Hey, você aí

Não, não quero seu dinheiro.
Estava mais pra dizer 'Hey Jude', ou algo assim.
Bom, este blog é sobre mim. Não apenas eu, mas o que penso, sinto, etc. Já foi meio invasivo, já foi vazio. E no fundo ainda é legal, pra mim. Meu cantinho de desabafo e filosofia, se assim posso dizer.
Eu sou um livro aberto. O que quiser saber, pode achar aqui. E o que não conseguir, é porque ainda vamos nos esbarrar por esta vida irônica.

The Beatles

The Beatles
Abbey Road

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O bar é memoria

Espero que você possa contar uma história que se passa num bar.
Ou contar uma história em um bar.

Seja o que for e como for, que um bar esteja envolvido. 
Que amigos se reúnam, e de preferência com pessoas amadas também. 
Que você aprecie cada bebida e fique bêbado sim, alegre. Mas sem passar mal. É sua obrigação moral saber beber. Não aguenta? Refrigerante, água, suco. Mas não se envergonhe.

Espero que a comida esteja deliciosa, que venha em porções generosas e que isso saia barato. Enfoque no barato. 
Espero que o garçom já se dirija direto pra sua mesa pra trazer a próxima rodada. 

Que cada cerveja te lembre de um amigo e um momento de felicidade.
Que cada dose de tequila ou vodka te dê coragem pra fazer o que precisa, e não fazer cagada.
Que cada gole de vinho seja acompanhado de uma transa maravilhosa com alguém especial. 
Óbvio: Energético é pros fracos. 

Que você não pense no que deixou de fazer.
Que você não se lembre do que precisa esquecer pra ser feliz.
Que você não cometa besteiras (especialmente contra si mesmo).

O bar vai te dar muita história. E 99% delas é boa.
Apenas não faça cagadas.  
Mas se alcooltecer alguma coisa, que isso não te espante do bar. 
Que te ensine a ser inteligente ao se divertir.

Eu digo mais: A vida é um bar. Descubra logo o que você gosta de beber dele e encha sua cara disso. Não vai pelos outros, que o porre é forte. Vai por você; o que gosta e no ritmo que gosta. O resto é firula, gourmet, desperdício. 

Deixei o lirismo em casa

Deixei o lirismo em casa.
Numa gaveta dessas aonde eu largo as meias.
Apertada e bagunçada, mas funcional
Como tudo que a permeia,
E como a vida que levo. 

Deixei o lirismo à espera
Como a roupa velha que não lembro de usar
Enfurnada no canto que eu não vou alcançar
Se não estiver disposto
A arrumar primeiro as meias.

Deixei o lirismo à seca
Como o pó que tem atrás do meu armário
Que lá se faz rei e proprietário
Já que não vai sair
E nem precisa.

Deixei o lirismo à míngua
Como as traças que caçam restos dos meus livros
E na falta deles morrem ainda nos ninhos
Já que o meu lirismo
Não tem do que comer.

Mas a droga do lirismo passa fome 
Passa sede solidão e desespero
E ainda assim não pede arrego
Teimoso e cabreiro, puxou o dono
Fez-se poema pra me tirar o sono. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Uma quebra necessária

Aposto uma cerveja que vocês não esperavam por isso.
Bom, eu precisava fazer uma pausa na "4 spirits' tale". Quero estruturar mais a história, mas vai além disso. Tem alguns anúncios que eu preciso fazer, se é que há quem os leia.

