Hey, você aí

Não, não quero seu dinheiro.
Estava mais pra dizer 'Hey Jude', ou algo assim.
Bom, este blog é sobre mim. Não apenas eu, mas o que penso, sinto, etc. Já foi meio invasivo, já foi vazio. E no fundo ainda é legal, pra mim. Meu cantinho de desabafo e filosofia, se assim posso dizer.
Eu sou um livro aberto. O que quiser saber, pode achar aqui. E o que não conseguir, é porque ainda vamos nos esbarrar por esta vida irônica.

The Beatles

The Beatles
Abbey Road

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Bem vindo ano novo

Só pra dar aquele salve esperto em 2013.
E ah, esse recado é direto:

TO SOLTEIRO, ENTÃO SE VOCÊ ME QUER MELHOR SE MANIFESTAR, QUE DIA 7 VOLTA A ROTINA E AÍ FUDEU HEIN...


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Mas é sério.


Abraços e beijos

domingo, 30 de dezembro de 2012

Resumo do ano / Welcome 2013!

Bom, venho primeiramente desejar pra todos vocês um grande, feliz, perfeito, engraçado, inesperado, cheio de surpresas e conquistas! Amor, paz, saúde e felicidade and all that shit we need.
Mas vamos a tradição.




Resumo 2012:

Campo 1 - Família




2012 sem dúvida foi um ano de reencontro, reaproximação com a família.
Eu sempre andava meio afastado, e querendo me afastar. Não que eu não queira mais ter meu próprio espaço ou mais liberdade, mas tenho conquistado isso e aprendido a dar valor às pessoas que sempre vão estar comigo de maneira certa, e com as quais não tenho ilusões. Reaproximei da minha mãe de uma forma legal inclusive, o que é um paradoxo engraçado vide bater o pé pela liberdade.
E melhor, conquistá-la!
Mas também não me iludo, 18 anos são nada sem dinheiro na mão. Tem gente de 40 sem dinheiro e tá aí até hoje dando satisfação.
Com meu irmão também. A relação melhorou, e me encho de orgulho das pequenas e grandes conquistas do meu capeta em propriedade particular.



Campo 2 - Faculdade





Foi um ano intenso neste campo. A transição do colégio pra faculdade foi difícil. Se por um lado ganhei novos e incríveis amigos, perdi contato com os melhores que podia ter em diversas oportunidades. E se por um lado cheguei num sonho, numa grande conquista, to vendo que vou ter que ralar mil vezes mais pra de fato concretizá-la. Não, isso não é ruim. É ótimo. Mas foi difícil aprender a lidar com esse peso, essa responsabilidade.
Mas é outro ambiente, outra coisa. Realmente incrível. As oportunidades de crescimento pessoal vêm a rodo, e assim foi. Quando vi, já estava eu trabalhando no Ambientável. E foi perfeito, e quero fazer de novo.
Tem muita coisa pela frente ainda. Muito cálculo, muita física kkkkk mas também muito conhecimento, e quem sabe um intercâmbio.
Só sei que farei o possível e impossível pra chegar lá.



Campo 3 - Vida social




Um ano sem comparações. O reforço de grandes e lindas amizades. E o nascimento de mais umas tantas que hão de ser ótimas. Saídas épicas. Reencontros sensacionais. E cada vez mais felicidade a compartilhar. De início parecia que tudo ia ser difícil demais, dolorido demais. E foi até certo ponto. Mas meus amigos sempre mostraram que dava pra superar a barra, e não deixaram em nenhum momento de cravar suas presenças únicas na minha vida.Nem vou me alongar mais.





Apenas mandar um beijo e abraço grande pra:

Phelipe, Larissa, Henrique, Bruna, Raphael, Bia, Pedro, Thaiane, Gabira, Larissa Mattos, Geraldo, Marina, Rappa,...



 ..Bruna Daniele, Sousa, Ana Moraes, Breno, Dani Ribeiro, Pablo, Ana Elisa, Cadu, Leticia, André, Bárbara, Jun e Isabella! Fizeram do meu ano algo indescritível! Moram no coração.




Campo 4 - Amor

2012 foi extremamente bipolar nessa área. Sem citar nomes, foi difícil. Por horas era tudo uma maravilha, e depois um inferno. Doeu o que tinha que dor, eu tomei a atitude que precisava e deixei meu coração solto pra ser feliz.
Mas aí bom, o bandido me pregou uma peça daquelas. Que só ele sabe. E teve ajuda do destino, claro.
Entre uma brisa em que ele folga, e asas que lhe fazem voar, só me resta esperar o vento dar a direção.
Porém, isto é certo, finalmente retorna o coração leve, o impulso do amar por amar e assim sentir. 


(e sim, não vou publicar foto aqui...embora tenha uma que eu to tentado, e todo mundo sabe qual é...)


Campo 5 - Eu.




Levei anos pra perceber o quanto isto era importante. Que nada do que vem acima registrado casa de maneira perfeita enquanto EU não estiver em harmonia. E isso foi o que, durante este ano, me fez ter grandes problemas em todos estes campos anteriores. E foi nos momentos de equilíbrio e paz interna que consegui correr atrás do prejuízo e fazer deste ano um verdadeiro avanço na minha vida. Ainda que a passos curtos. Paz de espírito, músicas novas, motivação pra tocar em frente.
Como deveria de ser, só há de sair algo bom se eu estiver focado e em paz comigo mesmo. Resolvidos os conflitos, acredito agora que no ano que vem por aí muita coisa boa me aguarda. E farei o meu melhor para atrair tudo isso.



Bom, eu acho que é isso aí. Desejo novamente um grande 2013 pra vocês, todo mundo mandando um "fuck  yeah I survived" pros profetas apocalípticos e mandem brasa nas suas vidas!


Feliz ano novo! Rock on \m/




Confronto repetitivo

Disse uma vez.
Disse duas, quem sabe três.
E quantas mais me falhar a memória, e quantas mais ainda tiverem que ser.
Não!
Não vou mudar o meu jeito de ser.
Não vou mudar o meu jeito de sentir.
Não vou mudar o meu jeito de amar.
Não vou mudar a intensidade do meu amor.
Os outros, sejam diferentes opostos ou parecidos comigo, e são felizes em seus desencontros, é problema deles!
Mais certo é o desencontro daquele que desencontra sua essência pra viver um momento em vão.
Serei quem sou, como sempre fui.
Mudarei de opinião, me desculparei com quem ofender.
Mas jamais deixarei pra trás o que me define.
Em prol de ninguém.
Amarei a quem for como esta pessoa é, e peço apenas o mesmo em troca.
Então não me diga mundo, que eu tenho que mudar pra satisfazê-lo, e satisfazer as pessoas erradas!
Mundo, do jeito que andas não serás mais que pó em breve. Em você quase tudo está errado.
Então deixa-me, do meu jeito que pra você e tantos é errado.
Do pouco que te sobrou de certo, Mundo, vasto do gauche Carlos Drummond de Andrade,
São as coisas nas quais acredito. E são elas que me fazem assim.
Então deixa-me, deste jeito. Errante, errado pra você.
Irei ser feliz assim. 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Asas ao vento

Quem poderá dizer aos outros o que se passa?
Se nem mesmo quem vos fala sabe.
Certos olhares são decisivos. Certos sentimentos são intensos demais pra passar.
E outros, igualmente fortes, gostam de bater à porta nessas horas.
É uma verdadeira bagunça.
De fato, não se pode arrumá-la de livre e espontânea vontade, essas coisas simplesmente vão se ajeitando.
Bem verdade é, meu coração por momentos se embala de diferentes formas.
No fundo ele bem sabe, e me deixa claro, o que quero e sempre quis.
Mas ahhh, esta vida tem seus lances. Por vezes, certos olhares são de matar e de vislumbrar!
Meu coração sabe em que asas voar.
Mas, pudera este folgado, tem seus momentos de preguiça apaixonada, recolhe as asas e se deixa levar pela brisa.
E aí antes que caia no chão, abre as asas de novo, pra caçar passarinho.
Ainda há de vir o azar da brisa levar ele até o chão, ou a sorte dela resolver se apossar.
Mas em todo caso, ele abre as asas de novo, pra caçar passarinho.
E tudo que ele quer é caçar esse par de asas negras que voa tão lindamente.
E ah, se pegar...

