Dilema aqui, dilema acolá.
Difícil pensar momentos em que não nos encontramos divididos em escolhas. Ideias ou ideais, vontades e obrigações, etc etc etc.
Quanto mais hesitamos em fazer de fato uma opção, mais parecemos sentir o impacto dessas dúvidas. Talvez isso seja um pouco daquela conexão mente - corpo que citam por aí. Quando temos aqueles problemas (até em nível subconsciente) que começam a afetar nosso corpo de maneira física mesmo.
Este texto mesmo, é uma guerra física e mental. A cada linha, penso se devo ou não escrever a próxima, e posteriormente me questiono se devo ou não apagá-la. A dúvida, em ambos os momentos, é acentuada pelo movimento errôneo dos dedos que se direcionam com vida própria em outras palavras ou mesmo em nenhuma.
Somos partes de nós mesmos, o tempo todo.
Sou pé pra querer correr, sou peso pra sentar, sou mão para escrever e pra tocar. Sou voz pra falar, gritar, cantar, calar. Sou boca pra comer, pra amar. Sou cabeça pra pensar, solucionar e principalmente, complicar.
Somos as dores das nossas dúvidas em cada parte nossa que é a solução.
Isole a conexão, e seremos apenas dúvida ou corpos autômatos sem emoção. Enfim, reflexão pós-janta.
Recado de Beto Guedes
Há 3 anos