Hey, você aí

Não, não quero seu dinheiro.
Estava mais pra dizer 'Hey Jude', ou algo assim.
Bom, este blog é sobre mim. Não apenas eu, mas o que penso, sinto, etc. Já foi meio invasivo, já foi vazio. E no fundo ainda é legal, pra mim. Meu cantinho de desabafo e filosofia, se assim posso dizer.
Eu sou um livro aberto. O que quiser saber, pode achar aqui. E o que não conseguir, é porque ainda vamos nos esbarrar por esta vida irônica.

The Beatles

The Beatles
Abbey Road

sábado, 30 de novembro de 2013

Those lonely days

Aprendi a apreciar a solidão de uma chuva leve, falseteando ensaios de verão.
Aquela que cai justo quando você já está chegando em casa, e não faz mais questão de acelerar o passo. O trajeto agora é curto, são poucos minutos.
Mas o que era pra ser uma caminhada conformada e preguiçosa, acomodada com a chuva, se torna uma espécie de passeio agradável. 
Você simplesmente aproveita a chuva. Lava a alma e vai andando, abre um sorriso qualquer abestalhado e sem motivo. 

E nisso de aproveitar o momento solitário, esquece de fato que é uma dessas ocasiões de solidão.
E tem sido assim, dia após dia. 
Há vezes em que focar nos pensamentos quando me encontro por mim mesmo pode ser o erro mais fatal para minha sanidade. Faz mais sentido apenas buscar pequenas distrações da situação. Talvez a solidão nos cegue, mas é quando estamos sozinhos que temos oportunidade de se deixar surpreender por coisas que não costumamos dar atenção. É um jogo de saber ver. Daí a conseguir, meio passo.

Estar solitário às vezes é difícil. Mas sozinho, pode ser muito bom. E pra quem não sabe a diferença, precisa vivenciar um pouco mais o que as sensações da vida podem te ensinar. Não é tão difícil absorver isso. É que nós fazemos questão de ser ignorantes com o universo. Pode anotar o que digo. 

E assim se vai mais um sábado à toa, pensando em gente que fica ou vai embora, e na vida que vai seguindo.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

The only time I saw you

Estava cá, quieto no meu canto. Por um momento busquei uma memória. Me veio uma música do Vanguart. "The last time I saw you".

E daí foi complicado. A música fala sobre um cara que era apaixonado por uma garota, e conta as vezes em que ele cruzou o caminho dela na vida. Todas, regadas à loucura desvairada e azar exponencial. Ele nunca a teve. Ele sempre a quis.
Achei graça como isso me lembra de mim. E forcei um sorriso pra que não me fizesse em lágrimas ao relembrar de histórias parecidas dos amigos que vivem por aí. Gente que já tá de bem com a vida mas sempre retorna àquele amor do passado, perdido por aí e entregue aos ventos selvagens de uma calmaria qualquer.

Pensei comigo. Se podem eles estar assim, sentindo-se consumidos por esse passado que procuram como destino enquanto pareciam ter seguido em frente, então por quê eu não me sinto da mesma forma?

Foi a provocação devida. Às vezes eu também me sinto dessa forma.
Sentindo falta até das poucas mensagens que trocávamos ao final de tanto sentimento infundado (seria?). Sentindo falta de ouvir tuas histórias mirabolantes. E de te contar as minhas. Sem que de fato pensássemos em intervir. E quando pensávamos, nos provocávamos a tanto. E ficava nisso. Na provocação. No papo. 
Eu nunca soube te ler. Eu só soube ler o que você escrevia. 
Pelo menos, com o mesmo ceticismo que tive quando você se declarou de vez, eu o tenho agora pra dizer que não sabia te ler. Talvez eu soubesse, mas eu não sou capaz de acreditar nisso.

Nunca pude me esquecer, que apesar de tanto, foi nada.
É o nó que tenho na garganta e não sara por completo. É só ver você aí, por onde eu costumava te achar. "Tá viva." Deveria estar morta em mim, ao menos. Mas ainda vive, dentro da minha frustração. Dentro da constatação dos meus fatos. Faz sombra na minha cabeça quando estou solitário.

Você lembra daquela vez? A única vez? 
Espero que se lembre. Não que eu tenha esperança que você ainda sinta o que dizia sentir. Mas eu gostaria de poder dizer que deixei uma marca em você que ninguém poderia apagar.
Eu nunca poderia esquecer, nem apagar.

Trocávamos ligações. Crédito acabando. O show das nossas vidas nos esperando, e lotando. A noite escurecia mais e mais. E, no exato segundo, o destino guiou os meus olhos. E os teus.
Eu te vi, cercada por família e namorado, em seu casaco rosa berrante. Tinha que ser. Só podia ser você.
E aí você me reconheceu. Você sabia quem eu era. Apesar das diferenças que estamos acostumados a ver em fotos, e de eu ter passado um bom tempo sem cortar o cabelo na época, você sabia quem eu era. Você não me decepcionou.
E você fez melhor. Você abandonou todos e veio correndo pra mim.
E eu corri.
E com o sorriso mais imbecil e sem motivo de todo o mundo, eu escrevo o seguinte:

Eu posso reclamar de tudo que vivi na vida.
Mas por um momento, eu tive você nos meus braços.
E apenas um.