Metamorfose

Será possível? Teria sido?
Me deparei com a situação mais incomum do mundo. Não pude presenciá-la, mas me deparei com seu resultado (final ou não). Assisti a metamorfose de um ser humano.
Conhecia dos meus tempos mais remotos de semi inocência. Não havia bem uma amizade, aliás, pode-se dizer que eu viva em guerra com esta pessoa. Por algum motivo, havia afeição de minha parte.
Só sei que na dita cuja via quase tudo que eu mais tinha raiva.
Daí esbarra comigo no fim do mundo. Mais hardcore que eu. Gostando de tudo que gosto.
E de repente eu vou juntando 2 com 2. Não fora esse o único encontro casual.
Estava lá, me elogiando com uma sinceridade quase surreal, no meu fiasco de show dos talentos. E isso tinha mais de 1 ano.
Parei pra pensar na grande ironia que é a vida. Pensei mais nisso quando percebi, juntando 2 com 4 (pois já tinha juntado 2), que eu talvez tenha influenciado nisso. Seria presunção?
Provavelmente.
De qualquer forma, só a possibilidade é algo que me orgulha profundamente.
Afinal, se uma pessoa pode transformar outra assim, porque não dá pra espalhar metamorfoses pelo mundo todo?
Sei lá, vai saber.
Só sei que gosto do que vejo. E dava um braço pra ver mais metamorfoses assim.
Sei também que agora entendo porque havia afeição.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Dos amores que tive

Eis-me aqui, talvez menos poético. Ou não.
Paro e penso nos amores que tive. Paixões, paixonites também. Amores verdadeiros que se acabaram,
E um amor que jamais se deixou de lado, e parece querer sempre ser o amor que veio pra ficar.

Digo hoje, com sinceridade, tudo que senti e tudo de que me serviram estes amores. Estas pessoas.
Saberão quem são aqueles que já sabem e se lembram. E talvez as próprias, caso se identifiquem.

À primeira paixonite: sou indiferente. Me apresentou ao que seria o sofrimento clássico dos nerds e a friendzone. Também me mostrou o que é gente aproveitadora. E que tem nariz em pé, também.
Não sou magoado por isso, tantas vieram a ser assim depois. Além do mais, tenho a certeza de que deve de guardar boas lembranças do maluco que costumava lhe babar o ovo.

À menina do primeiro beijo: Roubei-o, mas só faltava um convite com neon também. Tive alguns reencontros com a dita cuja por aí nesta vida. Sinceramente, acho graça. Tenho uma boa fé por ela, e descobri que eu levava jeito, afinal de contas. Só não faço nenhuma questão de ter nada com ela de novo.

Ao primeiro amor semi platônico: Tenho para com ela uma dúbia relação. Quer dizer, tinha. Cortei relações porque o tempo me mostrou coisas que eu talvez soubesse que iria ver. A verdade é que eu sinto falta da pessoa que ela foi, no começo. Uma amiga sincera, uma boa inspiração. Um nome bonito pra se dar à uma guitarra, e uma vez batizada, não se pode mudar a mesma. Nada poderá mudar algo que já está feito em questões espirituais.
Mas também cabe ressaltar, sofri pra burro. E de escolha própria, o pior é isso. Mas naquela época, parecia compensar. Hoje, a dualidade da relação cortada se dá porque embora o que ela era no começo fosse algo a se guardar e conservar amizade, o que ela se tornou é algo que não me convém não me atrai e sinceramente me dá pena de ver concluído como destino. E eu não gosto de ter pena de ninguém.
Resumindo, um nome pra uma guitarra. Uma boa música. Uma boa amiga, até onde ela foi amiga, por conveniência de ser.
Mas péssimas lembranças.

À primeira "namorada": Desta não quero um recado que não seja este: "Estou feliz". Dei todo o meu melhor pra pessoa, numa situação onde poucos teriam coragem ou mesmo a burrice de se manter, a troco de nada.
Mas não, houve uma moeda de troca, eu aprendi a valorizar meus esforços, e dar valor a quem valoriza também. Tomei o chute mais doído de todos, porque era eu quem deveria tê-lo feito. E sim, mesmo eu enchendo o saco de todos para que vivam a vida sem guardar mágoa, eu acabei guardando muita mágoa disso. Foi impossível não guardar, e até me sinto mal. Mas de verdade, reconheço também meus erros. Reconheço também o quanto foi bom, para a fase em que me encontrava. Carência sanada, conforto dado e auto estima recuperada, hoje, desejo a esta apenas isto, que seja feliz. E nada de me procurar pra falar antes disso, porque o que eu podia fazer pra dar felicidade foi feito.

À companheira do lobo solitário: Talvez esta nunca tenha se tocado desta paixonite miserável que eu cheguei a ter. Ou tenha, e me cortou na hora certa, sem que eu mesmo tivesse planejado algo. Só sei que sanar este sentimento esdrúxulo num poema veio a calhar. Nunca mais senti nada, nunca mais foi necessário pensar naquilo. E sinceramente, foi ótimo que tenha sido assim. Amigos irmãos antes, amigos irmãos sempre. A paixonite durou tão pouco quanto se poderia querer, e tal assunto jamais foi dito às claras. Nem será, e o lobo fica quieto.

À ruiva comédia: Paixonite mais tosca que eu podia ter tido. E sem ofensa a menina, afinal, ela era e ainda é super legal. E ruivas, cara, preciso dizer mais nada. Me ensinou algo simples: não tente se enganar. E sempre que der seria bom ela vir bater um papo, mas sem relembrar a maldita paixonite kkk


À eterna viajante: Outra que provavelmente nunca soube da paixonite. Aliás, foi tão intenso que poderia dizer que foi o amor mais relampejado que já senti na vida. Paixonites são tão rápidas quanto, mas não tem esta beleza fundamental do momento que poderia se repercutir eternamente.
Aprendi muita coisa. A me esforçar mais na busca não só dos meus sonhos como dos meus ideais. Buscar a beleza das coisas como a beleza que me foi mostrada. Uma amiga e tanto, sempre foi.


Ao sufoco bem aventurado: Obrigado, de forma sincera. Condensou todos os meus ensinamentos e me deu novos. Claro, foi muito difícil, tudo era muito difícil com ela. Mas é uma pessoa boa, que se souber se ajeitar, há de ser muito feliz, e merece isso. Dentre as principais lições, me fez dar ainda mais valor pra minha liberdade, pro meu talento e meus sonhos. Me fez enxergar como era importante ser eu mesmo.
E como temos que também ceder às vezes.
Dar valor a nossa família também. Às vezes temos uma família ótima e não sabemos. Não tratamos como deveríamos.
Seja como for, obrigado. Espero sinceramente que seja feliz.


