Hey, você aí

Não, não quero seu dinheiro.
Estava mais pra dizer 'Hey Jude', ou algo assim.
Bom, este blog é sobre mim. Não apenas eu, mas o que penso, sinto, etc. Já foi meio invasivo, já foi vazio. E no fundo ainda é legal, pra mim. Meu cantinho de desabafo e filosofia, se assim posso dizer.
Eu sou um livro aberto. O que quiser saber, pode achar aqui. E o que não conseguir, é porque ainda vamos nos esbarrar por esta vida irônica.

The Beatles

The Beatles
Abbey Road

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pequeno comentário

Para o "querido" técnico do Botafogo, senhor Oswaldo.


A escalação ideal para o Botafogo, no atual elenco. 4-4-2


                                                Jeff
       
                        AC                                          Dória

Lucas                                                                               Márcio Azevedo

                                   Marcelo Mattos
 
                                                                     Jadson

              Seedorf                                                        Lodeiro (ou FG)

                       Henrique                      
                                                   Bruno Mendes

Um bom 4-5-1, no atual elenco:

                                                    Jeff


                         AC                                          Dória

Lucas                                                                                     Márcio Azevedo

                                    Marcelo Mattos
                 
                                                                         Jadson

             Fellype Gabriel                                                           Lodeiro
                                                    Seedorf

                                                Bruno Mendes



ESCALAÇÃO DO SENHOR OSWALDO, 4-5-1, NO ATUAL ELENCO.

                                           Jeff

                            AC                    Bolívar

Lucas                                                                         Márcio Azevedo

                             Mattos/Gabriel 

                                                         Renato

Andrezinho                                                                  Lodeiro/Vitinho

                                        Rafael Marques



COMO O OSWALDO VÊ SEU ESQUEMA:





.........

......


MINHA REAÇÃO:




Sem mais.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Ao mais fiel

São 4 anos.


De um encontro inusitado, de dois desajeitados que tocam "do lado errado".
Dois desajustados sociais, cada um a seu modo. Eu, o errante metido a revolucionário, exagerado em meus amores.
Você, o sóbrio sereno, intenso nos sorrisos. E o primeiro laço era ali, a nossa estranheza mútua para com o mundo.
E são tantas as histórias.
Foram muitas malucas pelo caminho. Muita mágoa que ficou e passou, muito sentimento que se perdeu e muito riso que perdurou.
Também foi muito papo, discussão, companheirismo, amizade. Amizade verdadeira, amor de irmãos, fraterno maior que o sangue.
E passaram os anos, pra fazer-se ouvir o que somos, aos 4 ventos.
Um vento sopra pra cada ano. E que possamos continuar tendo estes ventos.
Que ainda lembremos dos planos abortados, das furadas, das risadas. Que nunca esqueçamos das rodas com as violas, e de assistir o Julio invadindo a piscina por exemplo.
Que aquele colégio eternize nossos laços e nossa história. Que o meu filho um dia esbarre com o teu e que sejam amigos.
A esperar por isso, e viver buscando, estarei a teu lado, irmão.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Matador de passarinho

Obrigado, Rogério Skylab, por me dar as palavras PERFEITAS.

Sou ambientalista, gente, fiquem calmos, não virei revolts boçal. Só preciso da metáfora. Preciso dizer algo a alguém.

Cortei tuas asas, pássaro!
Cansei, cansei de vez! Das tuas andanças sobre a minha cabeça e dentro do meu peito.
Sempre que podemos, você não pousa em mim. Você levanta vôo e me ignora por todo o sempre.
O sempre passa, até que vira nunca, e você nunca dá sinal.
Até que, longe, escuto teu canto, quando já não me atenho as esperanças de te ouvir.
E aí sabe o que vejo? Você num diabo de um ninho, de algum joão de barro miserável.
Um miserável qualquer, que construiu a casa pra uma de sua espécie, e aí você, abusada que é, saiu entrando.
Como entrou na minha vida, pela minha janela.
E na casa do joão de barro, não duvido, ele escuta teu canto e faz todas as tuas vontades. Você é dele, e não minha, jamais minha.
E eu que sempre quis, brincar de ser joão de barro, brincar de ser teu.
E quantas vezes mais eu terei que passar por isso? Quantas?
Eu não o posso, corto hoje as tuas asas!
Finges que não me vê, ignoras a mim, não posso eu pensar em você!
Por quê? Diz com sinceridade.
A cada filme ridículo, a cada belo sorriso, a cada olhar de tentação. Eu só vejo você, e só queria te esquecer por completo uma vez na minha vida.
Mas adivinha? Não, não irei cantar pra você a música que aprendi a cantar pra você.
Cantarei pra todos a que, muito antes de nos unir, foi o meu objetivo como músico, minha motivação.