Foi algo cinematográfico. Se minha vida por si só não poderia ser descrita por um filme qualquer, esta cena foi digna de todos os Oscars que já premiaram para cenas de casal.
Eu te abracei com toda a minha força e te ergui no ar. Você me abraçou forte também, e ria alto de felicidade. 

Por um momento, eu te tive nos meus braços.

Você era tudo pra mim. Essa é uma verdade que eu nunca poderia refutar, reescrever ou tentar argumentar. Você era tudo pra mim. 
Você pode não ter sido o motivo de eu começar a escrever músicas ou sequer o motivo de eu tentar algo na música. Mas foi o que me fez acreditar que eu estava certo em acreditar.
Você era o sorriso sem motivo pra quando as coisas apertavam. Você era o sonho irreal, caído do céu no meu colo, pra que eu pudesse esfregar em todas as caras e principalmente a minha, pois tanto fazia e faz o que os outros pensariam. Eu era quem precisava esfregar na minha própria cara que podia ser feliz, e você era isso.
Você era a essência do meu desejo. Você era o alvo da minha proteção pra quando eu te via se aventurar pelos caminhos errados. Você era o céu que eu tentava almejar. E você já tinha asas.

E não demorou muito pra você fazer como sempre fazia, e me dar motivos pra ir embora. 
E eu fui desolado. Mas desolado mesmo. Acho que nunca, na minha vida, eu tinha sentido tanta tristeza. E ouvir Sir James Paul McCartney cantar "Blackbird" naquela noite foi a pancada mais forte que eu poderia ter levado. Foram rios, e rios, de lágrimas. Mas eu estava feliz. Eu sabia que tinha te encontrado uma vez na vida. 

Naquela noite eu também tive muitos outros motivos pra sorrir. Conheci uma menina tão especial quanto você. Uma pessoa que viaja o mundo e vive longe, bem longe de mim, mas que um dia eu esbarro e passo um tempo curtindo discutir as causas existenciais do universo e tudo o mais que nos aprouver fazer. Uma pessoa que eu poderia, em qualquer momento, dizer que amo, mas com a tranquilidade de dizer que é um amor saudável que flutua e só se manifesta se assim for necessário. De certa forma, você me deu esse presente.

Mas é triste ver a sua foto e pensar o quanto você continua linda, ou até mais do que já era, e não conseguir trocar um "oi". Talvez eu não deva. Talvez não devamos. 
É triste ter esse nó na garganta. Não engolir. 

E da mesma forma que trouxe o assunto pra mim mesmo, ele se vai. Hoje mesmo, quando eu tiver feito tudo o mais que tenho que fazer, eu já terei esquecido. E até outro momento em que eu tiver de lembrar. 

Eu só queria saber, um dia, se você também queria descobrir o que seríamos com uma chance de verdade. 


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Not a quitter

Não aprendi a dizer "não".
Pelo menos, não pra mim mesmo. 
É sempre uma coisa difícil. Me negar algo. Tomar outro rumo.
Por vezes, com resignação, eu tomei. Mas acabou sendo bom e tal, era o que deveria ser feito.
O que me fez refletir, e pior - concluir - que em momento nenhum eu teria que ter me negado qualquer coisa se de fato eu já tivesse percebido que não era pra mim. Que não ia adicionar nada. Faltou maturidade, faltou racionalidade. Até esperteza. Até ouvir instinto. Faltou muita coisa. Sobrou burrice. Sobrou ter que se contentar com um "não" necessário.


Mas isso muda. Você cresce. Eu cresci. Continuo nesse rumo.
Porém hão de vir aquelas horas, e fatalmente virão, em que tudo fica difícil. 
E não é pouco difícil. É muito difícil mesmo, de dar vontade de largar tudo.
E quantas vezes não pensamos seriamente nisso?

Quantas vezes não nos sujeitamos a ser alvo de nossas desconfianças próprias e nossa falta de fé?
É, fé. Em nós mesmos, no futuro e na sorte. 
Não tem jogo ganho. Não tem essa de moleza. Tem dia que vamos ter que dar duro mesmo e não vai parecer suficiente. Talvez até não seja, pra aquele dado momento.
Mas aí eu te pergunto com sinceridade, o que se há de fazer então?
Okay, vamos ceder, vamos simplesmente desistir. Dá vontade mesmo. Vamos lá, largamos de mão.

Pior coisa a se fazer.
Sabe, tem coisa que não se faz. Essa é uma delas.
Não é nem pelo que você deixa de poder fazer pros outros. É mais por si mesmo.
No primeiro apertão que tomamos da vida, se fizermos assim, qual a lógica de esperar que no resto vamos levar tudo adiante com tranquilidade?