À brisa: Ainda hei de ter muito o que dizer. Mas é simples, é um sentimento tão leve quanto deveria de ser. E passa aos poucos, deixando algo de bom pra se contar à posteridade. Uma amiga inesperada, uma grande e perfeita amiga inesperada. Uma inspiração, um exemplo, a mais preciosa das lições: vale SIM amar. E é algo que eu sabia tão bem, e devido a muitas das listadas acima eu perdi a certeza que tinha nisso. E graças a ela, recuperei o fôlego e a certeza de que vale sim, amar pelos mil anos, e que sejam tão curtos ou longos quanto tenham que ser. Mas sendo sempre intensos como só eu sei senti-los. 


Ao pássaro negro:

muito a dizer, e ainda assim parece tão pouco...

Acho, no meu íntimo, que desde o primeiro momento estava claro o que seria. Talvez eu fosse tímido demais pra admitir ou realmente estivesse em dúvidas sobre como a gente tava se conhecendo. Mas foi algo mágico demais.
Até hoje é uma das histórias mais mirabolantes que eu tenho a contar para aqueles que vêm a se aprofundar na minha amizade. Talvez a mais mirabolante, mais eterna de todas.
E justo por isso, posso dizer que não vejo um fim para esta. Um ponto aonde eu possa dizer que "ah, aqui a história acaba e a vida segue". Não, nunca houve este ponto. Talvez nunca haja este ponto, e de uns dias pra cá, eu me toquei que não queria e nunca quis que houvesse essa possibilidade.
O que eu aprendi? E ainda aprendo, sempre ao falarmos.

Que amor é real.
Que eu podia ser amado também. 
Que eu amo alguém.
Que amor de verdade vence distância, tempo, e até outros amores.
Ele vive na sombra se precisar, ou paira distante no ar (como prefiro dizer). 
E fica ali. Você vive, ela vive, os caminhos cruzam e descruzam. E no fundo, nada mudou.

Isso e um pouco mais é o que eu aprendi. O que sinto e sempre senti, é indescritível ao mero mortal.
Afinal, é exatamente o que nos escapa e procuramos pela vida toda, pra preencher o vazio da existência neste plano.
E isso, tão acima de qualquer outra coisa, não pode ser descrito por qualquer palavra frase ou mesmo as músicas que eu amo. Da forma que é, posso usar analogias apenas, e torcer pra que caibam. Até cabem, mas não capturam tudo que é.
Pra não me alongar, porque necessito vê-la e dizer muito cara a cara.
Como diz a nossa música: "(..)estava apenas esperando este momento pra chegar(..)"

Travel

Viagens virão me dizer. Irão te dizer!
O mundo tem sido tão claro que nos escapa o certo.
A certeza que há na beleza.
A beleza que é transcendental.
Que como diz o poeta, "não é só minha".
Em cada pedaço deste singelo mundo, e na imensidão do espaço dúbio, há beleza.
Beleza no caos dos buracos negros, que levam à outras dimensões impensáveis.
Beleza na intensidade das supernovas, e na velocidade dos cometas.
Tudo que passa está em constante devir, mas tudo deixa seu registro eterno e imutável de beleza também.
Algo único, que não se pode igualar.
Tende isto em vista, e hoje se coloque no meu lugar.
Para mim, que vejo o mundo claro buscando esta beleza certa, é difícil vê-la nas pessoas.
Hoje as pessoas são translúcidas como o mundo. E isso as torna vazias.
Mas ouve, vi em você a beleza que me encanta nas estrelas que admiro no espaço.
Vejo esta beleza em nossa amizade, que aspira as distâncias das tuas viagens, e toma delas como fôlego pra se manter mais forte.
Que seja assim certo, ao menos isto, certo: a beleza que vejo!
Há beleza na mente dual do bêbado que filosofa, há beleza no entoar do grito de liberdade.
Ah, a beleza do som das cordas que você entoa. As tuas, as de teu violão.
São tudo que o homem precisa para aprender o que é beleza. aprender o que é certo e aprender a buscar algo assim pra ser feliz.
Pois que em cada viagem, desejo que encontre esta beleza, como na viagem em que me deu a honra de tua presença me fez encontrá-la.


Dedicado a minha grande amiga Marina Serra.

À pessoa que se esconde

Não, não mais!
Não te aflige mais desta forma!
Deixa cair a máscara, deixa que assim por enquanto está bom.
Seja lá como for, conheci a ti mesmo sem te conhecer.
Então, minha cara, não fale como se o tempo não passasse!
Pare com seus devaneios de tão ínfimo sentido mas cujo peso assola os mais fixos dos teus valores!
Tenha a certeza na alma: és mais do que o destino venha a lhe insinuar!
Fato é, dado tudo que passamos, não posso deixar que te contagies de tal praga.
Vê com clareza agora, não é pela dor da perda e pelo desapego desta, mas pela dor ao não ver-se a si mesma que estás assim. Veja-te.
Confia no que virá, e faz com que seja bom.
Hei de comemorar junto a ti tua felicidade.



Dedicado a minha amiga Daniela Ribeiro.

O último hino natalino

Um bom costume não se perde. Mesmo que seja naquele típico momento em que o seu valor pra muitos já se perdeu.

Então, só pra desejar, mesmo que atrasado, um Feliz Natal pra vocês, com tudo que tem direito: muita paz, amor, saúde, felicidade, sorte, sucesso, luz.

E deixar uma pequena - e cabe dizer que realmente será pequena, não será aquele meu pequena que engana e vem enorme rs - mensagem de natal.

Lembrar que, tudo que desejo é sincero, mas nem todo mundo é sincero. Tem muita gente que não se dá com a gente e vem nesta época desejar coisas que não sente. Cortem a hipocrisia do seu roteiro de vidas meus amigos, cerquem-se apenas do sentimento sincero daqueles que vos importam.
E que esses sentimentos devem ser pra mais que só o Natal. Estes desejos sinceros, estas atitudes louváveis de quem busca mais que a si mesmo no mundo. É pra mais que uma data apenas. É pra se levar pela vida toda, a cada dia. Faça todo dia da sua vida um pouco de Natal, se assim for possível e lhe aprouver.
Pois tenham certeza, o que você colhe é o que você planta, e há de se receber amor ao sermos amáveis.
Claro que não é fácil, e ninguém pode se manter perfeito ao longo do caminho. Mas mesmo em seus tropeços, lembre-se de focar na beleza que há em ser feliz. Os erros podem te levar a isso também, se souber enxergar as lições.
Independente da sua religião. Eu sou deísta, por exemplo. E mesmo assim, acho que o Natal é época pra se reafirmar filosofias. Buscar a felicidade pra quem não a encontra, mesmo que esteja debaixo do nariz.
Espalhem sempre aquilo que lhes faz bem. É isso que voltará.
Feliz natal atrasado, próspero ano novo!

sábado, 22 de dezembro de 2012

Lições válidas

Faço aqui um registro simpático, faltando 10 dias para o ano novo, das 10 lições que tirei da vida em 2012.
Tomem pra vocês como quiserem, se identificando ou não. De qualquer forma, é bom botar pra fora.

10 lições de 2012


1 - A formatura e a faculdade são a condecoração dos seus méritos. E também o castigo por eles. Mas alegre-se, se você chegou até aí, é só manter o pique. Haverão outras recompensas. 

2 - Engenharia (exatas em geral) é coisa de doido. Mas se você já é, cometerá a loucura de gostar disso. E vai ser feliz assim.

3 - Jamais viva um relacionamento pra carregar um peso que não é seu.