Esse é o principal anúncio para o dia: eu vou publicar um livro. Tá mais pra uma coletânea, ou autobiografia, olha, eu não sei bem classificar e deixo o rótulo pra quem quiser comprar. O livro vai falar exatamente sobre o que este blog tem retratado em 90% dos casos: a minha vida amorosa. 
É um projeto antigo. Quer dizer, eu sempre achei que daria bastante história pra contar, e acaba por viver sempre mais algumas. Em 2013, eu comecei a ter certos choques de maturidade, e no ano seguinte decidi pegar a ideia dada por amigos há tantos anos e tirar da gaveta. O processo de escrever esse livro me fez revisitar o blog, e inclusive meu falecido MSN e diversas conversas no Facebook. Mais do que isso; repensar todas as minhas histórias. Entender o quanto eu estava errado, em tanta coisa. E como fui azarado, também. Acho que as testemunhas podem corroborar o depoimento nesse sentido. Eu realmente fazia muita merda, mas sofria sempre alguma pior. 
Escrever, reler, revisar, todo o processo durou muito tempo. Afinal, eu tive que fazer isso enquanto a faculdade rolava. Esse ano, contudo, eu consegui quem acreditasse nesse projeto. Esta manhã enviei as últimas correções a fazer. Na próxima semana, vão começar a imprimir. Não serão muitas cópias, tenho que vender algumas pra bater a cota que paga o serviço da editora. Se houver interesse, é só me procurar que dou os dados necessários para depósito e como vir no lançamento. 
É importante dizer que preservei o nome de quase todas as pessoas a quem não consultei sobre o fato de eu escrever sobre elas (já que estavam no meu passado). As que não consultei, ou não tive como, ou sabia que não causaria problema. Enfim, tomei as devidas medidas para garantir a proteção das pessoas (exceto a mim mesmo). Só quem conviveu comigo e com as pessoas na época poderá reconhecê-las, retirando qualquer novidade da história e preservando as identidades pra quem não conhece essas histórias. 

Mas voltando ao foco no livro. Boa parte da história está aqui. E foi um processo divertido, e humanizante até, buscar o material fonte. Se você gosta deste blog de alguma forma, e o acompanha desde o surgimento ou já leu parte do que fez ele bombar, creio que é uma boa pedida. Só me dar um toque. 

Meu segundo anúncio é inspirado no processo que me ocorreu de amadurecimento: se você tem algo pra me falar que nunca disse, pode brotar nas minhas redes e lançar o papo, na cara de pau mesmo. Eu decidi que não quero passar o futuro me preocupando com ataques de fantasmas ou azar inesperado. Também acho justo que eu possa reaproximar quem tenha se afastado de mim sem algum motivo específico ou algum não muito justo. Sabe, a gente desperdiça a energia com tanta frivolidade, eu estou tentando ser mais disposto a superar. Eu já superei traumas maiores. Um ou outro, pelo menos. Não custa nada tentar, pra tantos e tantos amigos, colegas, etc. A não quer que prefiram o afastamento, daí boa sorte.

Pra finalizar: pretendo dar prosseguimento a "4 spirits' tale", mas estou pensando em parar de usar o blog pra isso. Fui apresentado à uma plataforma muito interessante, e se for caso, virei a divulgá-la. Acho que pode ser legal como uma experiência direta de como atrair público, etc. Além disso, sinto falta do blog como espaço de desabafo e filosofia por vezes. 

Muita coisa tem acontecido. Eu pensei que o carnaval da minha vida tivesse parado, mas ele continua, desenfreado. Há muito por vir e muito que desejo que aconteça, também. Ao menos eu estou com uma base muito forte, ao menos de um jeito que nunca tive. E eu tenho que dizer, estou feliz. Grato, até. Eu nunca me vi como um autor e cá estou. Sem mencionar namoro, família, essas coisas. O trabalho tem sido maravilhoso também, e tenho alguma esperança renovada na banda. 
Sabe, focar em você mesmo faz maravilhas. Dá mais coragem pra correr atrás dos desejos e menos peso pra essa corrida. Sério, foquem em vocês mesmos. Parem de viver as vidas em função de outras pessoas, seja sentimentalmente ou literalmente. Parem de se perguntar o que pensam de você, o que farão por ou contra você. Vai lá e faz, e sente, e sei lá mais que porras você precisar. E não, nem entra em política que o Brasil não merece e o povo daqui muito menos. Vai se preocupar com você. Seja altruistamente egoísta uma vez na vida e você vai entender do que estou falando.

Até.