Hey, você aí

Não, não quero seu dinheiro.
Estava mais pra dizer 'Hey Jude', ou algo assim.
Bom, este blog é sobre mim. Não apenas eu, mas o que penso, sinto, etc. Já foi meio invasivo, já foi vazio. E no fundo ainda é legal, pra mim. Meu cantinho de desabafo e filosofia, se assim posso dizer.
Eu sou um livro aberto. O que quiser saber, pode achar aqui. E o que não conseguir, é porque ainda vamos nos esbarrar por esta vida irônica.

The Beatles

The Beatles
Abbey Road

sábado, 30 de março de 2013

In search of something, besides my pride

Hoje foi um daqueles dias tediosamente sem graça. O cinza do tempo e o frio da chuva são coisas que desanimam qualquer ideia de sair. E a preguiça usual perante o fato de que acabou-se o que era doce e de que agora a rotina vai voltar.
Manter as gravações não vai ser nada fácil. Mas estou pela metade do caminho e não posso parar agora. Eu sei que posso dar meu jeito e tocar tudo como eu sei que consigo. Vai dar tudo certo, no fim.
Mas tem algo me faltando. E não sei dizer bem exatamente o que é.
Se você vier me falar que é mulher, num primeiro momento eu vou concordar.
Rir litros, fazer diversos comentários e piadas infames. E se você for uma mulher solteira e bonita, pode levar uma cantada sem saber. Mas não é a valer, provavelmente.
É óbvio, claro e certo como água, que tem uma mulher me faltando nesta vida. Alguém pra dedicar esse meu amor tão intenso e tão batalhador, cheio de orgulho e força. Mas, tão certo quanto isso, é o fato que espero mais que alguém que eu possa dedicar isso. Espero alguém que mereça isso. E que também possa me dar no mesmo nível. E até eu encontrar alguém que me faça acreditar que isto seja possível de se ver nesta pessoa, mais do que ninguém eu sei que vou precisar de algum tempo ainda. É mais curto talvez do que eu espero, mas provavelmente mais longo do que eu quero.
E justo por isso, o que me falta, talvez, não seja isto, cuja falta já estou e sempre estive acostumado desde que me percebi como o ultra romântico que sou.
Pois bem cabe dizer novamente, o vazio se preencheu sozinho. Não foi por pessoas, embora algumas tenham contribuído. Fui eu mesmo quem resolveu o meu problema, como assim deveria ser.
Fui eu que, mediante as últimas dificuldades, consegui emplacar novas conquistas, e perceber que o que me faltava pra me sentir mais forte não era  uma pessoa, mas, eu me sentir capaz de merecer a felicidade que procuro. Eu conseguir sentir a paixão em tudo que faço, em 100% sem arrependimento. E seguir atrás dos meus sonhos. Eu caí de cabeça, mesmo que não completamente, mas caí. E foi essa queda que me livrou do peso. Engraçado dizer isso.
Pensar que a gravidade pode nos tornas mais leves quando abandonamos as travas perante um precipício incerto, sem nenhuma ponte amarrada.

Claro, não vou negar, existem coisas maiores e que eu ainda almejo.
Talvez o que me falte agora sejam pessoas. Tenho os melhores amigos do mundo, mas existe gente que também estava nessa lista, e que se dependesse de mim sempre estaria. Mas a vida tem suas artimanhas, e cada passo dado pra uma nova direção é um pequeno adeus a pessoas que poderiam estar do meu lado.
Talvez seja isto mesmo. Recentemente, vacilei em meu ciúme. Pior que isso, escutei o orgulho na hora errada.
Mas não vou me culpar inteiramente. Em algum momento, faz-se necessário. Ainda mais para os orgulhosos como eu. O problema foi cair em si nas consequências do ato.
Sabem, orgulho é importantíssimo. Orgulho é saber dar valor a si mesmo, saber quem somos. Orgulho é saber que tudo que fizemos e passamos é bom, no fim das contas, porque nos faz chegar aonde estamos e da forma que somos. E escutá-lo nos priva de sofrer coisas muito desnecessárias. Nos faz inclusive mostrar a algumas pessoas que elas devem talvez dar mais valor a quem somos.
Mas existem horas que o orgulho deve ser posto de lado. Não é o tempo todo, claro. Mas algumas ocasiões, são tudo. Eu, que sempre acabava fazendo a grande burrada de deixar o meu orgulho calado sempre que me apaixonava, levando a grandes pancadas.
Depois de tanto, por burrice, repetir o erro, resolvi escutá-lo. Dei-lhe o megafone, e ele bradou aos 7 ventos, como o leão que levanta de sua sombra junto às árvores secas do calor depois de meses de fome, para dar o golpe de misericórdia na zebra desavisada. Da zebra não sobram sequer os ossos. O leão sai satisfeito.
Mas naquele dado momento, talvez eu devesse tê-lo segurado. Com certeza, não nego.
O leão matou aquele sentimento de amor, do jeito que eu precisava que fosse feito. Guardou e enterrou lá com suas outras carcaças. Ai de quem não lhe der bons motivos pra baixar a guarda.
Porém não me remediou. Sinto a falta da brisa que soprava leve e aconchegante nos meus desertos. Não a quero pra mim, mas sinto sua falta, sua presença era algo divino e que eu não podia ter arriscado perder.
Também sinto a falta do pássaro que se atrevia a voar nos meus céus e fazer sombra a minhas ideias.
Não amo, não amo mais ninguém. Quero muito amar mas não amo ninguém. Porém, essas pessoas me fazem muita falta, hoje.

Não sei bem a que tantas o meu caminho vai seguir. Não sei nem dizer, de fato, se perdi essas pessoas pra sempre ou por agora. Só sei que me incomoda, me deixa inquieto, me tira o sono.
Não consigo mais dormir antes das 2, não consigo mais passar um dia sem pensar nisso.