E tudo isso, pra, finalmente, tentar te deixar voar de vez, no meu coração. Porque eu cansei de te ver voar e sentir que você vai pousar em mim algum dia. Sentir que você se aconchega na minha sombra.
Corto tuas asas em meu coração, para que possa voar pra longe dele e deixá-lo amar alguém que o ame.
Já amei a tantas, e ainda amo a uma, se queres saber. Amo mesmo, acho que me cabe dizer isso.
E talvez com ela isso passe, eu não sinta o amor por ela, já que nunca pude ser o poeta que pensei. Pelo menos, é o que ela demonstra.
Tão claro como você não me fez joão de barro.
Mas ela, eu posso confiar. Posso ter, pra mim, de alguma forma. Você, não. Você é só sua, e teu egoísmo me matou esses anos todos. E mesmo assim, mesmo assim, só você fez o que fez comigo.


A pior parte, é que não sei o que farei se você resolver pousar. Então por favor, se estiver lendo, define-te! E voa pra bem longe, vai ser bem feliz. E carrega contigo as minhas dúvidas.

Discussões à cerca de..

... E essas reticências se alongaram por alguns minutos. Talvez algumas horas que passaram bem desapercebidas pela minha vista e noção. Se falta de inspiração passa, deve ser culpa da Luiza, menina multifuncional (igual impressora da HP) com quem tenho falado ultimamente. Nos conhecemos por meio da Leticia.
Enfim, enquanto ela se enrola com suas redações, eu me enrolo mesmo com meus pensamentos. É praticamente o fim do período, o calor nunca pareceu tão intenso (e isso sem dúvida é apenas mais uma hipérbole desvairada que todo mundo usa mas que realmente parece fazer sentido de ser), e devo confessar-me um pouco intrigado, talvez fustigado e frustrado.
Podem ser as provas, trabalhosas (e às vezes difíceis) que vieram umas atrás das outras. E ainda não acabaram, tamanha é a tarefa. Pode ser a frustração de não poder botar minhas mãos num teclado e aprender a tocar, aumentando ainda mais meus horizontes musicais. Ou pode ser o diacho do coração agoniado. Mas este eu descarto: é constante da minha vida, estou mais que acostumado.

E é legal ver algumas recompensas. Se me demora a inspiração pra escrever, a música anda viva e os ensaios tem sido promissores. As notas não saíram tão ruins, e o descanso vai chegando.
Espero que caia aquela chuva leve de verão, só pra refrescar. Quero tempo pra descansar sob a sombra de uma árvore majestosa, com uma água de coco e o violão em punho. Lápis, pra anotar quaisquer músicas que vierem com tanta beleza a me cercar nessa cidade. Ah amigos, sejamos sinceros, a cidade pode ter tanto problema quanto for, há um quê neste Rio de Janeiro que nos faz sentir abençoados.
E se o Cristo de mãos fechadas dos Paralamas é tão real quanto o monumento que recebe todos de braços abertos, eu prefiro às vezes esquecer de ambos e só olhar ao fundo da Baía de Guanabara. Há mais que a poluição, também há mais que o horizonte.
Há muito mais do que a minha consciência crítica observadora ou minha empolgação ilusória possam ser capazes de ver. E que dirá compreender.
Olhar pra imensidão, azul, e só.


Cantar algo. Cantar, tocar.

Respirar fundo.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Simples anotações

Já gastei mil versos.
Já usei da poética, da prosa. E disse quase tudo que tinha pra dizer, a quem eu tinha de dizer, e queria dizer.
Mas sempre fica algo guardado. Pro olho no olho, essencial.
Hoje, depois de gastar meus neurônios sem ser frutífero como queria, sento em frente ao computador, relaxado e esperançoso pras provações que terei em breve. É necessário ser assim, e eu sempre fui lá da minha forma.
É sempre difícil achar um ponto de equilíbrio. Descobrir uma situação em que tudo se encaixe sem exageros, sem forçação de barras. Não dá, e serei firme nisto, não dá pra só pensar no acadêmico, ou no hobby, ou no talento, ou nos amores, ou mesmo focar em nada. 
Então serei breve. Estas são as minhas anotações pra levar uma boa vida.


