Não sei já afirmei isso por aqui, mas olha, confio no acaso tanto ou mais quanto confio em mim mesmo.
Há um quê na probabilidade incerta de fazer as coincidências se tornarem fatos que não só me atrai, mas parece atrair as forças do universo também.
Exemplo? Postei sobre
cabelos vermelhos recentemente. O motivo é óbvio e simples, conheci uma ruiva linda e perfeita de uma maneira totalmente aleatória e tomei isso como um sinal claro do além de que poderia dar certo se eu tentasse (pois só assim deu até agora, quando caiu na minha frente). Mas claro, tinha que dar um ruim. Até agora, eu não entendi bem o que foi: se tomei o fora mais escroto de todos da minha vida com direito a requintes de crueldade secos numa frase só, ou se dei bobeira de não ter agarrado a garota no exato instante. E acredite, ambas as interpretações são plausíveis. Conto a história em outra oportunidade ou pra quem ficar curioso e vier perguntando.
Fiquei com isso na cabeça esses dias, e não demorou pra que o acaso fizesse com que, hoje, quando eu subia no ônibus circular da UFRJ pra meter o pé pra casa, descesse ao lado a mesma ruiva angelical, não dando tempo pra nos falarmos. Mas uma coisa é certa, se o acaso permitiu mais esse encontro, permitirá outro em curto período de tempo que hei de aproveitar.
E aí acertamos as contas, pro que tiver que ser.
Não satisfeito, digo mais sobre a graça do acaso.
Vim por aqui pelo blog, neste exato momento, praticar um bom passatempo: ler novamente alguns posts "das antigas".
É. Daquela época que eu falava tudo que tinha direito de qualquer maneira jogada. São engraçados. Principalmente no que tange à parte das paixões. Eu sempre fui azarado, mas eu era bem mais imaturo e desesperado. Exacerbava coisas desnecessárias, me agarrava em sentimentos infundados.
Como eu não tava afim de "folhear" aleatoriamente, resolvi usar o que eu mesmo criei pra facilitar. Atirei aleatoriamente pra 2 textos do meu top10. Aleatoriamente não..foi mais na intenção de procurar algo que eu sabia que de alguma forma, seria um desses textos que acho engraçados.
O primeiro a ser lido é o primeiro de todos. Até hoje meu mais popular:
http://calvinfernandes.blogspot.com.br/2010/08/up-and-down.html
Este texto é importante porque conta uma fase de transição muito drástica. Se não me falha a memória, minha vó tava nas últimas e eu ainda tinha lá minha queda pela Taissa. Essa estava viajando e se preparando pra voltar, e talvez no pior momento possível: quando eu estava começando a criar interesse e conhecer Jenifer. Lembram dela? A mineirinha.
Ela era doce, tenho que admitir. Tive muito problema com ela mas sinceramente das mulheres que eu me envolvi foi a que, sem sombra de dúvida, foi mais amável comigo. Não que ela tenha me amado mais que as outras, embora eu não possa afirmar isso. Mas ela me tratava bem em termos de convivência, não ficava procurando motivo pra brigar com frequência (não que procurar pouco seja bom, mas comparado à Dominique, nesse sentido, Jenifer era uma santa imaculada, incapaz de me tirar a paciência sem um bom motivo para isso - ao menos no entender dela), e sem dúvida procurou se inserir ao meu mundo: fez amizade com diversos dos meus melhores amigos e procurou conhecer muita coisa que eu gostava. Talvez tenha passado a gostar? Não, não acredito que isso tenha sido possível. Mas ao menos ela tentou.
E eu tentei, coisa que não devia ter feito se soubesse como ia acabar. Aliás, podia ter seguido que eu não devia ter feito. A nossa diferença cultural era absurda. Certas ideias e atitudes simplesmente não batem. Não é surpresa que tenhamos durado pouco. Se sendo chutado por ela eu me senti revoltado e ao mesmo tempo abandonado, poucos meses depois eu percebi que era a melhor coisa que podia ter acontecido. Eu ganhei experiência, auto-estima e passei a lidar com amor de outra forma, com mais maturidade.
E o segundo texto que li foi o seguinte:
http://calvinfernandes.blogspot.com.br/2010/09/love-is-here-to-stay-and-thats-enough.html
Meu primeiro beijo com ela. PrimeiroS "beijos". A minha felicidade parecia inatingível para reles mortais.
Morri de rir lendo. E até morri de inveja: eu naquela época tinha a quem beijar, certo?
Deu saudade da época que tudo era mais fácil na vida. Mas enfim.
E você veio lendo isso tudo, deve tá pensando:
"Porra mas que merda, Calvin! Onde que isso tem a ver com o acaso?"
Tem a ver que mal terminei minha viagem nas memórias, eu vou no Facebook e, vendo uma foto de uma amiga minha que tá pra se formar esse ano no CPII, só vejo na turma dela a própria Jenifer.
NA MESMA HORA,
SEM CAÔ.
Impressionante.
O acaso também me fez cruzar o caminho - ou melhor, a van - nesta segunda, de uma menina bem interessante. Rafaela. Pintora na EBA da UFRJ. Achei lindo isso. Ela também, achei linda.
Enfim, vamos que vamos.
"O acaso vai me proteger enquanto eu andar.."