E se não é isso que procuro, uma forma pra preencher esta saudade que parece não poder ser morta, então definitivamente não sei o que procuro.

Mas é certo, hoje, vi com clareza como ainda me sinto incomodado com algo. Que falta alguma coisa, e que eu posso ter se perseverar. Ou não, mas sou otimista/burro demais pra pensar de outra forma.


Só sei que nada sei. Só sei que não amo mais ninguém que não os amigos. Só sei que quero amar.

Esqueço o resto e sigo em frente, deixo o passado ficar e dou as costas. O que está feito, está feito. E que venham novas histórias.




quinta-feira, 28 de março de 2013

Crianças

É engraçado constatar como às vezes perdemos o valor de nossas infâncias.

Me peguei hoje mais que sendo nostálgico. Me peguei sendo sinceramente feliz como a criança com o brinquedo novo. E não precisei de muito, sabem.


Lembrar-se das brincadeiras bobas por qualquer razão. Das séries e desenhos incríveis que se via (e que vejo até hoje com frequência). Dos jogos inventados na hora, com cada apelido apimentando a roda de pequenas amizades, de pequenas mentes se construindo.
Ver uma criança crescer é uma dádiva. Contribuir pra isso é uma benção. Quero muito ser pai um dia.


Lembrar de como era legal ser feliz sem pensar em mais nada. Entender, ao cair em si, o porquê de ser a filosofia das crianças. E se alegrar com um sorriso alheio era tão fácil.

Era fácil também se machucar, fisicamente. Qualquer coisa era só por um Merthiolathe da vida, e tava tudo okay.
Apesar do brusco romper, nos 8 anos, de toda a minha forma de vida, e o que estava passando, minha infância até ali foi perfeita. E apesar dos problemas que vieram depois, nada apaga minhas primeiras palavras, minhas primeiras conquistas, minhas pequenas gafes e meu processo de me tornar eu como sou hoje.


Desde pequeno eu era romântico. Em segredo, costumava catar lírios e margaridas pelos jardins pra dar pra uma menina nos tempos de colégio, antes do CPII. Não que eu chegasse a entregar, a timidez foi uma grande barreira.


Enfim. Que lembremos, como um lírio me lembrou, da nossa alegria de quando crianças, e como isso é tudo de bom!

domingo, 24 de março de 2013

Waiting for this moment to arise


Caminhando à sombra de meus pensamentos, vejo-me em situação familiar a de minhas complicações ao longo da vida.
A história, sempre a mesma. Uma garota incrível, um amor incondicional, uma música pra se guiar nele. 
Uma batalha épica entre minha mente e meu coração. Um dizendo os fatos, outro querendo mudá-los. O coração sempre vencia. E sua vitória significava, e significa, minha derrota. E dele também. 
Não persistirei neste detalhe. Sabe-se bem como o meu coração torna a me fazer querer lutar novamente pela garota, mesmo com 10 anos de fim de guerra, se cabe a comparação. É isso, assim definirei meu músculo involuntário, o mal perdedor das guerras passadas. Sempre achando que deve-se empunhar armas novamente.

A verdade é que depois de tantos anos ainda não aprendi a lição. Toda vez que me apaixono antes, e principalmente por alguma garota com quem estou construindo uma amizade, a coisa não dá certo.
Aliás, não é que algo comece pra dar certo. Não começa nada, nada vai sair dali. Não existe nem existirá uma garota, com quem eu me torne amigo antes, capaz de me enxergar como algo mais depois disso.

Eu devo ser o repelente perfeito do romance, da libido. 
Pode ser a minha intensidade, a forma com que exponho tudo. A forma com que boto fé e me apego.
Pode ser minha falta de frieza. Dar o valor que quero dar sem temer o que pode ser pensado, e acabar com isso gerando expectativas de remendar a autoestima da garota, mas nunca gerar atração.
Pode ser minha sinceridade e meu inconformismo, minha incapacidade de me aceitar com mulheres que não me adicionam nada culturalmente, intelectualmente.

Tudo pode ser, nada é. De fato, ignorar uma dessas características minhas me rendeu namoros. Desastrosos, conturbados e estressantes. 
Que de certo ponto de vista, mereciam ser apagados. Pra mim e pra quem eu namorei.


Mas não serei ridículo e infantil. Toda esta dor me rendeu experiência. Lições, coisas que tirei pra vida. 
Coisas que aprendi que seriam importantes pra tratar com a próxima que tivesse a coragem de arriscar comigo.

Agora sim, sou meu flagelo. Burro, com tantas lições, tantos rolos e desenrolares e tocos e beijos e confissões, só sigo repetindo meu ciclo.

Sofrer apaixonado / Conformar-me com namoro problema.

Minhas escolhas, burras ou não, certas ou arriscadas, me trouxeram à sombra de meus pensamentos. Defino-me sempre o velho lobo solitário. Porém, de fato, algo mudou.
Apesar da repetição de minha sina, bem como toda a dor hoje parecer mais forte do que antes tivera sido qualquer outra, o vazio se preencheu.
E não foi por alguém, foi por mim mesmo. Pelo que conquistei, pelo que tenho feito. Atingi o sentido total da felicidade, descobri o amor que posso dar. Só me falta a quem oferecer.
Também cabe, que se um dia chamei uma amada de pássaro negro, hoje eu roubo a metáfora pra mim, pra só lembrar que esperava este momento pra surgir.

sábado, 23 de março de 2013

Tende pena de mim, Pena

Um soco na cara, era isso que eu queria.
Augusto dos Anjos que traga seus vermes, e deixe que possuam cada veia do meu corpo. Que se infiltrem no meu sangue. Pra me tirar o pulsar, me reduzir a pó.
Tudo isso, tudo isso, e quanto mais de cruel pudesse ser possível submeter-me!

Ainda não seria suficiente do que a dor que sinto ao te ver doer.

Por quê? Por quê eu me torturo tanto?
Porquê não sou capaz de te cortar do meu coração?
Porquê não posso simplesmente fingir que não é importante, ignorar e dizer que é problema seu?