Pra cada relatório escrito, uma boa refeição.
Pra cada prato bem batido, uma brincadeira bem corrida com seu bicho de estimação.
Brincou? Um banho relaxante.
Banho só pode ser seguido de uma sombra.
Sombra com um violão no colo, pra cantar o tempo.
Cantado o tempo, em seus acordes adimensionais, retorne ao batente, inspirado.
Faça valer cada trabalho, cada momento estudando. Absorvido isso, diga a alguém que ama: "Te amo".
E então ouça: "Te amo também".


Um pouco disso, a cada dia, mesmo que não se possa ter tudo, é o suficiente, para mim. Não é uma regra, algo que tenha que ser seguido. Posso ter um dia sem nada dessas coisas, e talvez seja um grande dia.
Mas uma vida sem nada destas anotações, não será uma vida.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

My decision

Está decidido. É hora de mudar.
É hora, enfim, de escrever uma nova história. Uma nova página.
Não estou descartando meu passado. Não estou dizendo que ele não me serviu. Serviu essencialmente, e é por causa dele que venho aqui hoje com a convicção e a certeza da mudança, que me faltaram em tantas vezes que procurei um caminho diferente.
Não vim para esta vida ficar lamuriando os erros. Não vou chorar pelas amizades que perdi ou que nem sequer começaram. Não vou mais chorar pelos amores que poderia ter tido, vivido. A estrada levou por alguma razão.
Eu já vinha dotado de felicidade espontânea, que vinha superando meu vazio a cada dia. Eu já vinha feliz, e hoje quero apostar todas as minhas fichas nessa minha felicidade. Acredito, firmemente, que nada nem ninguém hoje vai me tirar da rota do meu sucesso.
E quero um amor, vou ter um amor desses de tirar o fôlego mesmo. De escrever mil músicas. Será que posso dizer que tenho esse amor? Eu não sei. Eu o quero.
Estou feliz mas andava muito ansioso. Agora, me excluo desta ansiedade. Irei calmamente, passo a passo, alcançar cada objetivo. E escreverei minha história, em cada gota de suor e sangue que eu tiver que derramar. Vou ser feliz, simples do meu jeito.
E hei sim, de seguir assim.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Fatos claros

Peguei-me ansioso estes últimos dias.
Ansioso, por algo. Não sei bem.
Minha ansiedade é natural, mas desta vez. É algo como eu era quando mais novo, uma ansiedade frenética por coisas que espero e não sei que espero. Ou que espero e não sei se vou ter. É difícil.
Me peguei pensando sobre o que seria o motivo. Provas próximas? Provações, talvez.
De papo com uma boa amiga, ela sugere:
"Deve ser coração agoniado".
E bom, tá aí. Coração agoniado, mas de quê? É um motivo tão bom pra se estar ansioso que chega dar pena não saber se é isso mesmo. E talvez nisso eu confirme ao meu subconsciente bagunçado que deva ser este o motivo. Ou não. Sem mais delongas em torno de Freud, devo seguir.
Perguntei, curiosamente envolvido pela ideia da menina:
"E isso tem cura?"
A resposta, daquelas que a gente já espera.
"Alguém tem que acalmar o teu coração."

E de boa, ouvir isso, que de fundo já sabia, não me estremeceu. Também não aumentou a ansiedade.
Por algum motivo, lá quieto do meu canto, eu pensava que isso não demoraria. Há sim, de se achar alguém por aí, que me acalme o coração. E não demora tanto. Eu claro, continuo ansioso, mas nada que não possa ser resolvido.


Cá no meu canto, a barba por fazer tem quase um mês. Aquele aspecto de quem tá imerso em seus planos e pensamentos. Mais do que de costume. Os olhos aprofundam-se nas noites levemente estreladas até onde o céu me permita vê-las.

