Deixei meu coração em "stand by".
Não que eu tenha desacreditado das coisas do amor. Não, nunca deixei de acreditar.
Só cansei de remar contra meus próprios passos.
Acho engraçado, como eu, particularmente, fazia e às vezes faço questão de contrariar o que aprendi. Sempre cometendo as mesmas burradas. Burradas mesmo, não é o meu jeito de fazer as coisas. Sei que to fazendo errado quando faço. Mas vou e faço. Parece tara.
Parei com isso. Acredito.
É, vamos dizer que eu parei em definitivo.
Sei lá, bateu uma simplicidade das coisas agora em mim. Coisa de maturidade, vai saber.
Você aprende lá e acolá que essas coisas se resolvem sozinhas. É clichê pra cacete. É um saco ouvir todo mundo que tá bem resolvido te dizer isso. Mas é a pura verdade.
Sempre quando a gente tem a menor expectativa possível, inexistente, de que em alguma situação algo novo possa brotar na nossa vida amorosa, a coisa simplesmente é invocada como que num ritual.
Simples e certeiro. Você está lá, distraído, pensando em pouca coisa. Pode até pensar em querer ficar com alguém. Mas aí do nada desiste, fica abatido. Lembra do histórico, no meu caso. E de repente vem alguém, te chama atenção. E pá, tá feita a mágica. Não precisa muito. Só precisa desapego. Desapego dessa necessidade imbecilizada de procurar aconchego a qualquer custo com o primeiro sorriso bonito que passa. Pode até dar certo. Satisfaz. Mas vai saber até quando. E quantas serão necessárias.
Não condenando os adeptos. Até tentei ser mas claramente não é a minha praia. Então eu deixo assim, "stand by". "Loading".
E vai passando o tempo assim. Minhas expectativas existem. São altas. Pra tudo na vida sempre foram. Mas como é a única coisa na qual eu agir não é necessariamente conquistar a meta, então vou deixar quieto. Vai seguindo, vai esperando sem pressa.
Eu quero é uma boa surpresa. Tomar um baque que me arrebente. O resto é frescura.
Recado de Beto Guedes
Há 3 anos