DROGA.

E eu tinha, justo agora, me convencido do contrário. De que sim, estava desapegado de ti. E não vou mentir, 99% de mim assinam embaixo com toda a clareza e certeza. Não te quero mais pra mim. Não assim como você está, não assim como você tem vivido seu coração.
Não é querer te mudar, mas é querer que você finalmente se cure da sua ferida maior, do seu vazio, pra aí sim ser capaz de viver algo novo e tão forte e lindo quanto você sabe que merece.
Eu me curei, hoje posso dizer. Sinto saudade sim, da pessoa que perdi. Penso o que poderia ter acontecido, não vou negar. Mas eu não me afundei nisso, não mais. E isso não afetou a forma com que eu lido com as novas chances ao meu redor, gostando delas ou não. E isso te afeta. Não vou esconder, vou jogar na sua cara sim, como você sabe que precisa.
Você tem que se desvencilhar disso. Deixar que o que está ao seu redor não exista até que você coexista consigo mesma. O amor que você merece só vai te encontrar quando você puder oferecê-lo a alguém.

Convença-se disso. E não me use como exemplo.
Não procure em mim a força pra fazer o que eu ainda não consegui. Porquê se 99% de mim te quer fora pra ser amiga, tem 1% que hoje caiu na real. Hoje, viu o que tem sido a nossa relação.

Eu te procuro, você não aparece.
Eu largo tudo que houver de importante e te encontro, por 5 minutos que sejam pra eu poder te dar um abraço. E fiz isso muitas vezes. Você um dia pensou que eu merecia algo assim? Um dia que fosse, você cogitou me procurar, como amigo mesmo, e deixar nem que fosse por 5 minutos o resto dos seus compromissos de lado? Pior é que você sabe que é capaz de lidar com todos eles. Mais do que eu com os meus.
Eu te chamo, você não responde.
Eu vivo e atinjo coisas que não pensei possíveis, você não aparece a tempo de eu ainda sentir felicidade em compartilhá-las contigo.
Irônico, isto tudo deve te soar familiar agora, não é? O que fizeram com você (fosse quem você perdeu na estrada ou um amigo que quis mais do que podia ter), você fez comigo.

Droga cara, droga mesmo.

E eu me sinto um merda. Um grandessíssimo merda. Porque venho aqui descontar toda a raiva, toda a dor, e não é suficiente. Eu ainda choro perdido, destroçado. Eu choro.

Eu nunca choro mas por você já perdi a conta.
Já chorei mais por você do que pela minha ex. Pode isso? Pode!

E me sinto um merda porque sei que não é sua intenção. Sei que você quer me tratar como eu mereço. Sei que tem passado problemas.
Mas a vida tem disso. Mesmo com as suas razões, você pagou de errada comigo. E eu não consigo querer deixar passar. Seguir e fingir que não aconteceu. Que não doeu.

Eu sempre quis preservar meu orgulho. Sou tão orgulhoso quanto se possa ser. E de novo, eu não consigo me respeitar nesse sentido. Por você deixei ele de lado. Passo por cima dele agora pra chorar.

E não to chorando só por mim.

Metade da minha tristeza é por minha dor. A outra metade é por você.
Mesmo que você não se ache merecedora disso, mesmo que grande parte de mim devido a esta dor também comece a querer pensar assim.
Aquele meu 1% que caiu na real apenas tomou conta de tudo, porque eu choro por mim, e por você, e pelo amor que tenho. Meu um em cem que finalmente percebeu que a brisa parou de soprar no meu deserto. E as pernas começam a ficar bambas. A sede é forte, 99 caíram.

Tende piedade do meu amor.
Amor esse que me consome. Me vence quando eu quero me desvencilhar. Me guia quando eu procuro me inspirar.

Amor que me chama quando eu te encontro.
Amor que eu hoje repudio, tento matar sufocar e dar aos porcos.
E pra quê?

Vê, o nosso desperdício.

Talvez um dia sejamos tudo que queremos ser, tudo que sonhamos e merecemos ser.

E porque eu sinto como que ainda assim, não estaremos completos?

Claro, digo pelo andar da carruagem. Tudo pode acontecer, e meu otimismo cego me faz acreditar que sim, ainda é possível tudo se acertar. Seja entre nós, seja com quem for.


E ainda, apesar de tudo isso, eu não consegui desistir de você.

Te peço, vê bem isto, porque me é querido:  http://www.facebook.com/photo.php?fbid=432374893484023&set=t.804015712&type=3&theater


Me sinto tão pesado, pra mim e pra você. E ainda assim, sou tão leve para o vento?

É o que diz meu coração, mas vê o que deu confiar nele.


Eu não sei explicar bem. Sei que naquele dia, eu percebi. Te amava mais que tudo.

Eu não sei como tudo isso foi acontecer. O teu lado da história, o meu, não sei.
Só sei que, em breve, vamos nos reunir. Contar os dias pra isso.
Vamos nos reunir, e eu vou sentar do seu lado. Vou ver sucederem nossos postos, postos que nos fizeram conhecer mais e mais.

Minto, o que nos fez conhecer foi a minha maior paixão. Lembra minha admiração ao te ver ser anjo?

Enfim. Em breve, vamos passar nossa bola pra alguém. Juro, se for um casalzinho, não hesitarei em pegar sua mão.
Farei isso de qualquer maneira. Sei que farei.

Só quero estar lá, que você se encoste no meu ombro, e o que vier depois é o destino que diz.




Eu quero poder, quero que você me deixe poder dizer, e vou dizer, que te amo.

