Hey, você aí

Não, não quero seu dinheiro.
Estava mais pra dizer 'Hey Jude', ou algo assim.
Bom, este blog é sobre mim. Não apenas eu, mas o que penso, sinto, etc. Já foi meio invasivo, já foi vazio. E no fundo ainda é legal, pra mim. Meu cantinho de desabafo e filosofia, se assim posso dizer.
Eu sou um livro aberto. O que quiser saber, pode achar aqui. E o que não conseguir, é porque ainda vamos nos esbarrar por esta vida irônica.

The Beatles

The Beatles
Abbey Road

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Ah, quem dera você soubesse..

Ah, quem me dera. 
Quem me dera você soubesse.
Soubesse o tanto que você me faz bem.

Soubesse que eu fico feliz a cada bougainville que avisto na rua. E são tantas.
Soubesse que eu agora estou com a mania de olhar pro anel que você me deu, e ficar bobo neste ato por minutos a fio.

Ah, quem dera!
Quem dera você soubesse.

Soubesse que cada coincidência que nos brota me catapulta pro mais alto nível de satisfação.
Soubesse que meu medo é como o seu, mas que uma pequena certeza - que em você também mora - puxa meu coração pra você como um trem que corre pro túnel.

Ah, quem dera mesmo..
Quem dera soubesse.

Soubesse que sua tristeza já foi minha também, e que talvez por isso ela fique pra trás.
Soubesse que o seu amor de gata, tão físico e tão sutil, é o melhor amor que eu poderia ter.

Quem dera.

Mas você o sabe. Sabe tudo isso. 
E por saber, vai me acolhendo mais e mais aos poucos.
Meu devaneio é conseguir te dar a dimensão do bem que você me faz. Isso talvez você não saiba ainda.
Porque acredite, quando você diz que sou muito bom pra você, eu só estou sendo páreo pra você, pra todo bem e paz que você me causa. 

Então saiba: quero te amar assim pra sempre. E se não for assim, que seja pra amar ainda mais. 

Temos muito pela frente. E sim, eu vou driblar sua tpm, eu vou vencer a distância, e até bater em Hades. Nada vai nos parar, saiba disso. Vem ser feliz. 


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

The rainbow sounds

Vieste a mim em preto. 
De luto por si, pela sua história e sua realidade. Magoada, querendo sorrir. 

Quando nos encontramos, eras violeta. Ainda inerte, mas com a surpresa de um amanhecer em seu semblante, ainda distante.

Ao primeiro toque, foste vermelha. Foste intensa, até violenta, e ao mesmo tempo tímida. Mas senti teu calor.

Pouco tempo depois, fez-se cinza. Foram muitas cores em sua tela, tudo se fez borrão. Tudo era confusão. Você não se definia.

Foi quando eu lhe trouxe voz em meio ao azul de paz. Eu fui verde, de esperança e sinceridade. Foste rosa, de felicidade.

Algum tempo depois fomos laranjas, de carnaval. De alegria e curtição inesperada. Da cachaça que custa a descer, da piada que te irrita só de charme.

De repente, éramos azul. Mas não era mais o azul celeste, vivo. Era escuro, anil. Era triste. Era a conclusão melancólica, a resposta que ainda não existe.

Então, a você, tenho me feito branco. Pra não ser azul, nem preto. Nossa história não merece mais esses tons frios. Hoje sou branco, do amigo que posso lhe ser. Daquele que lhe deseja paz, e se sente em paz em sua presença. 

E permiti a meu coração fazer-se verde pro que caminho. Talvez nenhuma outra cor lhe caiba melhor. Ficou fácil, até, deixá-lo seguir. Você estava cinza de novo, mas com alguma alvorada ainda pra saber o que fazer.

Hoje somos amarelo. Aquele fosco, de foto antiga, como você bem diz. Nostálgico, e vivo de alguma forma. 

Espero o dia que sejamos mais que branco. Sejamos um lilás, ou até mesmo aquele rosa. Aquela alegria espontânea. Mas não posso me dizer cinza. Estou branco, estou em paz. 

Seja o verde que me provocou, quando puder. Há de fazê-la bem.




segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Desejos

Faltavam poucos dias para o fim do ano, quando pela primeira vez em vida, avistei uma estrela cadente.

O contexto em si já era um tanto quanto inédito e confortante. Entre amigos, deitado e avistando o céu noturno com toda sua imensidão de estrelas, de uma forma que poucas vezes na vida havia feito. Quando dei por mim, avistei. Foi muito rápido. 
Engraçado, no primeiro momento achei que era viagem da minha cabeça, mas uma amiga confirmou ter tido a mesma visão. Sorri, pensando agora que já não era tão louco.
Nos segundos próximos, me senti feliz. Talvez até emocionado. 

Lembrei dos velhos clichês de ditados populares e filmes antigos. Fiz um desejo.
Foi o primeiro que veio à mente, e naquele momento, era o mais sincero também. 
Deixei o resto se acertar por si só e fui tomando meu rumo.

O ano virou, muitas coisas que já vinham se criando no ano passado agora surgem como oportunidades concretas, finalmente. Sinto que poderei realizar muita coisa que há muito ansiava. Minha força se faz mais presente, preparei-me com a vida.
E o desejo, ante a estrela cadente, fez-se real de uma forma inusitada. 

Há de fazer sentido, o fim, dado o caminho que virá.