A vontade de entrar em forma tão grande quanto a preguiça existencial e o desejo que bastasse um estalar de dedos. É engraçado. Minha pequena barriga protuberante sempre me incomodou, e quanto menos tempo eu tenho pra perdê-la, mais tempo fico pensando se realmente vou conseguir fazer isso. Melhor é pensar que talvez nem precise, que o tempo resolva isso por si só.
Isso e tudo o mais.

Me agarro ali no meu violão, sentado e calmo. Toco alguns acordes. Um sambinha improvisado, embora eu não saiba tocar samba. De repente fica bonito, fica gostoso de se ouvir. Pego a letra feita num surto em outro dia. Releio com atenção. Há uma nova melodia por sair. E não vai ser samba, não sei fazer samba. É algo meio pop. Mas tem essa puxada, essa coisa de gingado que foi gostoso de criar ali, no meu cantinho.

E tem muito mais por fazer, musicalmente, também. Muita música pronta na cabeça, que precisa sair.
Em março, amigos, deixo claro, estarei dando continuidade a meu trabalho. E impulsionando-o de vez. Alguns vídeos, com músicas minhas, mas destaque para os covers. Aí, um single poderoso (e vocês verão que é, ao término das gravações), e um CD feito por conta própria. Vou dar meus passos.

Há de convir também dizer, agoniado ou não, o coração tá bem. Digo com a certeza que, aqueles que me virem por aí, não poderão descrever outra coisa que não isto:

"Lá vai um cara diferente. Tem algo no olhar.."


E posso dizer que tenho. Retornou a mim a certeza de buscar. E o orgulho de continuar tentando.
Só me cabe olhar fundo nos olhos de quem vier. Dizer para que olhe e diga o que vê.
Logo, também, direi que vi amor no olhar que vi.



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Carnaval

Devo dizer, com felicidade, que este carnaval, eu aproveitei!!

Vou dizer pouca coisa.

No sábado fui assediado no "Marcha Nerd" + "Thriller Elétrico". Motivo? Simples, eu era o Scorpion. Fantasia feita em casa, pelo meu irmão. E numa marcha nerd, eu virei celebridade. Inúmeras pessoas tirando foto comigo o tempo todo (incluindo LINDAS MULHERES), além de ouvir alucinadamente os maiores hinos nerds possíveis, como "Chala Head Chala", "We gotta power", "Pegasus Fantasy", "Cavaleiros do Zodíaco", "Temos que pegar", o tema de Fly, He-man e outros grandes clássicos.



Essa gata aí de cima, não faço ideia de quem seja. Mas me puxou pras fotos xD

E o Thriller elétrico foi sensacional. É algo ao estilo do Sgto Pimenta, mas ao invés de misturar Beatles e samba, mistura Michael Jackson e samba. Bernardo era um dos vocalistas, e mandou muito. Sem dúvida, é um bloco que tem tudo pra crescer muito ainda. Sensacional.







Mas enfim. E hoje, segunda feira, eu parti com tudo pro Sargento Pimenta com os amigos. Claro, teve alguma problemática clássica de encontros e desencontros. Mas foi foda do mesmo jeito. Estimaram que havia até 400 mil pessoas! Isso mesmo! E foi pica, sério.



Enfim galera, é isso aí. Pulei meu carnaval, e ainda to estudando feito corno pra variar kkkk
Mas a gente se fala galera. Abraços grandes! Love is all we need!


sábado, 9 de fevereiro de 2013

O grande passo

Conhecem Leoni?
Acredito que a maioria aqui conheça.
Mas pra aqueles imersos no mundinho midiático e não entendem de música brasileira, vou falando.
Leoni era o guitarrista principal do Kid Abelha, e compositor de todos os principais sucessos da banda: "Educação Sentimental", "Alice", "Fórmula do Amor", "Conspiração Internacional", "Os outros",entre outras. Por divergências internas, saiu da banda e fundou os Heróis da Resistência (e admito que esses eu pouco conheço o trabalho). Seu segundo boom veio na carreira solo, onde ele escreveu músicas que todo mundo já curtiu ouvir, como "Garotos II - o outro lado", "Por quê não eu?", "Melhor pra mim", "Temporada das flores", "50 receitas", etc. Cabe dizer que compôs ao lado de Cazuza e Ezequiel Neves o grande hit "Exagerado".