Tudo tem seu preço. E pra ter ganhos cada vez maiores, ele sobe. Pra termos a capacidade de agarrar com força as oportunidades que vão nos aparecer na vida, precisamos de golpes doloridos na nossa cabeça pra começar a forjar esse poder. 
Ninguém nasce sabendo, muito menos fazendo o que bem entende. 

Cada pedrada que tomamos é um "siga adiante". Na base da pedrada, e se doer você pode sangrar, você pode lamentar e chorar, mas você anda. E se não anda, sinto muito. Perdeu. Porque só vem pedra. Uma mais pesada que a outra. E mais lascadas. Mais pontiagudas. 
Não aguenta? Sai. Mas saiba disso: não tem volta. 
Desiste uma vez, desista sempre. Cada passo que se dá pra frente virão 500 pedras atrás pra te empurrar. Ande pra trás e elas vão na sua cara. E você não vai querer ver o resultado.

É difícil ver gente que desistiu assim dos apertos da vida e depois deu a volta por cima. A tendência é sempre esbarrarem com coisas piores e não serem capazes de aguentar - mais uma vez. Você pode ter seu intervalo, pegar um fôlego dessa malhação de Judas que todos nós passamos em algum dado momento. Você pode fazer melhor: perceber que não é bem esse o seu caminho e daí então se encontrar e viver novamente situações tensas mas com a gana de vencer e fazer acontecer. 
Você pode até ser confuso e não saber o que quer. Justo, oras.

O que não dá é você traçar um objetivo e simplesmente dar pra trás. Você sabe que quer mas dá pra trás. Por quê? "Tá difícil demais." E tá muito fácil pra todo mundo né? Sou adepto de acreditar que existem certas coisas que temos a obrigação moral de fazer. Dentre elas, aquelas que escolhemos fazer pra nossa vida porque é o que queremos dela. 
E no momento que a gente se desvia por escolha própria, morreu tudo.

Acredite num fato simples - as coisas se compensam. Tanta pedrada uma hora para de te acertar se você aprende a correr na direção certa. E daí é felicidade, pelo menos até o próximo corredor polonês.

Mas você pega o jeito, se insistir. Tá difícil? Sei o quanto pode ficar. Sei muito. E tem vezes que nem mesmo os melhores amigos de sempre conseguem dar uma animada. Aí eu atiro no escuro e acabo encontrando ao acaso gente querida e meio sumida, que me faz relembrar coisas importantes. E principalmente estas coisas todas que falo. 
Algumas tem um jeito tão nobre de me tratar que por vezes, eu me sinto capaz de mover astros de suas órbitas.

"Você é excelente. Jamais duvide disso. A vida recompensa quem faz coisas boas."

Tenham alguém que lhes diga isso. Qualquer um. E que seja daqueles que você não fala ou não tem falado muito, pra te pegar de surpresa mesmo. Mais gostoso. Mais inspirador. 
E daí parece fácil. Diria que fica, de fato.

E se não tiver, terá. Nessas horas que a gente precisa de uma palavra certa, é só saber procurar alguém pra compartilhar essa dor. E a gente sabe, por força do acaso.

Mas depois é levantar. Inspiração é conjunta mas o esforço é individual. 
Seguir, e seguir. "I'm not a quitter". Repito pra mim mesmo nas horas que o tempo fecha. 
Penso muito em dar pra trás. Não consigo. Not a quitter. Não desisto. Não tenho como.

Paro.  Marcas nas costas, pernas e braços. Dói, mas não precisa muito fôlego, não tanto que me faça esquecer a urgência de meus sonhos. Meço a distância, ajoelho e cravo joelhos e punhos cerrados no chão. Levanto a cabeça, olhos fixos no objetivo. Not a quitter.

Vou. E você, vai?




sábado, 23 de novembro de 2013

Ao templo do saber

Foi curioso olhar pra frente, e me ver olhando pra trás.
Já fazem 2 anos. 2 anos do último dia que estive no lugar que me fez eu. 
Não que ele tenha feito isso sozinho. Mas foi o ambiente perfeito. Era a casa das incógnitas e variáveis as quais eu teria que me adaptar e também escolher. Estava tudo ali, como um caldeirão esperando que minha alma se atirasse pra só me ser devolvida depois de muito bem preparada. 
E assim foi.
Segui com a minha vida, sempre com um pé ou outro por ali, de volta em São Cristóvão quando possível. Não dava pra entrar lá assim, toda vez. Mas tava sempre por perto.

Por ironia já citada, conforme fui avançando, o destino foi me trazendo gente nova com ligações antigas. Histórias de um mesmo lugar, e às vezes das mesmas pessoas.
Também me trouxe gente nova que é muito nova, e ainda está lá. E daí faz sentido dizer o que disse logo no começo. 