Porque não há outras verdades. Eu simplesmente amo. E todo o resto que disse não é nada perto disso. Só queria saber viver sem isso, agora, já que meu amor você não toma pra si.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Frutos do trabalho

Meu single, já postado antes:

http://www.youtube.com/watch?v=IzyqsuD7hS4

O lado B desse single:

http://www.youtube.com/watch?v=My5LYyTt5N4

Meu cover mais forte, que tá me gerando força na Coverium:

http://www.coverium.com/index.php/hwd-videoshare/viewvideo/255952/

Minha grande chance em cenário nacional, concurso que você, caro leitor, pode votar em mim todo santo dia até agosto, e eu posso, se ficar entre os 10 finalistas, ganhar um microfone PICA.
Porém, entre os 3 primeiros, ganho muito dinheiro pra comprar equipamento de primeira E A POSSIBILIDADE DE FAZER UM SHOW EM SP!

VOTEM LOUCAMENTE!

http://apps.facebook.com/senn_copacabana_sub/artistpage.php?clubid=79

Valeu gente, fui!

segunda-feira, 18 de março de 2013

A coroa e o espelho

Perceber que descrever-te o sentimento em frente da tua Beleza não foi suficiente pra te conscientizar foi um baque forte para uma noite.
Talvez para uma vida.
Quando digo das minhas teimosas certezas, acredite, é porque já procurei discordar delas. Procurei, me esforcei. Mas quando a certeza vinha daqui de dentro do meu peito, nunca estava errada. E assim sempre foi.
Minha certeza, desta vez, apenas me disse: a coisa mais linda que já passou na sua frente.
Ousas-te passar, é necessário dizer. Porque apesar do intermédio de um lírio, ninguém disse que o perfume do mesmo deveria unir uma leoa a um leão. Ou um lobo, escolha a sua metáfora. Chamai-me leão pelo orgulho, pela força ou literal juba. Chamai-me lobo pela sina, pela caminhada, pela esperança solitária.
Mas ousas-te passar, e tarde é pra dizer novamente como me senti.
Mas também ouso-me.
De leoa, tens mais que o nome. Tens a realeza em tua Beleza. Torno a repetir, eis a essência da Beleza e não a beleza real que ostentam os mortais.
Então me encontro aqui, pensando na noite que tomei nota destes fatos. Você acha que sabe o quanto fiz isso, pode ter alguma ideia. Mas jamais vai saber quanto, o quanto me doeu pensar que devia ter tentado mais ou dito até mesmo o que eu não tinha certeza, mas que se me desse uma chance sem duvida se concretizaria. E sempre que escuto teu nome, é isso o que penso. Algo que nunca vou esquecer, independente de qualquer coisa que eu sinta ou não por você. A verdade é que não sei se sinto agora. E me perdoe por dizer, eu não sei se quero.
Talvez você nunca entenda o meu vazio por dentro, o que passei pra chegar onde estou. Não quero menosprezar a sua história ou enaltecer a minha, pelo contrário. É que, já me doeu demais. E se parte de mim sabe que eu mereço o descanso dos justos, parte de mim devagar se foi, caminhando pra você, e hoje me fez o sinal pedindo passagem pra complicar tudo o mais. E deve ter sido difícil pra esta parte também. Novamente, você não sabe como tem doído, você não sabe como eu me iludi e até agora me acho ligado em laços do passado. O mais impressionante é que já cortei todos eles, e ando com a tesoura na mão remendando os trapos deste meu coração farroupilha. E em meio a tudo isso, uma parte de mim, devagar chegou, e está, na minha frente, querendo bater à sua porta.
Não responda! Não atenda! Peço-te. Não enquanto houverem outros, não enquanto te for mais fácil não enxergar o espelho.
Não responda esta parte de mim. Não conte as outros que ela ainda existe, pois pra ficarmos assim, do jeito que eu não quis na minha certeza, ela não pode querer estar viva.

Já é tarde, e não posso perder o rumo de meus pensamentos vãos. O que posso dizer a você agora, digo rápido.

Se deseja acreditar quando digo que é a mais linda de todas, você deve enxergar no espelho mais do que o que você tem visto. Não me refiro apenas a Beleza física, que você já tem mas insiste em negar. Mas me arrepiou a tua aura.

Se deseja viver de um modo certo, vive do teu coração, que é a mais rara joia da sua coroa.

Se deseja não se sentir sozinha, aflora teu amor e o urre. Ruja teu amor, ruja quem é. Não mais te acomode a companhia de apenas mais um que quer que seja.

Olhei a água das poças de chuva. O espelho do céu. Lembrei de você.

domingo, 17 de março de 2013

Partição infinita do tempo nos meus sonhos

Uma fração do tempo que perco é para o lazer. Mas então posso dizer que não perco, porque meu lazer é diverso, e envolve também meu trabalho, meu futuro. E se não é isso, é o que me dosa a tranquilidade pra realizar outras tarefas.
Outra fração é o ócio produtivo. Ou improdutivo. Misturo com lazer também, não sei. Acho que, em dado momento da vida em que tudo é uma corrida, momentos como esse em que o tempo pode passar tão rápido ou tão devagar quanto for e você não se mexe, são essenciais. Só pelo momento em si. Às vezes não é nem descansar em tais situações, mas apenas desacelerar.
Tem aquele pedaço chato das obrigações da casa que ninguém tem saco.
Curioso, gosto de lavar louça.
Outro pedaço do tempo é fisiológico, basicamente dormindo. Todo mundo faz isso e aquilo e não preciso entrar em detalhes, mas dormir é provavelmente a maior parte desse bolo físico. E dormir leva a sonhar muitas vezes.

Ahh, eis que chego aonde devia. Sonhar! Boa parte, quando nos lembramos, é claro.
Ou não tão boa assim, especialmente no meu caso. Vocês sabem como é, geralmente, quando se sonha com algo que parece muito real, NUNCA acontece.