4 - A família estará sempre por perto, então seja um bom filho e recompense essa força infindável que você tem em casa. Claro, depois de brigar bastante devido ao seu stress, mas eles entendem.

5 - Você logo reconhece os 'pescocinhos' (como diria meu amigo Lucas) depois que você se forma. No momento em que não há mais provas e trabalhos pra você e eles juntos, nenhum puxa assunto nunca mais. E a maioria estava desocupado por um bom tempo. Não corra atrás de 'amizade', EXCLUA.

6 - Não insista em coisas estando dividido, magoado ou confuso. Encontre a paz e força em si mesmo, e então passe a tomar as decisões necessárias.

7 - Viva conciliando agradar a si mesmo, com agradar o mundo com tudo que você pode fazer.

8 - Fazer novos amigos é bom demais. Ainda mais pessoas para quem você nunca havia achado algo parecido antes.

9 - Rever os amigos de verdade em cada ocasião possível é a sensação mais perfeita que existe. Ainda mais no CPII.

10 - Não se pode dizer, aproveitando a deixa da Legião, se há razão ou não nas coisas feitas pelo coração. Mas de nada adianta querer domá-las. São elas que nos domam. E por mais decisões que se tenham tomado, por mais declarações que se tenham feito, de nada adiantará se isso está contra a vontade do coração. Ele vence, no fim.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Coração X Cérebro round 2

Coração X  Cérebro

"Hey, eu te disse não foi?
Disse.
E agora seu maluco? Como ficamos?
Eu quero continuar tentando.
Não, lhe privo deste direito. Você já teve a resposta. Você sabe como ela se sente.
Mas, é que...
Mas nada! Você teve sua cota. 
Mas não tive chance...
Eu sei que não. Mas você sabe, agora sabe, como eu já sabia, que de nada adiantaria.
Mas, eu não consigo não pensar nela...
Nem eu, mas que se dane. Vamos seguindo.
Mas, posso pedir uma coisa?
O que mais que você quer seu maluco?
Me deixa continuar sentindo isso por ela?
Mas pra quê?
Não sei, eu só sinto, e quero continuar assim enquanto eu sentir. 
Mas olha, existem  algumas chances aí pra você testar...
Eu sei, e se rolar, eu vou me entregar. 
Disso que tenho medo.
Fica sussa."


sábado, 15 de dezembro de 2012

What's on in my mind

Minha mente é um círculo de idéias conflitantes e em eterno embate. 
A de todos deve de ser assim, mas será que são tão escandalosas como a minha é?
Eu tenho a mente de um bêbado filósofo incompreendido, que a cada reviravolta causa uma cena sozinho discutindo com suas facetas dualizadas e cuja dialética é incompreensível aos externos.
Tudo que passava na minha mente era:
"Ela tinha que estar aqui ouvindo isso."
E aí começava a briga do bêbado consigo mesmo.

"Não, idiota, ela tem mais que fazer as coisas dela. Você devia fazer as suas também, idiota.
Cale a boca, um dia de descanso não me mata.
Mata sim, olha aí você pensando nela. E você pode ser bom, mas tem uma bela missão pra quarta feira.
E isso me mata? Porque se for o caso você devia morrer também.
E isso é argumento seu imbecil? Não reconhece uma metáfora?
Metáforas tem sentido apenas quando são usadas pra algo importante.
Lá vem seu blá blá blá romântico. Amor amor amor..
E pra você não é importante? Não é o que você lá no fundo está querendo também?
E daí se for seu maluco? Sabe onde vamos parar com isso? E nem sabe se é isso que você quer.
Eu sei que não quero agora. Mas que o meu sentimento é do tipo que pode virar isso, você sabe.
Também é meu sentimento seu egoísta. Você deveria parar pra pensar nas consequências pra nós, às vezes.
Sempre fui inconsequente e você sempre reparou os erros depois. E se você sente o mesmo, não devia estar reclamando.
Não devia? Metade desse teu peito é meu. Ou 10%, que seja, já que quando estamos assim eu perco todo o espaço.....Despreze-me e o destino te devora. Você aprendeu isso.
É, aprendi. E até me sinto culpado de ter passado o castigo disso pra outra pessoa. Mas o que se há de fazer...
O que se há de fazer? Sua inconsequência passou dos limites. Você não me escutou e resolveu levar até o limite suas capacidades e a sua relação. Agora você se sente um peso, e me faz sentir o mesmo. E é culpa sua.
Eu sei que é.
E como pode me ter a cara de pau de ainda tentar discutir? Por quê você não me escuta?
Porque você também não me escuta.
Claro que não. Você esteve certo alguma vez?
Claro que estive. 
Pra no fim dar errado?
Você admitiu que aprendeu com ela que vale a pena. Eu já sabia disso. Mas você finalmente admitiu.
É, admiti.
E não pode ver o lado bom?
Tenho boas lembranças, mas não preciso do peso que você me arrumou. E não preciso que você se distancie de outras coisas importantes.
Relaxa, eu vou dar conta. Você sabe que quando estamos junto em algo sempre dá certo. E você sabe que, desde que as coisas se desenrolaram da forma que estão, eu voltei a andar do seu lado. 
Sim, mas eu não estaria te cobrando e te chamando pra Terra se não tivéssemos dado o azar desta semana tão corrida e sem tempo.
Eu sei, não foi culpa minha nem sua. Mas quarta tiramos o atraso nessa besteira. 
Okay, vou confiar em você. Afinal, eu sei que se sente como eu.
Sim, e por mais feliz que o festival da minha melhor amiga possa me fazer, eu não posso deixar de ficar um pouco pensante e até angustiado da brisa não estar aqui. Por isso, me deixa hoje. Descansa também. Você, mais que qualquer outro aqui neste corpo, merece paz. Não estaríamos onde estamos não fosse você.
É, mas os teus amores, ou melhor, nossos, nos inspiraram. Preciso de você pra mais que sangue, irmão.
Eu sei, pode contar comigo. 
Mas, prometa, se nada acontecer com ela, ou se vier a acontecer e não frutificar...Não vá ficar destroçado, tá? Isso me mata também.
Se ela não for resolver, não há problemas. Mas não prometo nada. No mais, vai ser o que tiver de ser.
Ainda morremos assim.
Morrer de amor é só viver de novo."

E por aí vai.


Coração  x CÉREBRO.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

E ai ele me disse, e eu respondi

E estávamos nós, os dois melhores amigos de sempre, falando da vida.
O que é um papo virtual tão caloroso quanto uma dupla de dois lobos velhos sentados à relva.
E aí falamos delas.
É, delas.
Cada um com a sua. A sua especial que sabe que é, e que fica na dela, mas que tem algo, há sim, algo que nos diz, a mim e a ele, que é pra ser.
Que não estamos sentindo tanto à toa.
Não posso sentir algo tão forte e tão bonito por acasos, e pra ser pouco. Não, não há de ser assim. Há algo  que me diz, amigo. E você ouve a mesma coisa por aí, pelos ventos.
E continuamos a falar. Eu indago:

"E o que elas têm afinal? O que faz delas assim? 
O que faz ela assim, que me deixa tão bobo e enrolado?"

E não havia resposta. Não uma convincente. Eu também não saberia atribuir uma digna.

E então ele me perguntou.

"Mas se você pudesse defini-la com uma palavra, qual seria?"

"Se existe alguma palavra com este poder, seria com o apelido que lhe atribui. Brisa."

"Isso é poesia demais, até pra mim." - disse o meu irmão poeta.