Leoni é conhecido, entre os músicos e admiradores, como um dos melhores compositores remanescentes dos anos 80, e um dos que mais se atualizou, em todo o Brasil, sobre a nova dinâmica do mercado musical, tendo caído de cabeça na produção autônoma. Sua carreira solo é muito bem sucedida, e pouco mexe com a mídia. Pode parecer ruim, mas é a melhor coisa pra um músico que quer sossego e fazer sua música sem dotes de capitalismo e pressão de show business.

Agora, vocês devem estar se perguntando, porque to falando do Leoni por aqui.

Bom, se posso ser rápido.

A cabo de um mês, fiquei sabendo que ele abriu uma oficina de composição de música pop. Era o seguinte: ele daria sua experiência e dicas sobre esse mundo desvairado que é o musical pros compositores/cantores, além de ensinar alguns truques que facilitam o processo de composição. Bastava pagar uma grana (até alta, mas que valia a pena) e pronto. Eram 15 vagas. Minha mãe foi quem me comunicou do ocorrido, como fã assídua dele.
Confesso que no princípio ouvi meio desconfiado. Não havia entendido bem o que ia ser isso. Soava como 'ensinar a compor' o que na verdade é impossível. Ou você tem a música em si, ou não tem. Mas aí li o roteiro direitinho, e percebi que era uma oportunidade muuuuuuito boa de crescer como músico.

Foram 4 aulas, ao longo de duas semanas, no Leblon, numa cobertura. Conheci gente de todo e qualquer nível e estilo musical. Descobri que minha prima até tem algum talento também, e mais que tudo isso, fiz amigos fascinantes cujos talentos diversos me fizeram deslumbrar. E ainda, no fim das contas, sanei todas as minhas dúvidas, e reafirmei a mim mesmo meu potencial. Sei agora, mais que nunca, que sou bom no que faço e que devo investir mesmo em mim.

Das pessoas que conheci, me cabe destacar:

Cynthia, uma rapper louca e com uma história de vida corajosa. Ainda tá começando também, mas parece que vai chegar longe. Uma grande piadista, uma presença querida e engraçada.

Adonis, um senhor guitarrista de blues. Ainda tímido, mas com um potencial que eu só vi em monstros como o Souza ou o Gabira, já conhecidos por aqui. Vai chegar lá, cedo ou tarde.

Mike e Bernardo, os mais proeminentes do curso. Têm ambos o estilo parecido musicalmente falando, tocando baladas e músicas mais sentimentais. Mike tem uma voz mais suave, enquanto Bernardo alcança tons absurdamente altos. Repletos de talento e simpatia, serão grandes nomes, eu tenho certeza disso.

Julia, uma menina linda que só tem comparação de beleza com sua voz. Ainda tímida, tá se soltando ao escrever pelo que vi. E já tem muita experiência de estrada, provavelmente.

E claro, o grande mestre Leoni. Não sou um fã babão dele, mas não escondo minha admiração. Me ajudou de uma forma incrível, e hoje eu devo muito a essa experiência com ele e todos os membros da oficina. Meu rendimento musical aumentou tanto quanto o acadêmico, e a auto-estima tá subindo.


Meu muito obrigado, e o aviso à todos, que março vem coisa grande da minha parte. Abraços!


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Vozes

Aquiete-se. Não perdi o arreio de minha consciência. Não estou perdendo, ainda. Você sabe de que vozes falo.

Estou aqui, cá de novo, a responder-te.
Por quê? Não sei. E talvez eu continue levando o resto da minha vida, tentando entender porque te entendo.
Acreditaria se eu dissesse? Não, você vai duvidar até o último momento, eu sei.
Mas eu sei que vai acabar se convencendo. Não é presunção minha, eu só sei.
Sexta passada, encontrei-a. Tão igual e tão diferente daquela que perdi nas curvas da estrada.
Aquela de quem lhe falei. A tal aprovada. Linda, sem dúvida. Escrevi pra ela por aqui, você facilmente pode deduzir isso e saber qual foi a carta.
Mas não me atenho a isso. Me atenho ao fato que, paralisado em minha descoberta, tal qual você na sua, também imergi nas minhas memórias. Me joguei de cabeça, relembrei muitas coisas. Mas por algum motivo, eu ouvi a voz.
A voz da que perdi na estrada.
E a voz de todas que deixei pra trás por lá também.
Talvez eu tenha escutado a tua também, e não sei se me dói. Me transtorna, me questiona e me complica, mas não sei se me dói. De alguma forma, tua voz não me dói de forma alguma. Você não é dor, pra mim.
Mas eu sinto as tuas dores pela vida, também. E talvez uma das minhas, seja saber se sou dor pra você, ou se dói não escutar minha voz. Você escuta?
Não, jurei não me reter nisso e farei o que prometi. Daqui em diante, tentarei com afinco, dizer-te o que senti.