Foi especialmente curioso, e tocante, olhar pra essa gente nova que vive hoje o que eu vivi há 2 anos. Escrevendo seus textos cheios de lágrimas manchando o papel e o teclado. Postando suas últimas e mais requintadas fotos de cada pátio, banco e sala de aula.
Ver também os professores - amigos - de outrora, tirando sarro de forma genial ou admirando a nostalgia dos soldados da ciência de cada ano, é um capítulo à parte.

Vai pra 1 ano que vivenciei lá um dos capítulos mais intensos de minha história. E vivenciarei outro ao cabo desse aniversário que comemoro com gosto, esse retorno triunfal à casa que amo. Conto os dias, devagar e sempre. Não bastassem os empecilhos da minha rotina, que me deixam tão atarefado que por momentos esqueço de tudo que realmente importa.

E foi no Pedro II, talvez, que eu tenha dimensionado pra mim de fato, aquelas coisas que realmente me importam. 
Talvez o tempo me guie pra ter mais laços com o colégio. Mais ainda do que já tive e ainda tenho. Afinal, ter o nome no livro dos penas é honra pra poucos. Mas ser do Monuma é honra pra ínfimos, meus amigos. E isso é interna que eu vou levar pra vida inteira. Tradição, honra, amizade e irmandade que nasceu por lá e se estendeu. Eu e meus amigos até nos consideramos, de certa forma, meio que responsáveis pela cena de rock do colégio. Nunca houve tantas bandas - e a maioria delas veio derivada de membros do Monuma ou de amigos de membros. Fora as que seguiram depois do colégio. Eu sou o próprio exemplo disso, mesmo sendo carreira solo. Nasceu ali a vontade. Nasceu ali do desejo. 

E eu só posso agradecer mais e mais. Em pensar que, ainda jovem, me sinto já homem feito e olho pra esse colégio com a admiração de uma criança. Incrível a metamorfose. Coisas que deixamos pra trás, também, e que ficam por lá, encravadas no ar que atravessa os corredores e vem desembocar no pátio. Basta voltar, o cheiro traz todas à memória, e já abre o apetite se vier acompanhado das fragrâncias que evidenciam um fato lindo: dona Ana tá fazendo bolo.

Que saudade desses bolinhos. 

Os micos deviam adorar dar a sorte de roubar alguma migalha que fosse. Não lembro o que tinha mais: mico ou gato.


Lembro das festas, das rodas de amigos, das piadas. Até dos amores em vão. Vivi tudo que podia viver graças ao Pedro II. E sigo fazendo meu caminho, relembrando dos lemas cantados no hino. E óbvio, da tabuada também.

Recostando-me no Monuma ou pairando sobre as árvores do Horto, refleti sobre a vida que estava levando e por vezes até me questionei que caminho eu estava tomando, se era o certo.

Apesar de todas as dificuldades, só posso dizer que acertei em cheio. Vou seguindo. E volto lá em breve. 




Só o Pedro II poderia me dar vontade de ser professor algum dia. Tenho talento nenhum pra isso, mas pelo Pedro II, eu faria. Tudo. 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Coisa grega

E ia eu, vivendo mais um dia estranho, e de notícias um pouco quanto chatas.
Pra variar, é claro, as coisas não estavam caminhando conforme eu havia planejado, e eu já projetava situações caóticas pra muito em breve. Ainda projeto, pois só me cabe me preparar, o que podia ter sido feito pra evitá-las já o foi. 


Ao horário do almoço, eu procurava um lugar pra almoçar. Mas meu restaurante favorito estava fechado (vai virar laboratório) e os restantes não me agradavam muito - fosse por preço ou qualidade. Além da questão, claro, de que a fila do bandejão estava enorme. Eu tinha tempo de sobra pra encará-la, mas se tem uma coisa que espírito de gordo pede em momentos depressivos é se empanturrar com o que mais gosta. E não vinha a ser o que estava sendo servido.

Por acaso, esbarrei com uma boa amiga, que ia dar um pulo no CCS. Queria companhia. 
"Ao menos eu descubro um lugar novo pra almoçar".

E daí fomos. Eu já conheço o CCS relativamente bem, mas nunca tinha parado pra reparar nos restaurantes. São relativamente caros em média. Claro que comi no que eu julguei ser o mais barato. 
Ela ia fazer exame, não podia comer. Me senti até mal, mas ataquei um prato assim mesmo. E fomos conversando, botando o papo em dia. Dali a mais um pouco, cada um seguiu seu rumo. Mas não é isso que vim contar aqui hoje.

Após essa pequena aventura que me gerou algum bom humor, aconteceu algo interessante.
Esbarrei - incrível essa minha habilidade e sua frequência de uso - com uma velha amiga de Pedro II. Não posso dizer que éramos melhores amigos, mas talvez bons amigos, que não tinham muito tempo pra passar juntos mas que definitivamente se entendiam.