"Allow me to explain."

Brisa é leve, livre. Doce, suave. Não agride como os furacões que passam, acaricia. Mas não deixa de ser um furacão também.
Só que esta passa e espalha vida.
A mim, foi recobrar o ar, o fôlego. O sentido do que é sentir e deixar sentir.
Sopra perfumada.
E por ser brisa, deixa apenas as coisas que o vento não pôde carregar.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Sopram os ventos

O título só se explica a quem entender.
E sinceramente, talvez seja de pouco entendimento. Mas tal qual grande parte da minha vida, então não me incomodo. O importante é botar pra fora.

Gosto de gramática.
Gosto de letras. Escrever, ler. Óbvio.
Alguém tem letras favoritas? Eu tenho algumas.
C, motivos simples. E não é narcisismo. Pensa só o que você escreve com C. E o mais legal, uma coisa liga a outra..
Chocolate, que dizem que faz bem pro
Coração, que inventa sempre de fazer um
Charme, que é muito bom acompanhado de
Carinho, que é sinal de quem pode ter
Compreensão, que um dia te leva a
Claridade perante a vida e enxergar
Cores, porquê nem sempre é tudo preto no branco.


Mas, ao longo destes últimos dias, vim estudando outras letras. Vi o A, o T, o V, todas muito utilizáveis. Poderia me ater em exemplos, mas não é isso que procuro.

O que captou minha atenção estes dias foi o L.
Estes dias não, seria até covardia. Na realidade tem alguns meses, provavelmente.

O que podemos escrever com L?

Lamúria, fato normal de quem sofre mas busca um alento, tal qual o
Lobo, que sempre fui. Solitário mas sóbrio, e buscando uma
Lua, cheia e linda, que movimenta os grandes mares com sua
Luz, finita. Mas tão poderosa que é como
Lítio, mas que não envenena. Que apenas preenche de
Libido, e que libido. Me deixa
Louco, entorpecido. Que faz deixar todo o resto de
Lado, mas sem esquecer que a vida é agora e tem que ser
Levada, como se leva passo a passo, cada pisada, cada
Laço, elo eterno e inesperado,
Lindo, de tão linda que se pode fazer uma
Liga, dos aços mais fortes e também mais
Luxuosos, mas que não sejam dinheiro, mas sim
Leves em sorrisos e até com sua
Lascívia, porque não há romance sem pimenta, é bom pra
Língua, que do beijo é mãe dos poetas, e me
Lembra.

O resto o vento leva. E chega.

Existe algo que se perde e se ganha

Algo que se perde e se ganha nas indas e vindas do amor.
O que é de fato? Não há quem o possa definir. Não, e digo-o com toda a franqueza daquele que, inutilmente ou não, tentou fazê-lo a cada momento de sua vida.
Em cada vão momento. Em cada momento cheio de si em seu sentido próprio. E de que adianta filosofar, às vezes me pergunto. Eis a verdade incontestável com a qual não há quem possa querer negá-la, pois seus efeitos se sobrepõem a vontade dos homens: somos tão insignificantes quanto poderíamos ser. Aquela poeira que nos passa percebida apenas pelo reflexo do sol; eis o que somos perante o infinito imensurável e em eterna expansão.
Mas, há, sim, há ainda algo que se sobrepõe a nossa insignificância. A vontade do coração, podemos dizê-lo desta forma. E não adianta queremos encontrar explicações plausíveis. É sem dúvida o amor a maior razão para que nossa vida se engrandeça.
É ser mais que si mesmo. Ao menos no que você sente. E no que você pode fazer por alguém.
E é também ir do céu ao inferno em algum momento. Ahh, as paixões extremas. Sou elas, sou todo elas. São sempre assim. E por mais que eu amadureça e aprenda a segurar as barras e não me incomodar tanto, não há uma simples vez em que elas não apareçam e não me transformem num louco desvairado, sem medo das prováveis consequências de seus atos impensados.

Agir com o coração é impensado?

E amores acontecem, e se vão também.
Pela primeira vez, não estou triste pelo fim de um amor.
Estou feliz por ele ter acontecido.
E não sinto meu peito pesar ao lembrar. Não estou morrendo de saudade como cheguei a imaginar.
É o que o amor pode se tornar pesado. E deixar de ser amor também.
Mas aquilo é certo. Deixar de ser não quer dizer que não foi.
O bonito do amor é isso. Sempre haverá a memória. O sorriso. A felicidade da vivência.
Hoje eu posso dizer que amadureci.
Quero que você seja feliz.
Quero ser feliz também.


E o amor ainda é justo. Sabe brotar rápido se você guardar a semente. Basta alguém regar.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Tell my story

Certas coisas, certas coisas....
Certas coisas não precisam de palavras. Mas eu as busco do mesmo jeito.
Sinto-me confrontado em um verdadeiro desfile carnavalesco de sentimentos que jamais foram tão intensos.
E, com toda a abdicação de tempo para sentir em função do tempo pra estudar na faculdade, isso vira uma verdadeira bomba psicológica.
E pra não explodir, cá estou.
Não, não são sentimentos ruins. São todos lindos, maravilhosos. Tão intensos quanto os que me construíram como sou, de essência. Quem sabe mais fortes que isso. Apenas me confrontam, porque estão diante de mim.
Lá estava eu, sabem?
Feijoada no Pedro II. Reencontro de ex-alunos. Tudo pra ser incrível. E foi.
Em cada mísero detalhe. Em cada pessoal querida ao meu redor, ou melhor, do meu lado: abraçados, cantando, tocando, rindo, sendo nós.
E até nos rostos cuja existência me passava tão desapercebida naqueles tempos. A simples lembrança era algo a mais. Ver de novo fazia lembrar. E lembrar era sentir, e eu já sentia naquele momento toda a glória, todo o amor, e toda a fragilidade de estar assim, tão em casa novamente mas com duração limitada.
Desde o atraso que me custou alguns palavrões esperando ônibus. Talvez se não houvesse a demora, eu não teria batido um papo mais longo com a Larissa Mattos, nos encontrando na leopoldina. Já citei ela com alguma frequência por aqui. Desde o meio do ano passado, temos nos tornado grandes amigos. Hoje, eu vejo nessa amizade uma coisa tão forte, tão orgânica e simples que parece até que somos amigos de infância. É algo incrível, e se torna mais pela inesperada forma com que se deu. Realmente, uma amizade verdadeira, daquelas que toca na alma. E foi rápido. E o que é o destino, senão a ironia de colocar essa grande amiga de encontro com meus maiores amigos de todos os tempos. Pelo andar da carruagem, ela vai ser a primeira garota pós era de ouro que poderia ser nomeada um membro do Monuma. Nada mais justo, até.
E eu lá, de papo com ela, e com a viola pra me divertir. Michelle é rainha, nunca me deixa na mão. E com Michelle no meu colo, soando o que eu aprendi a escutar, mais lembranças me chegavam. Não era mais nostalgia, era aquela coisa.
Aquela coisa que bate em cada aluno do CP2, cada um à seu modo.
Por mais semelhanças, não consigo não descrever a minha sensação. Seria alguém capaz de me entender quando digo que sou o que sou por causa dele? Esse colégio que me trouxe o verdadeiro significado de essência, de cultura, de vivência, de ser humano. De amizade, de amor.
Seria alguém capaz de entender que amei este colégio? E amo.
E também que cada olhar profundo de cada amigo, eu amei também? E amo.
Que amei a quem ele me trouxe pra amar? Que amo a quem eu tenho pra amar graças à ele? E amo, sim! Amo.
Amei, por mil anos antes de vê-los, e o farei por mais mil anos.
Reafirmar isso é me reafirmar. Eu sou assim. Sempre fui. Não há outra forma de sentir pra mim.
Quase todos estavam lá. Já citei a Larissa. Então bota na conta: Phelipe, Gabira, Bruna, Geraldo, Bia, Pablo, Julio, Kadu....
E mais que isso. Minhas histórias, eu estava lá. Era eu, eu me via. Em cada pilastra debatendo uma questão de prova, em cada pedaço do piso fazendo minhas piadas sem graça. No Monuma, tocando violão, cantando. Era eu no CP2, sendo eu, novamente. Por inteiro, sem arreios ou culpas ou problemas. Só eu, e feliz.
Como era bom.
Como é bom.