Somos tão iguais quanto somos diferentes. E assim é para aquela que perdi na estrada e a que encontrei recentemente, bem como ao teu descoberto, literal, das estradas, e o teu amante que aos poucos perde o teu amor.

Sei que, imerso nas minhas memórias, eu fui incapaz de tomar atitudes. Minto, troquei algumas palavras quando o destino me ocasionou a chance batendo na porta. Mas não o suficiente, não o esperado. Não foi o que devia ter sido.
Mas, eu ouvi as vozes. Dela, da que perdi nas curvas, e tantas outras.
E a sua. Agora tenho certeza.

O que me fez ouvir as vozes? O que me fez ouvir, e você não?
Eu não sei, sinceramente.
Mas como você, eu também to com aquele vazio. Sempre estou com ele.
Algo mudou. Eu não sei dizer o que é. O vazio tá leve. Meus sorrisos já não são mais só bons sorrisos.
O peso, talvez, esteja sumindo. Será isso?
Será que, enquanto tua cicatriz fecha, o meu peso se desfaz? É este o destino de andar na estrada?
Eu não posso te repreender. Não posso lhe dizer pra não se deixar abater.
Jamais poderia dizer algo que soasse banal, explicando que isto é a vida e a forma como ela se encaminha.
Sou mais inconformado do que você, quando não quero algo. Sabes disso. Sabes da minha teimosia, da minha determinação tão forte quanto minha cabeça dura insanamente guiada pelos meus princípios sentimentais.
Se posso dizer, se há algo que posso, seja isto:

Por favor, ainda que seja doloroso, conserva a menina do teu quarto.

Mesmo que tenha que trancar tudo até o dito cujo certo de resolver lhe aparecer. E sei o quanto ela pode chorar mais, o quanto ela pode se fechar ainda mais no quarto escuro. Mas, mantém tua essência confiada a esta menina. Escuta, mesmo que tenhas traído-lhe a confiança alguma vez. O maior dom de uma criança está na sua capacidade certa e infalível de acreditar no bem das pessoas. E ela, mais do que ninguém, sabe do bem que há em você. Do amor que há em você. E há de ser de quem merecer.
O perdão é divino, e reside na tua menina. E ela é tudo em você, não há camadas nem máscaras que você possa usar que vão me deixar de ver direto nos olhos dela. Não há atitude, não há discurso. Nem a terceira pessoa no teu eu-lírico, da tua poesia de prosa, da tua fornalha de contos que me reviram o coração.
Não há nada, neste mundo, que me impeça, de ver a tua menina. Ver você, como é.

Não sei dizer como, nem porquê, mas o menino dos meus olhos, sorri pra você. Sorri largo, enorme.
E o que vem desse sorriso, nem eu sei. Não há promessas, não há destino escrito, nenhum que eu já não tenha tentado buscar sem nenhuma certeza. Mas ele sorri.
Chega a dar vontade de esbofetear o moleque. "Tome tenência, pra quê esta graça?".
Mas, desafiador, ele sorri.
Eu não minto.

Entenda também, porque cabe dizer, que eu só escutei as vozes recentemente. E você há de escutá-las, pela forma que o acaso atrelou nossas vidas, tenho certeza.
E não pense que é ruim. Porque escutá-las, pra mim, não foi de todo.
Escutar a voz de quem perdi na estrada foi doloroso. Chocante e petrificante, me imobilizando perante as novas chances. Mas foi primordialmente necessário!
Só sabemos que estamos de fato, evoluindo e seguindo em frente, quando encaramos estes pesos e vazios, e não mais nos abatemos como antes.
Repito, talvez sem necessidade, que não te repreendo. Mas é que...

Nossa, eu levei muito tempo, pra poder dizer isso.

Você me fez reaprender o que sabia. Só me cabe te retribuir o favor.