Foi esses dias.
O sonho era o seguinte. Recepção dos calouros na faculdade. Eu saía da sala em algum momento do nosso trote já preparado. E cruzava com uma das nossas calourinhas. O engraçado: não era igual a nenhuma outra que eu tenha conhecido dentre as que coletamos dados. Aliás, não era a igual a nenhuma mulher que eu tivesse conhecido na vida. Branquinha, cabelos negros com mexas ruivas (oh god), um corpo lindo, olhos profundos e serenos. Perguntei algo sobre o que ela achava da galera, do curso, alguma cosia do tipo.
Ela reagia risonha, trocamos umas palavras e demos as costas um ao outro. Momentaneamente, pois logo nos encaminhamos na mesma direção, e não era a da sala.
Por alguma razão, dali passamos pra uma espécie de praça das nações versão restaurante. À cada corredor, um tipo de restaurante típico. Claro, é um sonho, tais loucuras são possíveis.
A cada restaurante nacional, uma risada diferente, um olhar atento. Um beijo ao fim não sei em que restaurante. E de volta à sala, os dois, rindo um pro outro, como se tudo tivesse acontecido.


E aí acordei, matando mais um bom sonho.

sábado, 16 de março de 2013

Jurei não tornar

Jurei não tornar a te escrever.
Cortei tuas asas há tanto tempo que não faria sentido, ser como foi hoje.
Não faz sentido algum eu estar aqui escrevendo pra ti. Mas eu estou.
Nunca nada fez sentido entre nós. Nunca o sentido pode ser sentido, nunca o sentido foi vivido, nunca se fez compreendido.
Mas por quê me parecia tão certo?

Sei que hoje, estava eu em minha paz. Não está completa, mas está chegando lá onde eu sonhei pra mim.
Me preparando pros passos derradeiros que um dia eu cogitei, e que você enxergou pra mim.
Você foi a primeira razão pra eu acreditar que era possível.

E justo hoje, eu acho que finalmente senti a dor que era não ter você por perto, nem como amiga, pra compartilhar isso. Essas minhas pequenas vitórias. Não sou o 5º beatle, nem serei. Mas você fazia parecer assim. Você sabia me fazer sentir maior que meus ídolos, maior que meus sonhos. Pra coisas que nem de longe são o que estou fazendo hoje. Então me pergunto, sincero, como eu me sentiria se você estivesse do meu lado, pra um dia como este e ver o que alcancei depois de tanto batalhar.
E me motivar quando eu me deparasse com os obstáculos do que ainda terei que enfrentar, e muito.

Posso dizer com a humildade de reconhecer que, tal como prometi não voltar a te escrever e hoje escrevo (pra você não ler, como sempre), cantei a música que te escrevi depois de dizer que não mais o faria.
Fiz, mandei pros companheiros que vão me ajudar na possível carreira, para ensaiarem.
E hoje, em especial. No ambiente adequado, com o equipamento certo, e eu lá...tocando meu trabalho.
Resolvi por algum motivo dar sequência ao que tinha iniciado mandando emails pros amigos.
Toquei o que te dediquei, depois que meu primeiro herói tocou nossa música.
Ele não percebeu, e nem eu me dei conta até acontecer, mas enquanto eu tocava o que te escrevi..
(..)

Você sabe o que aconteceu. Mas direi, porque preciso.
Chorei. Mas não foi um rio, não foi uma tempestade. Também não foi engulido. Foi uma lágrima. Uma, apenas uma lágrima. Talvez a mais sentida de todas.

Me pergunto, com toda a dor que cabe desta pergunta, por que estamos assim. Não estamos, quer dizer.
Você sumiu, e mesmo sem querer, vem pairar na minha cabeça. Você voa, mas não pousa.

Eu cheguei onde eu queria chegar,
Onde você disse que eu chegaria.
Mas quando procurei compartilhar a alegria,
Você não estava lá..



One sweet dream came true today

Primeiro dia no estúdio! Repito, primeiro dia no estúdio!

As gravações logo estarão em curso. Espero, em 2 semanas, concluir meu CD se Deus quiser.
Fui lá hoje com meu pai. Oceania recording studio. Show de bola o lugar. Cézar, o dono, gente finíssima.
Conversando um pouco sobre a vida de músico enquanto mais uma banda adolescente fazia cover de Legião. Não é que seja ruim ouvir Legião, pelo contrário. Mas tanta banda cantando Legião (e ainda mais essa que o vocalista é médio pra fraco, e a banda é regular) enche o saco. Rock brasil não é só Legião não, porra, vão escutar mais coisa, temos mais referências de nível igual.

Enfim, até que finalmente chegou nossa vez. Eu tava nitidamente nervoso. Era algo novo, pra mim. Eu precisava me acostumar. Meu pai, perceptivo como sempre, foi tocando algumas músicas tranquilas pra gente ir relaxando, e assim fomos. Com o tempo, fui me soltando. Alguns covers, uns backs pro meu pai. As minhas músicas...

E fui cantando. Aliás, uma delas vai ter destaque especial no próximo post.
E trocando ideias, e cantando, e tudo o mais.
Gostei muito do estúdio, o Cézar é muito gente fina, e estou confiante do que vem por aí. Quem sabe o que vai acontecer pela frente, mas enfim, vamos com fé.


A cada batalha, vencendo ou perdendo, o importante é caminhar.

http://www.youtube.com/user/CalvinBFR07?feature=mhee

http://www.facebook.com/pages/Calvin/342611912517762




terça-feira, 12 de março de 2013

And it's just the beginning

Pé direito é sorte de destro.
Sou mais meu pé esquerdo, de gauche da vida.
Às vezes tudo se complica. E mesmo assim vem aquela luz, e você se acerta no passos.
Deixa eu adiantar bem a minha situação.

Cover na Coverium: http://www.coverium.com/index.php/hwd-videoshare/viewvideo/255952/

31º lugar entre os mais vistos, de mais de 1000 covers de Beatles em toda a rede internacional do site!!! EM APENAS 3 DIAS!!