Claro, eu notei a presença da menina muito antes que ela notasse a minha. Melhor dizendo, ela só me notou porque o meu primeiro instinto foi ir atrás dela e dar uma cutucada em seu braço, com um sorriso improvisado - não adianta, acho que não sei sorrir quando pretendo sorrir. 

Pra variar, ela foi muito simpática comigo. É uma menina engraçada, e sincera. Usar menina é um pouco infantil da minha parte. Ela é mulher, mulher mesmo. Deusa grega, fazendo honra às suas origens.

E não exagero. Pelo menos, no meu ponto de vista, era a garota mais linda da minha geração no colégio. Se não a mais, uma das, tranquilamente e sem necessidade alguma de esforço.

Engraçado que já nos falamos tantas vezes desde que nos conhecemos e eu nunca me acostumei com esse choque que ela causa com um sorriso de orelha à orelha, e essa paz e alegria - curiosas, mas gostosas- que ela parece irradiar.

Havia um tempo que nem falávamos nem nos esbarrávamos. Então foi uma surpresa grata. Ao que, por dado instante, ela sugere de nos encontrarmos, almoçar e tal. 
Eu aceito no mesmo instante, mas ainda cabreiro sem saber dizer quando poderia, de fato, realizar tal feito. 
De súbito, eu a puxo e digo: "Sexta tá bom?"
"Pode ser sim =)"

Daí saí. Um tanto quanto confuso com o que acabara de acontecer. "Ela me chamou pra almoçar, oras, o que tem demais nisso?" - eu repetia isso pra mim mesmo. Mas alguma coisa me matutava na cabeça, alguma coisa me coçava e me deixava em estranheza com a situação. Algum detalhe que eu não pudera captar, algo. 

Me joguei no banco de trás do ônibus, já rumando pro CCMN, pra aula que estava pra rolar. Joguei os pensamentos ao devir. Deixei lá fritando sozinhos, sem dar bola. Foi quando, como que num estalo, bateu na cabeça.

"Porra...não. Impossível. Jamais, não pode ser."
Comecei a juntar 2 com 2 de algumas histórias antigas. Não fazia muito sentido ainda, mas talvez fosse o que incomodava meu subconsciente batendo feito vizinho incomodado na porta de fora. E meu subconsciente ignorava, fazendo o tresloucado ir bater na porta dos pensamentos andantes que eu sei que controlo.

A deusa, em si, tinha uma característica marcante. Uma coisa que só ela tinha, e tem, que eu não havia encontrado nas outras pessoas que me cercaram nesta vida.
Me sobram amigos, e também, amigas nessa vida. Mas, mesmo as melhores amigas, nem todas me davam o cartão de passe "calor humano". Como vou explicar... Ela simplesmente me tratava de uma forma diferente. Eu não sei e não posso afirmar com certeza se ela na verdade tratava todos da mesma forma e apenas eu não estava acostumado. Fosse como fosse, o fato é que ela me via pra mais que um conselheiro das horas ruins ou um ajudante das notas necessitadas (até porque ela nunca precisou e provavelmente é mais inteligente do que eu). Ela parecia ver em mim o meu lado mais espontâneo, mais divertido, que é uma coisa que nem todo mundo consegue captar à primeira vista. Ou são pessoas perceptivas, ou são pessoas com quem eu tenho longa estrada.
E eis a questão. Apesar de nos conhecermos há um tempo considerável, nós nunca tivemos o devido tempo que eu poderia considerar suficiente pra que ela soubesse tão bem como explorar essa minha faceta mais despreocupada das coisas sérias da vida. Aliás, ela fazia isso com constância ainda nos tempos de colégio. E ela nunca fez o tipo perceptiva. Não que seja lenta, pelo contrário. Mas ela nunca pareceu do tipo que lê as coisas num olhar. E pra minha sorte ou azar, acho que ela não vai vir ler aqui.
Era até engraçado. Festa junina e eu tinha par? Esquece o par Calvin. Não foi uma vez só, lembro bem, que dançamos sem nem sequer combinar nada ali um forró bem engraçado. Ela sabe que eu gosto. Não sei quem disse, mas ela sabe que eu gosto.
Aliás, ela dança muito. E dança tudo.

Um dos muitos talentos da garota. Cabe relembrar um acontecimento lindamente hilário que nos envolvia. 
Minha primeira namorada tinha tanto ciúme da nossa amizade que tão pouco era aproveitada que chegava a sonhar bizarrices que envolviam a doce deusa grega. Houve um evento, do SAAC (um grupo do colégio que nem lembro mais o que era), que envolvia dança e etc. Eu e minha namorada da época na platéia. E claro, a deusa dando um show de dança lá. Vários estilos.