É que todo o amor que nos ocorre, nos faz melhor no fim.
E se o teu fim demora a chegar, não te torture mais pensando o quanto, a cada dia, ele se aproxima.
Tudo vale e valeu a pena, e vai continuar valendo enquanto continuarmos amando.
Porque é esse o motivo das mudanças. Não é a simples vontade, mas o amor.
O amor a vontade de mudar, o amor aos outros por quem lutar, o amor a si por estar vivo e ter quem amar. O amor por amar.

Você me fez reaprender.
Por favor, não esqueça. Confia este segredo nosso à tua menina, e sorria como meu menino sorri.
Teu sorriso faz a menina clara para o mundo. E só com claridade ela pode conquistá-lo.

Sei, é assustador, não é?
Dar estes passos tão doloridos, nos cacos de vidro espalhados. Mas te conto mais um segredo.
Meu menino não se deu conta que os atravessou. Sim, estou falando sério!
Aliás, teria atravessado? Não posso afirmar, mas acredito que sim.
E é engraçado, não é? Não se dar conta. Só notar que se pode sorrir quando você já está sorrindo.
Mas é assim que foi para mim. E torço pra que te seja assim.
Apenas deixei, como sempre, e desta vez ele caminhou. Será que pode me entender como te entendo?

As vozes são uma pequena provação. E sei como ninguém como te dói. A lembrança, a falta. E por vezes eu também quis me agarrar nisso e preferir que nada mais acontecesse, e que fossem minha realidade fantasiada e eterna no meu reino alimentado por veias de sonatas mal terminadas.

Porém, cá estou. E o menino te sorri. Não sei por quanto tempo isso vai se manter. E nisto, talvez seja saudável querer se manter. Não sei. Mas chega das minhas dúvidas, chega dos meus palpites. Não sou teu poeta nem sei se serei ou se devo ser, às vezes me pego pensando se quero mesmo ser. E na certeza que concluo que quero, divago também em ser trovador dos teus delírios, tipoia das tuas luxações, glorificador das tuas conquistas.

Apenas digo, para pôr fim ao meu queixar que em nada lhe mudará a sina:

Deixa sangrar o ombro direito até onde ele precisar. Arder a dor das tuas entranhas, em cada pedaço do teu ser. Ainda assim, não será irreversível. Serás tu, aquela que me fez lembrar quem sou e arrancar o verdadeiro sorriso do meu menino desengonçado. Serás tu, a confidente, a intrépida. E também a sensível, precavida. Serás tu, infinita na tua limitação humana. Serás mais que a dor. Serás mais que o fulgor, a paixão ou o prazer. Serás tu, maior que o amor que eu pude conceber.
Serás tu, e nada mais.
Serás tu, e nada mais. E nada poderá lhe tirar isto, que é o que te faz tão incrível. Leve o tempo que for, serás tu, e serás felicidade.




domingo, 3 de fevereiro de 2013

Besides my shadow

Há de convir, no tempo dos meus pensamentos vãos e em intervalos infinitesimais, a lembrança viva da minha sombra.
Observá-la, perante o sol que bate à porta, entre seus disparates de comprimento.
Há volume na sombra? Acredito que sim. O volume das nossas próprias contestações, dúvidas. Cada um tem suas próprias trevas.
Porém, são necessárias. O ruim é viver imerso nesse peso, na escuridão da própria alma.
Relembro bem vivamente a minha sombra. As dúvidas são mais importantes que as respostas.
As respostas se constroem no caminho. São a luz reveladora, são os passos a serem dados. Ninguém vai longe sem se perguntar as coisas. Responder? Qualquer um que diz saber o que fazer em toda situação, mente. Todos tem dúvidas, todos titubeiam.
E é por isso que a sombra é necessária. E mais que necessário também é o que está ao lado da sombra.
Sejamos sinceros, nunca pode-se ser feliz sozinho.
É impossível.
Agradeço sempre aos amigos que tenho, e aos amores que tive.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A Beleza