Enquanto isso, minha página no face continua crescendo, e a exposição aumenta cada vez mais! http://www.facebook.com/pages/Calvin/342611912517762

Studio quase escolhido, falta o test drive! Seja o que Deus quiser! E vamos com fé! Mundo, to chegando!



segunda-feira, 11 de março de 2013

Ao lírio dos teus olhos

Cá comigo, pensei em ti. No que passei ao teu lado hoje.
Pensei no que me tornei, desde que te conheci.
Então, se me cabe, eu queria dizer-lhe isto: não sei como ajudar.

Sei que pediu pra que eu não me culpasse pelas tuas histórias onde sempre me pego envolvido pelo enredo. E palpitando criticamente no roteiro, como é de praxe do meu ser..
Mas é difícil, pra mim, olhar pros lírios dos teus olhos, e vê-los em orvalho.
Lá pelas tantas da minha infância, ou talvez da sua, aprendi (e talvez você também), com um livro muito querido, que somos eternamente responsáveis pelo que cativamos.

Cativou-me você a alegria, a simplicidade do sorriso sincero. Espalhaste-as como as sementes do mais singelo lavrador, que com o mais certo carinho e cuidado semeia a terra bem tratada.
E eu era deserto. Áspero, intenso e nada fácil para os aventureiros. Porém, no fundo de minha areia densa e  porosa, água cristalina. Você plantou sua semente, lavradora, e em poucos momentos de trocar palavras, a semente brotou e virei oásis. Oásis dos sorrisos que você me ensinou a dar.

Foi e tem sido e continuará sendo, a confidente de meus devaneios, que me chama pra Terra quando meu coração vagabundo quer se sobrepor à realidade dos fatos.
Portanto, meu bem, relaxe. Atire-se no sentimento que ainda é necessário, pois só assim ele flui. Mas não mais orvalhe, não mais se desgaste. O mundo não tem o direito de tirar de você o que você cativa. A tua alegria é sua, e você compartilha. Mas não perde, e não podes perder!

Amo você, minha pequena irmãzinha, meu bem e meu bem querer. Já vi os lavradores das rosas e seus espinhos, já vi quem colhesse margaridas e violetas, mas não vi ainda quem soubesse descrever com  precisão o lírio dos teus olhos. Sintetize tua dor e libere a alegria que move os corpos inertes ao teu redor.







quinta-feira, 7 de março de 2013

Teste ou fim da sorte?

Tava tudo indo perfeitamente. Aí, começo a me deparar com algumas merdas. Umas grandes, outras médias, outras ínfimas. Mas merdas, e que influenciam o astral pra continuar tocando a vida e meus sonhos.
Acho que é como um teste. Não encaro isso como o fim da minha sorte. Eu acho que nunca tive muita sorte, tudo que conquistei teve 1% de sorte, 80% de capacidade minha e 19% de ralação.
Acho que vou continuar ralando muito tempo. E que se dane, eu escolhi esse caminho, agora eu não desisto.



Espero que curtam!



quarta-feira, 6 de março de 2013

Backflip

Se atirou no halfpipe, invadiu o parque. Invadiu a cidade com a sua banda. Sua música, sua atitude.
Fez brotar de novo, no meio daquela onda de pagode melô e sertanejos pops, o rock.
O rock, com o rap, com o reggae também. E acima de tudo, com a vontade de mostrar ao mundo que podemos ser quem somos. E que devemos nos conscientizar que apesar de nossas falhas, e apesar de todas as dificuldades do sistema, podemos chegar lá e atingir o nosso lugar ao sol.
Mostrou que aquela menina linda, que deixou saudade, vai voltar.
Que sempre haverá um dia de luta, mas que dele surge um dia de glória.
E haverão lobos em pele de cordeiro, gente que se sente bem quando nos sentimos mal. E todos, nenhum deles, vai superar o mantra, a luz e mensagem que você encontra num olhar certeiro.
Seja como for, um dia poderemos acordar felizes, e entre nossos vícios e virtudes, saberemos que a vida não foi em vão.
Ao senhor do tempo, um salve!




terça-feira, 5 de março de 2013

E quando a chuva cai

Tem chovido bastante, ultimamente.
Uma coisa que notei, por acaso com o passar do tempo, é que sempre (repito, SEMPRE) que está chovendo (principalmente forte como hoje e dias atrás), alguma coisa de importante aconteceu comigo.
Costuma ser assim sempre. Devido ao meu azar, não costumam ser coisas muito boas.
Mas às vezes são, e isso compensa.
Bom, deixa eu parar pra pensar nos últimos dias, antes dessa chuvarada dos infernos chegar. Não que eu tenha problemas com a simples consequência da evaporação nos dias de calor, mas ela gera problemas pra quem não mora na zona sul, como um todo. Especialmente por aqui nas redondezas. Se por um lado eu nunca tenha sofrido problemas com alagamentos (a não ser talvez no caminho de casa em certas viagens), com certeza eu posso dizer que virei um bicho noturno com as quedas de luz. São a coisa mais frequente por aqui. Aliás, chega a ser irônico, pois de tanto que a luz falta na minha rua, ela é a única rua que fica com luz quando cai no resto da Ilha toda (tá, não é exatamente assim, mas já aconteceu algumas vezes).
Voltando, eu digo chuvarada dos infernos pelo simples fato destas consequências. Apenas isso. O volume de chuva não me afeta, isso nunca muda.
De fato, estou até com sorte. Geralmente basta uma brisa leve pro sinal da internet cair por aqui. Hoje, por outro lado, foi quase uma tempestade elétrica, e a coisa se segurou, afinal de contas.
Enfim, parei aqui pra pensar na chuva. As coisas que me aconteceram.
O primeiro 'eu te amo' que me disseram foi por causa da chuva. Aquela que perdi na estrada. Chega a ser engraçado lembrar.
Na chuva também briguei muitas vezes. Arrumei sarna pra me coçar. Chorei dores. Nunca era nada simples por si só.
Mas se banhar na chuva é bom. Deixar lavar a alma.
Hoje, chove torrencialmente, com todos os raios e trovões que se tem direito. E hoje, talvez as coisas nunca tenham estado tão promissoras pra mim.
O resto é andar.