Até que em dado momento, toca alguma música do High School Music. Infelizmente, eu sabia que era dessa merda. 
E daí entram todas as garotas do grupo vestidas de líder de torcida. E ela, claro, linda, como uma típica cheerleader americana, desce com as pernas abertas pra frente e pra trás direto no chão. Meu queixo caiu na hora. Na hora, sério mesmo.
E a minha namorada viu, estarrecida. 
"CALVIN!"
"Amor, não é por nada não...mas você pode aprender a fazer isso, um dia desses?"

Quase fui mutilado após isso. Mas valeu a pena, sem dúvida. Principalmente a visão.

Enfim, mas tirando esses poucos fatos, eu nunca tive muito motivo pra pensar em outra coisa que não uma pessoa que realmente ia - muito e até demais - com a minha cara. 
E sendo sincero, não tenho. 

Mas aí isso ficou na minha cabeça. E fui juntando essas histórias todas...esses pequenos fatos. Minha mente, mirabolante, construía por si só sua versão da história.

Parei por um segundo.

"Naaaaaaaaahhhh....bobagem. Só se eu fosse o último da Terra."

"Mas e SE..?"
"Não não, mas foi divertido pensar..rs"

Só não é tragédia grega porque ninguém se deu mal. Mas o bom é que alguém vai rir no fim da história. Provavelmente ela, dando seu ar da graça. Quem sabe o que tem no bandejão sexta?


sábado, 16 de novembro de 2013

Na margem do lago

Ando brincando com as expectativas.
Não deixei de focar nada. Mas simplesmente estou gostando de ver o que posso conseguir.
Estou naquele típico momento de altas reflexões intimistas e universais. 
Como se pra cada hora que passa eu achasse uma nova verdade inegável que eu poderia refutar minutos depois. Só me envolvo em jogos mentais individuais.

E assim vou, brincando com a minha capacidade de imaginar cenários.
Mas talvez o decisivo desta pequena loucura seja o fato de que nessa de brincar, eu de fato vou traçando algum caminho.

É como lançar uma pedra no lago. Você simplesmente vê ela quicando até afundar. 
Depois do primeiro lançamento, pensa em diferentes ângulos de para arremessá-la. 
E assim vai. Lançando em curvas obtusas e esperando efeitos cisalhantes, torcendo pra que a água repulse a pedra ao invés de tragá-la.
Em algum momento, na sorte ou na competência, a pedra atravessa até a outra margem do lago.


O momento em si é extasiante. Só de se estar ali, na margem, podemos aprender muito. 
É a natureza pra si admirar. O reflexo no lago, das coisas que nos tornamos. 
Os amigos que beiram a estrada próxima, e vez por outra vem observar. Talvez até tentar sua vez no arremesso.





Me sinto assim. Arremessando a pedra do meu futuro. Estou acertando os ângulos, e a força. To quase acertando a margem.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Disparos

Por vezes, sinto que acumulo a dor de todo um mundo.
Nos momentos mais singelos e inesperados, algo me atinge.

Dói, por si só.
É uma farpa, uma pedra, que se encrava.
Um verso que se lê.
Um refrão que se escuta.
Uma melodia que se sente.

Só vem e dói. E me dói essa dor. Entende o que digo?

Não sei bem de onde vem. 
Talvez eu seja muito sentimentalista.
Talvez eu seja muito influenciável.
Pra alguém que não costuma ter pena nem justificá-la, porque eu me envolvo tanto com o sentimento alheio?

Seria aliás, sentimento alheio?
Vai ver é meu.
Vai ver não é nada, que dirá ter dono.

E só sei isso. Vem algo assim em arrancada e me parte o coração.

Eu sou um belo de um derretido. 
Só tenho a cara de mal encarado mesmo.

Sei lá.
Ando filósofo demais.
Definitivamente preciso de um tempo só, mas não sozinho.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Calorimetria

Dois corpos estão isolados.
Um está quente e outro está frio.
Eles estão isolados. 
De tudo, mas entre si também.

As leis termodinâmicas são claras, claríssimas.
Não há troca de calor em tais condições.
Não há aumento de entropia, tampouco de alegria.

Por vontade de fazer diferente, removeu-se o isolamento.
Sei lá, vai saber o motivo, alguém só quis ver o que acontecia.
E quem sou eu pra julgar as pretensões empíricas de quem promove um rearranjo de boas energias?

Os corpos, então, são aproximados.
Mais por vontade própria que por força externa.
É bom, poupa trabalho. 
Fisicamente e literalmente.

Daí é mágica.
Um corpo mais quente, naturalmente, cede calor pro corpo mais frio.
Assim funciona, e no fim das contas, sobe a entropia.
Entropia tem a ver com desordem. 
Faz TODO o sentido. Afinal, como você espera manter a ordem constante sobre 2 corpos que não param de trocar calor?
Amigo, aí é festa. É algazarra, é alegria e euforia. Sobe a entropia.
Que nem balão em festa de São João.

E, sobre processos naturais, não se volta atrás.
É irreversível. Tá feito.
Está trocado o calor. Está atingido o equilíbrio. 

Estão semelhantes os corpos.