Pude tocar e cantar ao lado dos meus irmãos por alguns instantes antes de ir embora. Conversar, tirar fotos inesperadas.
Dali saí. Fui encontrar Dominique. Que amo. E por que amo?
Amo, é autoexplicativo. É, e isso basta.
Fruto dela usar o uniforme que eu amo. Isso foi o que tornou possível.
E então, despedidas que me queriam fazer me espancar de ter coragem de ter que sair. Porque dar motivo ao azar? Porque não viver naquele momento pra sempre?
Bastava. Um abraço do tamanho no mundo. Em mim, no CP2, e em todos que amo.
Bastou, eu soube disfarçar.
Uma última olhada pra trás. "Peace and rock n'roll!". Digo sincero, pois sou assim. E é melhor rir, não me aguento no choro.
Meu coração é vasto, meu sorriso é irônico. Meu olhar, bandido, que me trai. Não houve quem não me lesse. Meu espírito se quer ali. Deixei cair as lágrimas já disfarçadas enquanto seguia rumo a saída.
Só naquele chão elas sabem o que sinto. A dimensão.
Respirei a brisa que soprava carinhosa. Fundo, me enchi do frescor. Fiz o que tinha de fazer e queria fazer.
Amei, amo, continuo amando. Fora do CP2, fui dar meu amor.


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pais e Filhos

Incrível.
Incrível como sempre que a ideia de escrever vem a cabeça, uma música passa e o momento se constrói retratado por inteiro, de maneira perfeita.
Sim, eu to naquele espírito Legião, refletindo sobre tudo de maneira tranquila, mas sem perder um pingo da minha capacidade crítica. A inquietação que me é característica.
Pensando em tudo da vida..bom, eu vinha passando por mais uma daquelas fases carregadas. Não que os acontecimentos na vida estivessem sendo difíceis. Mas era a rotina. Eu não tinha parado de me cobrar desde os problemas com cálculo na faculdade, e a volta me deixou na pressão. Estuda pra cá, estuda pra lá. E o estudo não rendia. E isso é mal sinal, perto das provas que vem chegando.
Então pintou o aniversário da Ana Elisa, que ia ser lá na Lapa. Ela tem sido uma grande amiga na faculdade. Resolvi que valia a pena o esforço pra ir. Mas isso significava, é claro, encarar os meus pais e a redoma de vidro.
De maneira surpreendente, a minha persistência, por fim, teve resultados. Meu pai foi muito mais difícil na queda de braço, também pra minha surpresa. Minha mãe, contrariando tudo que eu podia esperar, cedeu no  último momento. E lá fui eu, curtir a vida.
Parti com o Luis e o Vagner, e chegamos lá estavam todas as figuras. E cara, foi ótimo. O nome do teatro bar (adorei isso) é La eskina. O lugar é perfeito. Sabe o que é perfeito? Gente legal, SÓ MÚSICA FODA: rock clássico. heavy metal, mpb, punk, pop anos 80, alternativo, grunge, hard rock. E bandas underground!!!
Tipo, simplesmente demais. Eu podia ficar na minha com os amigos, pulando ao som de Beatles, System, Beach Boys, Pink Floyd, Raul Seixas, Red Hot, Michael Jackson, Metallica, Nirvana, Skank, Black Sabbath, Kiss, Aerosmith, AC/DC, Jota Quest, Iggy Pop, só coisas boas pra cima, até os mais fodas!!!!

E claro, eu dancei pra caralho, me acabei, como sempre faço nessas ocasiões em que o rock se faz presente.
A noite inteira então....rs

E aí voltei pra minha casa. Minha mãe muito mais uma preocupada que uma repressora. Meu pai, conformado. Eu finalmente venci a barreira. Não que eu queira sair todo dia pros lugares mais distantes e complicados de se chegar saindo da Ilha. Não que a Lapa seja tão legal assim.
Mas eu precisava me distrair, e muito mais que isso. Provar a mim mesmo e aos meus pais que já deu, não precisa mais. Eu posso ir fazer algo diferente. Eu conquistei a liberdade de uma forma que não sentia há um tempo.
Eu entendo meus pais, sabe. O mundo é uma merda. Perigoso demais. A Lapa é perigosa. Quem acha que não é maluco. Claro que é. Mas de forma sincera, qual é o lugar calmo? Nem no mato mais tem isso.
Eu vou ser um pai talvez um pouco mais liberal que eles, dependendo de como estiverem os tempos. Não os crucifico de todo. Hoje eu entendo mais do que antes. Não é fácil ter filho. E ainda mais como eu, que pra muita gente lá de cima do sistema fala coisas que podem ser um perigo se eu chegar longe.
Amo meus pais, apesar da redoma. Mas agora eu achei o furo, não podem mais manter isso, e talvez dessa forma as nossas relações sejam mais profundas do que apenas uma coisa dos pais que educam o filho. Costumavam ser até o momento em que eu adquiri amizades que me faziam ver que valia à pena sair do círculo fechado.

"São o tipo de criança que você vai ser quando você crescer" - "Pais e Filhos" - Legião Urbana.

E a vida segue sabe? Eu fiquei muito mais leve esta noite. Embora a dor esteja me matando, de tanto dançar....

É engraçado. A Letícia que meio que me motivou a postar. Eu nem ia escrever nada, fazia tempo, pra variar. Mas aí ela deu a ideia, e veio a música, casou, e tá aqui né. Como eu digo, é perfeito e incrível como as coisas acontecem. Devendo uma pra menina.

Enquanto isso, eu vou pensando na vida. Acho que tem um bom futuro pra breve agora. Vou fazer meu esforço máximo em tudo, sei que vou conseguir. Eu chego lá.
E se tiver que tropeçar, eu tropeço, eu caio, mas eu levanto. Faço o que der. Mas eu chego lá.

"All in all, is all we are" - "All apologies" - Nirvana.