Let me introduce myself

Meu canal do youtube:

http://www.youtube.com/user/CalvinBFR07?feature=mhee


Minha página do facebook:

http://www.facebook.com/pages/Calvin/342611912517762


E se você notou bem, SIM, eu estou dando o pontapé inicial (publicamente falando) na minha carreira musical. Ainda tem muita coisa pra acertar, muita coisa pra treinar e gravar, mas o trabalho tá aí, e no momento que você assiste e critica ele já está sendo aprimorado. Literalmente, acredite.


Enfim, nem preciso comentar o tamanho da importância que é, você que lê, se inscrever e dar likes e jóinhas a rodo nos links que mandei, e nos vídeos e tudo mais que aparecer. E compartilhar!

Preciso da ajuda de vocês pra conseguir, quem sabe, alcançar meus objetivos, meu sonho.

Então é isso. Vamos, que só se chega perseverando. Agradecido desde já! See ya ;)

segunda-feira, 4 de março de 2013

I was wondering

Pra cansar de ser quem somos, só de frente pro azar.
Pra voltar a gostar, é caso de sorrir pra sorte.
Nem é coisa de espelho ou reflexo. Se apreciar é parte da arte do viver e conviver com que nos aprecia. Mas os pensamentos instantâneos quanto a nossos valores são opostos e tão voláteis quanto a nossa sorte.
Sorte mesmo é dos azarados que gostam de si mesmos. Não vai ser um bocado de azar cotidiano ou sorte rara que muda o fato de se dar valor a quem se é, nem a forma com que se faz isso.
E azar é nunca apreciar-se. Seja a época que for.
Não estou dizendo que devemos todos ser um bando de narcistas que namoram seus espelhos cujos reflexos mais se enchem de vazio. Justo pelo contrário. Estes são azarados de se amar tanto e não ver o que não tem.
Mas amor próprio é necessário. Como alguém pode jurar amor às coisas que faz, às que idolatra e a quem ama sem amar a si mesmo? Sinceramente, não vejo tal lógica possível. Tantos foram os casos daqueles que por excesso de autopiedade e falta de amor a si deixaram de ver e ter tudo que poderiam conquistar e mereciam conquistar, mas não julgaram-se dignos de tais coisas.

Me julgo digno de coisas grandes. Me julguem por isso. Só não posso e não vou me conformar com a mesmice. Não vou achar que sou só mais um. Já existem tantos "só mais um", por quê diabos eu deveria ser outro? Não, não e não. Quero fazer diferente porque sei que posso fazer diferente, e gosto disso. 

Não desejo ser o Paul McCartney ou John Lennon, Che Guevara ou mesmo Mandela. Não desejo ser uma outra pessoa que não eu. Se eu puder, sendo eu mesmo, representar todos estes ideais e tantos outros que almejo, serei ainda mais feliz. Mas relembro, serei eu.


E talvez por isso eu venha pensando, cá comigo. Por quê foi que todo mundo quer ser outra coisa que não as pessoas que são?

Tem certas perguntas que você pode fazer toda uma interpretação sobre o rumo histórico da mídia, alienação, etc e talz, que não vai completar tudo.
Não adianta pensar só em perda de identidades, ou valores, ou massificação.
O ser humano tá perdendo a essência da vida a cada segundo que passa, de livre e espontânea vontade. E contra isso em escala globalizada, não há explicação. 

Diriam os mais nostálgicos e poéticos que o preto e o branco tomam conta da vista das pessoas em todos os lugares, em todos os ambientes. Serei mais direto. Não há mais preto, não há mais branco, sequer. É tudo cinza. Preto e branco é algo que dá saudade. Prefiro a discrepância de opiniões e visões extremamente nostálgica e caótica do que este emaranhado de falta de definição. Esta apatia, cega. Cega e que cega, a quem não sabe abrir os olhos.

Sinto falta de ver pessoas comprarem brigas porque realmente entendem o que elas significam. Apoiarem causas sabendo dos sacrifícios. Não, me nego a acompanhar os falastrões que em um dia batem o peito e no seguinte reclamam das consequências de ter orgulho em um ideal. Que se afundem sozinhos no cinza. Que levem junto quem está interessado nestas tomadas febris e sem consciência do poder que deveríamos saber usufruir.

Porque hoje o que falta ao ser humano é amor a sua essência individual. Tanto falta que ela se perde no vazio destas cascas ocas. Ou corpos, se preferir. E aí, feito isso, não mais se encontra quem sabe o que é. Que dirá amar-se nisto.

Me vejo como um sobrevivente neste cinza. Tenho amigos que também são. Muitos, aliás. Pergunto-me se não seríamos nós, nesta geração, o que nossos pais foram (e infelizmente, em alguns casos, deixaram de ser). Pergunto-me se seremos acinzentados pelo mundo, ou se lhe devolveremos a tonalidade dos mais diversos feixes de luz. Amo a quem sou porque amo meus ideais, amo o que faço, amo quem amo e quem me ama. Finco minha estaca, e que tragam as aquarelas.

domingo, 3 de março de 2013

Jamais venha de salto alto


Hoje deu tudo certo. Botafogo jogou demais, foi infinitamente superior ao Flamengo em todos os sentidos. Taticamente, tecnicamente. E deu-lhe o merecido sacode, pra espantar todas as estatísticas e tabus. Agora senta e chora, urubuzada de merda. Oswaldo até ganhou alguns pontinhos, por ter mexido certo nos momentos ideais, mas vamos ver até onde vai. Até mesmo o Rafael Marques jogou bem, quem diria.
Mas enfim, é isso aí rapaziada. A final é contra o Vasco, e tá páreo a páreo. Vamos Fogão!!!!

sábado, 2 de março de 2013

Just a bit more

Me peguei hoje, pensando em você.
É curioso. Quando foi que fiquei tão otimista nas minhas possibilidades? Será que foi ontem, de repente enquanto te escrevia, ou foi um processo? É muito curioso.