Mas cabe lembrar. 
Houve o curioso que quis remover o isolamento.
Não é difícil imaginar que ele possa querer, passo a passo, promovê-lo novamente.
E retrair cada passo que fora dado ante o equilíbrio.
E fazer retroceder. 

Se for reversível, o que nos cabe dizer?
Parece tudo muito acertado, visto de fora.
Mas não soa natural. 
Vai ver por isso, e só por isso, fica a falta dessa troca pros corpos.
O corpo quente se acha quente demais. O frio, ainda mais ártico.

Não que a primeira reação também não tenha sido induzida por intervenção alheia.

Mas é que seguiu a desordem, como disse a lei.
Seguiu a natureza. 
Ia acontecer por si só.
A questão é saber se era com dado corpo ou não.

Mas ia.

Hoje eu me acho um corpo quente. Tá sobrando energia. Tá faltando a quem ceder, e a quem animar.
Vai saber, um dia serei alvo de teste empírico novamente.
Ou dou sorte e sigo a espontaneidade da desordem.

Então que seja. 
Não esquento mais. 


Calometria é medir calor e suas interações. 
Será que já mediram o calor transferido de 2 corações?

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

As far as I remember, it was cold

A memória tem lá seu divertimento. Traz coisas inesperadas pra cabeça, às vezes, porque resolveu que deveria trazer.

E discutir tem razão? Deixo que meus pensamentos me tragam algo pra pensar, algo pra refletir. Pode ser coisa antiga mesmo, dessas assim que falo agora. Às vezes é melhor ocupar a cabeça com um pouco de auto-reflexão do que ficar procurando dar foco em coisas novas que não se definem num jogo de raciocínio apenas.

Isso claro, uma forma de procrastinar pra não pensar numa responsabilidade presente ou outra por alguns momentos que sejam. Quer dizer, não incentivando ser vagabundo, mas, eu procrastino e muito. Mesmo assim, sabe lá como, eu até consigo dar conta de tudo que tenho compromisso de resolver. Então é recomendável esse tempo de filosofia interna psíquica. 

E aí eu já estou enfeitando.

A memória me trouxe, nesse dia nebuloso e com cara de poucos amigos, o quanto coisas bizarras costumavam acontecer, e às vezes tornam a fazê-lo. 
Fiz minhas primeiras gravações caseiras num dia como esse. A comédia disso é que eu tava resfriado ou perto disso. Não durou muito eu parei. 

Também num dia assim, fui muito além e gravei muito mais. E tava mais frio. E eu tava gripadíssimo. E chovia absurdos. Eu jamais poderia esquecer esse dia. Mas se você quiser saber, só procurar aqui algo nos dias 5 e 6 de março de 2010. Vai ser um baque.

Sempre chovia também quando eu fazia merda.
Sempre fazia frio quando eu mais precisava de calor.

E coisas assim.

Sei lá. Não quero voltar a fazer disso aqui um diário. Mas tenho sentido falta de simplesmente, deixar algo. 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Achando graça no acaso

Não sei já afirmei isso por aqui, mas olha, confio no acaso tanto ou mais quanto confio em mim mesmo.
Há um quê na probabilidade incerta de fazer as coincidências se tornarem fatos que não só me atrai, mas parece atrair as forças do universo também.

Exemplo? Postei sobre cabelos vermelhos recentemente. O motivo é óbvio e simples, conheci uma ruiva linda e perfeita de uma maneira totalmente aleatória e tomei isso como um sinal claro do além de que poderia dar certo se eu tentasse (pois só assim deu até agora, quando caiu na minha frente). Mas claro, tinha que dar um ruim. Até agora, eu não entendi bem o que foi: se tomei o fora mais escroto de todos da minha vida com direito a requintes de crueldade secos numa frase só, ou se dei bobeira de não ter agarrado a garota no exato instante. E acredite, ambas as interpretações são plausíveis. Conto a história em outra oportunidade ou pra quem ficar curioso e vier perguntando.
Fiquei com isso na cabeça esses dias, e não demorou pra que o acaso fizesse com que, hoje, quando eu subia no ônibus circular da UFRJ pra meter o pé pra casa, descesse ao lado a mesma ruiva angelical, não dando tempo pra nos falarmos. Mas uma coisa é certa, se o acaso permitiu mais esse encontro, permitirá outro em curto período de tempo que hei de aproveitar.
E aí acertamos as contas, pro que tiver que ser.

Não satisfeito, digo mais sobre a graça do acaso.

Vim por aqui pelo blog, neste exato momento, praticar um bom passatempo: ler novamente alguns posts "das antigas". É. Daquela época que eu falava tudo que tinha direito de qualquer maneira jogada. São engraçados. Principalmente no que tange à parte das paixões. Eu sempre fui azarado, mas eu era bem mais imaturo e desesperado. Exacerbava coisas desnecessárias, me agarrava em sentimentos infundados.