Acordar as 6 no sábado ganha sentido quando nos deparamos com este universo despojado de suas lascívias.
Descer a rua e olhar o céu, onde as nuvens mais parecem pinceladas. Pinceladas circulares, concêntricas e se adensando em direção ao sol. Era como se Paul Cézanne estivesse fazendo seus rabiscos lá do paraíso sobre as nuvens, em grande escala. Eu, como humilde observador, lá estava admirado a descer.
Sobre os rabiscos divinos, uma luz oculta, clara e calma. Abrasadora, cantante e harmoniosa. Era o sol da manhã certa, certa como o destino de minhas conclusões.
Da noite passada, apenas uma certeza: eu vi um anjo.
Gostaria, amigos, de poder dizer de forma clara, mas o vi, tão imaculado quanto dual em sua grande tentação. Não o imaginava assim. Sabia que era, mas não tanto.
Disse ontem, e torno a dizer: encontrei aquela beleza de que tanto falava. Acho pedaços grandes dela em muitas mulheres incríveis, mas ontem, eu achei aquela beleza que talvez apenas eu tivesse idealizado da forma que digo por aí .
Seria não a beleza, mas A Beleza? Platão me perdoe por usar desse termo que parece tão inatingível, mas vê-la me deu esta sensação.
Sua dualidade é tão desafiadora quanto sua beleza. O que não há nela pra gostar? Há também muitas coisas a me distanciar (apenas a mim, por serem do meu critério de cara chato usual). E tudo isto me tornou imóvel como uma rocha, afundando no lago de meus pensamentos.
Como é que eu vou dizer isto? Paralisado feito um idiota, na festa perfeita pra nos conhecermos de fato.
Por mais belas, difíceis que fossem, minha coragem e cara de pau jamais me deixaram titubear. Parti pra dentro de batalhas perdidas até (não que isso fosse inteligente, mas hão de respeitar minha atitude e minha força de vontade), e jamais, jamais desisti antes de tentar de fato. Mas como isso meu Deus, como fiquei paralisado?
De fato, é sim, A Beleza. Mas não sei, se posso tê-la, se terei, se é apenas outra obra de arte que devo admirar e me resignar a isso para apreciar as belezas que me aprouverem.
Mas esta obra de arte, de qualquer forma, não é de Cezánne, nem de Picasso, ou Da Vinci sequer. Magritte? Van Gogh? Miró? Munch? Dali? Quem são eu sei, mas mesmo assim não foram eles capazes de criar esta obra de arte. Isso é coisa de Deus, Buda, Cosmos, sei lá.
Mas é algo que não sei explicar.
Veja a mim: só mais um dos mil idiotas que devem ter se pego pensando na Beleza, e desta forma. O que ainda me faz pensar que posso tê-la é minha força de vontade. Mas ela tem que ser maior que minha paralisia pra eu me dar ao luxo de acreditar....


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Nada fiz, (a)demais

Não o pude.
Não pude fazer nada.
Em meio aos amigos, ao bom som, a felicidade. Em meio a comemoração alegre e necessária.
Vê-la, como é, cara a cara, foi demais pra mim.
Demais pra pensar que desisti rápido. Demais pra pensar que o que digo pode ser a mais bela presunção.
Mas de fato, também era demais pensar. Era demais sentir. Demais pra mim.
Demais, observá-la.
Falar? Como falar?  COMO? Mostrar minhas dúvidas que se despertaram na sua presença? Perder o juízo em devaneios insanos pensando numa forma simples de dizer um elogio sincero?
Pior, eu sabia como fazer isso. E sei, até agora. Mas não consegui.
Olhava pra ela, e via muito mais do que esperava ver.
Queixo-me aos céus, que não me provém com a imaginação certeira pra evitar esses devaneios.
Queixo-me a minha memória que não é surrealista e portanto, não persiste quando preciso.
Guardo profundamente o rosto daquela menina no meu peito, com cada impressão tão fiel quanto se possa querer pensar. Mas cabe dizer, em minha mente a busco, e não a acho.
Quanto mais penso em lembrar o que vi, menos acho.
Mas meu coração me mostra, então, o que vi.
E isto se perde novamente, para que, em algum lance de sorte, num próximo encontro, eu tenha novamente a surpresa.
A surpresa da beleza real e devastadora, que desarmou-me até das pedras. Sem defesas, fui incapaz de resistir, e também incapaz de agir.
Dei o espaço, e não consegui encurtá-lo.
E nos golpes de olhar, se ela viu meu olhar, sabe já que me tem se quiser ter.
E nada faço eu perante a beleza real e devastadora.