Nunca fico triste ao pensar em você. Sempre fico feliz. Inquieto e ansioso até, mais do que já costumo ser. Mas é incrível como isso não me desfoca. Eu tenho a sensação de que estou perdendo tempo e me desviando das coisas que necessito fazer, mas é incrível como, pensando em você, elas se encaixam sem que eu tenha que me matar de esforço. Eu sempre tenho a sensação de que devo estar fazendo algo de modo errado, mas pensando em você, a coisa se acerta ali de um jeito engraçado. Rende.. sabe?
Não que eu não esteja ainda com a sensação de que ter feito algo mais. Mas tenho a sensação que vai ficar tudo bem apesar disso.

É fácil pra mim, agora, admitir, em plena consciência, que eu to apaixonado por ti mais que antes. Não que não fosse verdade dizer antes. Mas sempre tinha uma resignação em dizer isso. Dizia, feliz e sabendo disso, do quão bom é esse sentimento. Mas resignado, incapaz de aspirar mais. E mesmo hoje, sem motivos específicos, isso mudou. Aspiro mais que te amar por amar. To errado? Sei lá.
E mais que isso, ainda posso ser vagabundo e bandido de te dizer: não parei por isso. To de porta aberta aí, pra quem quiser me surpreender.

Principalmente você. Pra ti tem porta aberta, tapete vermelho, café na cama esperando. E se me convir, no momento certo, te arrasto pra adentrar meu mundinho. Você verá, na hora certa, que posso fazer isso.

Mas não me prendo. Você bem sabe, preciso falar que te amo mas não farei isso o tempo inteiro, não escreverei isso a toda hora. Não enquanto você não precisar disso tanto quanto eu. Mas não posso me segurar sempre. O que é seu tá guardado, pra cativar e cultivar. Mas não demora a me ver, porque a vida é louca e pode correr me levando pra outro lado. Não é o que eu desejo, mas é algo que não posso prever.
O que posso prever? Que só quero um pouco mais.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Clareza

E quantos textos mais eu tenho que escrever pra sentir que já te disse tudo que queria te dizer?

De toda a clareza das minhas perguntas e respostas obscuras, só fica clara mesmo a síntese socrática. É claro pra mim que não sei mais quantos são necessários.
Sei que, por vezes, eu não me aguento. Fico cá com meu orgulho, e não te procuro como quero, no fundo. Necessário, pois tenho coisas a resolver. Não tenho a vida ganha, e a cobrança é pesada em todos os sentidos que eu tiver de encarar pela frente. E sou orgulhoso, sabes bem disso, não abro mais mão de ter meu orgulho.
Embora caiba dizer, você nunca o machucou. Fui apenas eu, me enganando nas tuas curvas, acreditando num sonho que quero ter e sei que por momentos eu os desperto em você. Eu sei que sim, por detrás desse seu muro escorregadio e alto, jaz aí essa tua curiosidade de menina, a vontade de se agarrar na minha mão pra saber onde posso te levar. E se quer saber, não sei onde posso nem sei se vou. Mas que quero, quero, e fui apenas eu que, pra tentar não me iludir, preferi parar de tentar um pouco. Parar de escorregar em você,   e ver suas esquivas que desafiam a lógica mundana.
Mas em alguns momentos vagos, tudo que me passa na cabeça é a repetição dos momentos em tua presença. Não dá pra fingir que não é grande. E nem é essa a minha estratégia pra seguir em frente.
Só que também não dá pra dizer que é algo que definitivamente eu vou conseguir superar, ou achar algo melhor. Eu nem sei se quero afirmar isso, vê se pode! Pode? Pode!!

Eu queria ter como querer dizer que quero encontrar momentos melhores do que os que passo ao teu lado.
Entende?

Não há, não há um sorriso que seja mais lindo que o seu. Esse teu sorriso sereno, gostoso, sensual e misterioso. Sua risada me gargalha as tristezas.
Seus olhos, ainda minha Lua. Eu não quero viver das fantasias mas não posso evitá-las. Mergulho nos teus olhos e me afogo em meus sonhos. E vivo ali, me pego em seus olhos olhando-me do lado de fora a te ver. E te querer. Seu cabelo que desliza ao vento que você mesma sopra ao passar. Sua pele tão radiante, tão suave, tão...

Tão você. Não adianta procurar as palavras. É o que você é que te faz assim, e me faz ficar como fico.
Cada momento que passamos juntos é o verdadeiro significado de felicidade, para mim. São meus sorrisos sinceros que cada vez mais ocupam o vazio que eu sempre sentira na vida. E eu não sinto tanto, não mais! E é você, é só você que me faz sentir assim. 
Podia roubar o verso de inúmeros poetas, as melodias das mais lindas músicas. Não são o suficiente, ainda, pra te dizer o quanto você muda a minha vida. Você muda tudo toda vez que falamos. Toda vez que nos encontramos. E se me abraça, eu quero que tudo pare ali. Eu quero que seja parado o mundo, pra que eu tenha o sossego do teu peito, o calor dos teus braços, o amor da sua alma, intactos e por completo, infinitamente naquele momento. E é assim que me sinto, naqueles segundos.

Eu torno a dizer, sou o mais feliz quando estou contigo junto a mim, colados. Sou o mais renomado poeta, sou o mais lendário músico, o mais venerado ídolo, o mais amado dos que amam.

Não consigo mais, achar que vai ser outra coisa. Ver a minha vida seguir com algo novo, porque esse algo novo não vem e eu não quero que venha, pois quero você. Eu te amo, e isso é mais forte do que eu. E, definitivamente, te amo mais do que cabe a mim achar que um dia você possa me amar. Mas amo assim mesmo, e me convenço do impossível utópico de que você possa sentir o mesmo. Já é tarde, eu sou incurável agora. Eu te amo.