfile carnavalesco de sentimentos que jamais foram tão intensos.
E, com toda a abdicação de tempo para sentir em função do tempo pra estudar na faculdade, isso vira uma verdadeira bomba psicológica.
E pra não explodir, cá estou.
Não, não são sentimentos ruins. São todos lindos, maravilhosos. Tão intensos quanto os que me construíram como sou, de essência. Quem sabe mais fortes que isso. Apenas me confrontam, porque estão diante de mim.
Lá estava eu, sabem?
Feijoada no Pedro II. Reencontro de ex-alunos. Tudo pra ser incrível. E foi.
Em cada mísero detalhe. Em cada pessoal querida ao meu redor, ou melhor, do meu lado: abraçados, cantando, tocando, rindo, sendo nós.
E até nos rostos cuja existência me passava tão desapercebida naqueles tempos. A simples lembrança era algo a mais. Ver de novo fazia lembrar. E lembrar era sentir, e eu já sentia naquele momento toda a glória, todo o amor, e toda a fragilidade de estar assim, tão em casa novamente mas com duração limitada.
Desde o atraso que me custou alguns palavrões esperando ônibus. Talvez se não houvesse a demora, eu não teria batido um papo mais longo com a Larissa Mattos, nos encontrando na leopoldina. Já citei ela com alguma frequência por aqui. Desde o meio do ano passado, temos nos tornado grandes amigos. Hoje, eu vejo nessa amizade uma coisa tão forte, tão orgânica e simples que parece até que somos amigos de infância. É algo incrível, e se torna mais pela inesperada forma com que se deu. Realmente, uma amizade verdadeira, daquelas que toca na alma. E foi rápido. E o que é o destino, senão a ironia de colocar essa grande amiga de encontro com meus maiores amigos de todos os tempos. Pelo andar da carruagem, ela vai ser a primeira garota pós era de ouro que poderia ser nomeada um membro do Monuma. Nada mais justo, até.
E eu lá, de papo com ela, e com a viola pra me divertir. Michelle é rainha, nunca me deixa na mão. E com Michelle no meu colo, soando o que eu aprendi a escutar, mais lembranças me chegavam. Não era mais nostalgia, era aquela coisa.
Aquela coisa que bate em cada aluno do CP2, cada um à seu modo.
Por mais semelhanças, não consigo não descrever a minha sensação. Seria alguém capaz de me entender quando digo que sou o que sou por causa dele? Esse colégio que me trouxe o verdadeiro significado de essência, de cultura, de vivência, de ser humano. De amizade, de amor.
Seria alguém capaz de entender que amei este colégio? E amo.
E também que cada olhar profundo de cada amigo, eu amei também? E amo.
Que amei a quem ele me trouxe pra amar? Que amo a quem eu tenho pra amar graças à ele? E amo, sim! Amo.
Amei, por mil anos antes de vê-los, e o farei por mais mil anos.
Reafirmar isso é me reafirmar. Eu sou assim. Sempre fui. Não há outra forma de sentir pra mim.
Quase todos estavam lá. Já citei a Larissa. Então bota na conta: Phelipe, Gabira, Bruna, Geraldo, Bia, Pablo, Julio, Kadu....
E mais que isso. Minhas histórias, eu estava lá. Era eu, eu me via. Em cada pilastra debatendo uma questão de prova, em cada pedaço do piso fazendo minhas piadas sem graça. No Monuma, tocando violão, cantando. Era eu no CP2, sendo eu, novamente. Por inteiro, sem arreios ou culpas ou problemas. Só eu, e feliz.
Como era bom.
Como é bom.

Pude tocar e cantar ao lado dos meus irmãos por alguns instantes antes de ir embora. Conversar, tirar fotos inesperadas.
Dali saí. Fui encontrar Dominique. Que amo. E por que amo?
Amo, é autoexplicativo. É, e isso basta.
Fruto dela usar o uniforme que eu amo. Isso foi o que tornou possível.
E então, despedidas que me queriam fazer me espancar de ter coragem de ter que sair. Porque dar motivo ao azar? Porque não viver naquele momento pra sempre?
Bastava. Um abraço do tamanho no mundo. Em mim, no CP2, e em todos que amo.
Bastou, eu soube disfarçar.
Uma última olhada pra trás. "Peace and rock n'roll!". Digo sincero, pois sou assim. E é melhor rir, não me aguento no choro.
Meu coração é vasto, meu sorriso é irônico. Meu olhar, bandido, que me trai. Não houve quem não me lesse. Meu espírito se quer ali. Deixei cair as lágrimas já disfarçadas enquanto seguia rumo a saída.
Só naquele chão elas sabem o que sinto. A dimensão.
Respirei a brisa que soprava carinhosa. Fundo, me enchi do frescor. Fiz o que tinha de fazer e queria fazer.
Amei, amo, continuo amando. Fora do CP2, fui dar meu amor.