Como eu não tava afim de "folhear" aleatoriamente, resolvi usar o que eu mesmo criei pra facilitar. Atirei aleatoriamente pra 2 textos do meu top10. Aleatoriamente não..foi mais na intenção de procurar algo que eu sabia que de alguma forma, seria um desses textos que acho engraçados.

O primeiro a ser lido é o primeiro de todos. Até hoje meu mais popular:

http://calvinfernandes.blogspot.com.br/2010/08/up-and-down.html


Este texto é importante porque conta uma fase de transição muito drástica. Se não me falha a memória, minha vó tava nas últimas e eu ainda tinha lá minha queda pela Taissa. Essa estava viajando e se preparando pra voltar, e talvez no pior momento possível: quando eu estava começando a criar interesse e conhecer Jenifer. Lembram dela? A mineirinha.

Ela era doce, tenho que admitir. Tive muito problema com ela mas sinceramente das mulheres que eu me envolvi foi a que, sem sombra de dúvida, foi mais amável comigo. Não que ela tenha me amado mais que as outras, embora eu não possa afirmar isso. Mas ela me tratava bem em termos de convivência, não ficava procurando motivo pra brigar com frequência (não que procurar pouco seja bom, mas comparado à Dominique, nesse sentido, Jenifer era uma santa imaculada, incapaz de me tirar a paciência sem um bom motivo para isso - ao menos no entender dela), e sem dúvida procurou se inserir ao meu mundo: fez amizade com diversos dos meus melhores amigos e procurou conhecer muita coisa que eu gostava. Talvez tenha passado a gostar? Não, não acredito que isso tenha sido possível. Mas ao menos ela tentou.
E eu tentei, coisa que não devia ter feito se soubesse como ia acabar. Aliás, podia ter seguido que eu não devia ter feito. A nossa diferença cultural era absurda. Certas ideias e atitudes simplesmente não batem. Não é surpresa que tenhamos durado pouco. Se sendo chutado por ela eu me senti revoltado e ao mesmo tempo abandonado, poucos meses depois eu percebi que era a melhor coisa que podia ter acontecido. Eu ganhei experiência, auto-estima e passei a lidar com amor de outra forma, com mais maturidade.

E o segundo texto que li foi o seguinte:

http://calvinfernandes.blogspot.com.br/2010/09/love-is-here-to-stay-and-thats-enough.html

Meu primeiro beijo com ela. PrimeiroS "beijos". A minha felicidade parecia inatingível para reles mortais.
Morri de rir lendo. E até morri de inveja: eu naquela época tinha a quem beijar, certo?
Deu saudade da época que tudo era mais fácil na vida. Mas enfim.

E você veio lendo isso tudo, deve tá pensando: "Porra mas que merda, Calvin! Onde que isso tem a ver com o acaso?"

Tem a ver que mal terminei minha viagem nas memórias, eu vou no Facebook e, vendo uma foto de uma amiga minha que tá pra se formar esse ano no CPII, só vejo na turma dela a própria Jenifer.
NA MESMA HORA, SEM CAÔ.

Impressionante.

O acaso também me fez cruzar o caminho - ou melhor, a van - nesta segunda, de uma menina bem interessante. Rafaela. Pintora na EBA da UFRJ. Achei lindo isso. Ela também, achei linda.
Enfim, vamos que vamos.

"O acaso vai me proteger enquanto eu andar.."


sábado, 2 de novembro de 2013

Droga de cabelo

O que há com as ruivas?
Por quê diabos são tão, tão, lindas?

Quer dizer. Mulher que é feia é feia com qualquer cabelo e qualquer arrumação que seja. Mas mulher bonita que é ruiva, putz. É diferente.

Tem toda uma apreciação nisso, uma coisa que as outras pessoas reconhecem. Não faz de mim um maluco, saber que todos os outros caras razoáveis também se derretem. 

O cabelo é cor de fogo, droga, derrete qualquer um.

Só pensar num exemplo clássico. Scarlet é um nome que deriva de vermelho. Scarlet Johansson é linda pra caralho. Mas ela ficou infinitamente mais linda como? RUIVA. Ah, Vingadores, que show foi aquele.

Bati meus olhos numa ruiva dessas. Espetáculo, monumento. Não sei a mais bonita, mas sem dúvida, uma das mais lindas e sensuais mulheres que conheci na vida. E o acaso fez a gente parecer até - e porque não?  - destinados a se esbarrar. E não só uma vez, naquele dia.
A segunda foi a definitiva. Dali resolvi que era acaso demais pra eu não tentar.

Mas nem consegui chegar a isso. Me pareceu um "não" forte e súbito. Ou um convite pra outra ocasião, outra rodada pra me mergulhar naqueles olhos azuis e me imaginar sentindo o cheiro daquele cabelo vermelho. 


A vida vai me levar a encontrá-la de novo, um dia. Que venha logo, porque ainda não sei o que era aquilo tudo.