E seguindo ouvindo música, sem dúvida.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Paciência



Usualmente, é algo que me falta. E muito, diga-se de passagem. Aliás, eu demonstro minha impaciência todo dia nos mais inesperados momentos. Porém, de uma forma curiosa, recentemente, apesar das típicas caras e bocas que faço com a falta de paciência com o mundo frequentemente, eu tenho conseguido uma paciência até engraçada,  de certo ponto de vista.
Vamos pensar num exemplo mais banal. O blog ainda é prova da minha paciência recente. Por tantas vezes ter vontade de escrever e faltar tempo realmente pode te deixar um pouco ansioso. Não que eu não tenha rabiscado alguma coisa em algum caderno pra aliviar um pouco, mas o embolo mental é bem maior que isso.
Manter o blog sem tanta atividade, mas ainda com uma funcionalidade ímpar pra mim, tem sido algo muito bom.. Aquela típica sexta em que sua mãe já teve sua cota absurda de tempo na internet fazendo nada, sua namorada está passando a mesma situação com a irmã dela, e já é uma hora bem avançada, aliás, é sábado tem quase 2 horas. E cá estou eu, com um sorriso um tanto bobo no rosto, e aparentemente sem motivo algum pra isso.
Quer dizer, motivo tem, mas não acredito que seja o mesmo pra ter efeito até essa hora.
O motivo que me refiro é que, depois de meses duramente transpostos de uma seca criativa sem precedentes, finalmente voltei a compor.
E aí o mais antigo e cético dos leitores (seria possível ainda haver tal combinação? Alguém que ainda leia por aqui mesmo não gostando tanto assim?) deve vir a pensar por agora:

"Caralho, mas você ainda acredita que vai conseguir alguma coisa com a música na sua vida? Bobear você é péssimo, e mesmo que seja bom, você não pegaria feito modinhas..."

Já ouvi muita coisa do tipo. Não necessariamente assim, mas já ouvi. A verdade é que é o conselho de qualquer um, seja amigo ou falso, quanto a música. As pessoas não querem botar fé pra não se desiludir ou pra quem eles apoiaram não se desiludir.
Mas existem forças maiores que tais pensamentos. A convicção é uma delas. E talvez o destino, mas isso é algo com que eu lido de maneira relativa: eu tento construir o meu caminho, mas aceito de bom grado as boas coincidências que eu não poderia prover sozinho.
Enfim, deixa eu ir me acertando no argumento. É que bom, desde que eu me entendo por gente, eu estou ligado à música. É algo mais forte do que a minha consciência. Meus sonhos costumam ter trilha sonora. Eu fantasio clipes diferentes pra uma mesma música. Eu me sinto em paz ouvindo certas músicas, especialmente Beatles, base do meu lirismo (se o tenho), romantismo, pacifismo, da minha paixão pelo rock, da minha formação de caráter. Nunca houve nada que eu não pudesse expressar com alguma letra de música. E quando não há no exato momento, a vida se desenrola das mais irônicas e acertadas maneiras, só pra depois eu conseguir dar uma trilha sonora narrativa para aquela ocasião. Como uma vez me disse o Julio, eu tenho uma espécie de sensibilidade musical. E é inato a mim.

(E daqui pra cá passaram algumas semanas pra escrever. A falta de tempo também exige paciência).





Aliás, é conveniente lembrar que hoje fazem 50 anos que "Love me do" foi lançado. É o primeiro single dos Beatles, lado A. O lado B era "PS I love you", se não me engano. 50 anos do hit modesto com sua gaita bem ensaiada de rythim blues e seu baixo já estridente de rock. Esses dias eu bem dizia: poderia dizer a todos no mundo o quanto eu ficaria satisfeito em ser cada vez mais beatlemaníaco a cada dia que se passa na minha vida, mas seria redundante, visto que já faço tudo isso.


A paciência musical, no meu caso, foi quase depressiva. Para um músico, não havia de existir castigo pior do que secar a fonte. Aos poucos, escrever se torna algo até automático. Mas talvez esse seja o maior male da composição: de nada adianta seguir métodos clichês, buscar rimas alternadas e métricas desconcertantes.  De nada adianta se vender pra escrever 4 ou 5 versos que um bêbado no bar faria. Um compositor com mínimo de bom senso não se queixa se isso lhe renderá fortunas, e fica até apático e facilmente moldável. Mas um compositor que realmente goste de música, sabe que não há fortuna que mascare trabalhos pífios e alienantes, e também que não existe quantidade mensurável de dinheiro e poder neste mundo que sejam capazes de superar a satisfação e o orgulho de escrever uma canção e ter a certeza de que você não só deu o seu máximo como atingiu um nível de excelência.

Claro que o nível é relativo. E a tendência é ele sempre se elevar.
Mas prosseguindo..
Escrever essa música foi algo que veio acompanhado de mais paciência pra outras situações. Eu resolvi, por exemplo, guardar a minha paciência pras pessoas importantes.
Traduzindo, eu exclui praticamente todas as pessoas do meu facebook que NADA tem a ver comigo. Gente que eu vi uma vez na vida apenas; gente que eu nem sei se vi; gente com quem o papo não me interessa mais; gente cujo papo nunca me interessou e só era bonita, mas eu comprometido há mais de um ano não tirava por pura preguiça; gente com quem eu nunca me dei bem só tinha no face porque era do colégio; gente fofoqueira cujo objetivo de vida é preencher seu vazio de lixo esculachando e invejando a vida dos outros nas costas; e claro, as pessoas que ao longo do tempo provaram pra mim que jamais mereceram um pingo do meu respeito e minha amizade, quando deixaram cair suas máscaras com o tempo (curioso, às vezes basta se formar né). Aquela típica relação Lulu Santos, sabe? 

"Não pense que te quero mal
Apenas não te quero mais"

Diferente do que muitos pensam, essa música serve pra muito mais que romances na hora de mandar um recado. Vai por mim...

E como eu dizia, a paciência pra escrever me foi estendida pra selecionar as melhores músicas. Saber o que quero gravar ou não, esperando o fim de ano pra quem sabe registrar o meu trabalho em definitivo.
Enfim.

Paciência pra resolver as coisas do Ambientável. Não sei se já expliquei aqui, na dúvida eu mando bala novamente. É um evento realizado todos os anos na UFRJ, desenvolvido exclusivamente por nós, alunos da Engenharia Ambiental. Neste ano, temática da Rio + 20. Eu to trabalhando na comissão de artigos: codifica pra lá, envia pra avaliador pra cá, etc etc etc. Ahh, artigos fora do prazo, matá-los-hei-de. 

E SIM, não fui pego pela correção automática.
Chupa ideia sem acento, sei falar arcaico. xD


Só pra fechar, um aviso honesto e sincero, mas de quem sabe o que está por vir. Se o merda do Paes vencer no primeiro turno, manda a paciência pra casa do caralho, porque com ele só vai piorar.
E se o Freixo conseguir (como eu espero e torço e milito sempre que possível), o Paes vai perder a paciência, porque ele não pode em pé de igualdade na mídia. E aí vai ficar TENSO.

Pois bem gente. Palma palma não priemos cânico, e simbora! Abraços!


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Do a little twist

E mais uma postagem depois de um tempo considerável, embora eu até tivesse tempo pra escrever as coisas simplesmente foram indo de uma forma que eu não quis escrever. Ou também não deu. Verdade que estou viciado no Facebook. Nada acontece em 90% do tempo que estou lá. Aí vem uma ou outra notificação, você cria aquela curiosidade, e está lá apenas que fulano de tal compartilhou uma foto de zoeira com o Mussum que já perdeu a graça.
De tempos em tempos eu tenho vindo aqui fazer um ou outro registro, meio que de praxe. Eu sempre acabo sentindo falta, embora cada vez mais eu tenha motivos pra excluir o blog. Quer dizer, eu bati minha singela meta de chegar a 10 mil visitas. Só que bom, muitas delas foram minhas mesmo, relembrando algumas épocas curiosas da minha vida e tal. Claro, não chegam a mil. Chegariam se eu fizesse 3 visitas diárias, durantes os 2, quase 3 anos de existência do blog. Tem dias que eu nem lembrava que tinha blog oras, então isso é meio impossível. Mas de fato, agora indagando o que acabei puxando sem querer, quantas visitas dessas 10 mil pertencem a cada leitor? Eu penso, cá comigo, que tirando entre 4 ou 7 cabeças, são parcelas pequenas de milhares de indivíduos vagantes que passaram, leram uma vez ou outra, falaram pra um colega, e só. Anyway, mistérios inúteis de um blog corriqueiro..

O Botafogo tem sido decepcionante. E inspirador ao mesmo tempo. É a velha dinâmica da enganação. Seedorf mal chegou e já tem jogado muito, distribuído passes precisos, tomado conta do meio alvinegro, dando dribles e cruzamentos, além de até marcar gols. Surpreendeu até o mais otimista botafoguense (coisa irreal e impossível), e principalmente aos secadores. E ainda chegou o Lodeiro, e BEM. Só que a secação deu certo pra cima de grande parte do time: Fellype Gabriel contundido, Mattos não se recupera, AC agora foi contundido também, e até o bosta do Rafael Marques que mal ou bem era uma opção. Vitor Junior mascarou, Fábio Ferreira caindo muito de rendimento, e claro, o ataque inoperante que se vira com o Elkeson (que mal ou bem tá se esforçando e subiu de atuações). Isso resultou em uma eliminação precoce na Sulamericana pro time de merda do Palmeiras. E queda média no Campeonato, deixando o G4 pra ficar em 7º, 8º. E como que revivendo ainda mais a glória, Túlio Maravilha voltou, pra fazer o gol mil. Mas aí eu me pergunto, será que ele aguenta jogar? Craque é craque, ninguém discorda disso. Bola no pé dele, ainda mais com a precisão de um Seedorf, é gol certo. Mas só esperando pra ver. Ele volta pra nos dar otimismo. Não que ele venha a jogar no time a sério no Brasileirão, acho difícil. Mas o Vasco fez isso com o Romário né, não vejo porquê não..



Enfim, a greve dos servidores e professores segue. Enquanto no CPII as duas classes, apesar dos conflitos dentro de si, andam de braços dados, na UFRJ a coisa é um pouco diferente. O que acontece é que teoricamente os servidores e técnicos do CPII já aceitaram a proposta do governo, mas só suspendem a greve assim que os docentes forem atendidos. Mas na UFRJ, até onde fiquei sabendo, amanhã mesmo os servidores retornam, enquanto os docentes não tem nenhuma definição: fala-se de que tenham aceitado, fala-se também que estão ainda firmes com a intenção da greve. E conforme o tempo vai passando, eu vou aqui estudando cálculo aos pouquinhos. Claro que não estou nenhum expert, mas acredito que estou melhor que antes, e que dessa vez, mesmo que seja com PF, eu passo. Aliás, devo confessar que nunca fui tanto a favor de que a greve se mantenha. Apesar de já sentir falta de algumas pessoas em especial na faculdade, eu não me lembro, desde o ensino médio, de uma época que eu tenha conseguido equilibrar tão bem a vagabundagem matinal com os exercícios da áurea tarde (SIM, estou me exercitando!), além da leitura e estudos vespertinos. Pela noite, o contato social básico via net. Isso claro, quando não dou minhas escapulidas pra namorar.
Aliás, eu ainda me impus meu velho método de dieta. É que há umas 3 semanas atrás eu me pesei, e tava com 75 quilos e meio!!! Porra, eu tenho 1,76 ou 1,77; pra 75 quilos é gordura que não falta!
E ah, você espertinho que acha que a matemática do povo conta neste caso, tolo engano: uma conta que remete ao peso ideal de forma fácil é subtrair entre 10 e 5 dos seus correspondentes centímetros. Isso dá de forma aproximada o valor da sua faixa de peso ideal conforme a altura, e é bem próximo dos cálculos mais científicos e tal. Em suma, com a minha altura, a faixa de peso ideal vai entre 66 quilos e 72 quilos; sendo esta última marca meu peso no início do ano. Ou seja, a greve me engordou. Não à toa eu entrei nessa minha velha dieta, há mais ou menos duas semanas, que consiste em apenas cortar quantidades e qualquer comida entre refeições. Eu não corto nenhum alimento. Todos os grupos são essenciais. O que eu corto são os excessos. Isso, combinado com minha bateria de exercícios diários, me permitiu emagrecer a ponto de semana passada eu me pesar e marcar 74 quilos, ou seja, 1 quilo a menos em mais ou menos de 2 semanas. Me encho de orgulho nessas horas (apenas de orgulho).

Uma coisa me agonia é que não escrevo mais músicas. Não consigo, não vem inspiração. E tanta coisa querendo brotar sabe. Me chateia mesmo. Aí quando voltar o ritmo de aulas eu componho, vai ser muita sacanagem....

Enfim, abraços


domingo, 5 de agosto de 2012

18: Desventuras, lendas, nostalgias e acertos

Oficialmente eu sou maior de idade agora. Tá, quer dizer, não que isso faça lá muita diferença né. A grande verdade que todo mundo no fundo sabe, mas nunca admite, é que enquanto você não se sustentar, você não tem a liberdade que bem deseja.
De fato, também não é de todo errado pensar que certas coisas mudam. Afinal de contas, o básico tem que mudar: tirar identidade e CPF de novo, pensar em tirar carteira, entre outras coisas.
No domingo eu chamei alguns amigos muito chegados e tal, junto da família. Aliás, algo raro eu sair com a família e amigos juntos.
Foi uma coisa legal sabe. Bem legal aliás. Fazia muito tempo que eu não conseguia fazer isso. Na véspera, eu tinha levado Dominique pra um rodízio de pizza pra comemorar o aniversário da Larissa, minha velha companheira, que tinha sido na quarta feira, mas ela decidiu realizá-lo no sábado. Foi bem legal e talz. Aliás, a tal pizzaria provou ser melhor que a parmê, pra mim.

No dia, Domi se adiantou e me deu meu presente, que é um baita presente: um conjunto completo de poker; com tudo que tem direito. Baralhos, fichas, até tapete. Pros que não sabem, até porque não é algo que eu registrei com frequência aqui, poker é um dos jogos que mais me encanta e mais gosto de jogar. Não sou um apostador frenético, não tenho dinheiro pra isso e jamais faria tal. O poker sério, de apostas em dinheiro, pra começo de conversa, é proibido no Brasil, e não é nada barato. Poker profissional então, é divertimento do alto escalão burguês.
Mas eu aprendi a jogar cartas ainda muito novo, lá pelos meus 13 ou 14 anos, não lembro bem. Foi no Monuma, como esperado.
Se eu não me engano, o dono das fichas na época era o Geraldo. Ou ele ou o Gabira. Pode ser até nenhum dos dois. Pra certos detalhes, às vezes eu tenho uma péssima memória. Enfim.
Éramos muitos na ocasião. Como eu, acredito que o Kadu, Rappa e Davi também nunca tinham jogado. Sousa fazia o papel de dealer oficial, enquanto puxava suas mágicas de baralho nos intervalos prováveis. Era algum tempo vago bem grande, o que era comum no ensino fundamental.
Eu tava levando um massacre, como esperado de um iniciante. Mas eu não era o único. Apenas Pedro e Gabira iam bem, e dominavam as fichas do jogo. Em certo momento, minha mão tinha um Ás de ouros e um 2 de copas. Na mesa, um 2 de espadas. Todos se entreolharam dispersos, de forma estranha. Tentando aproveitar qualquer coisa que viesse, mas também já pensando que não haveria outra forma de me manter no jogo, soltei um all-in com minhas poucas 5 fichas restantes. Com fome na possibilidade de me tirar do jogo, quem tava com menos (SIM, havia tais casos!) também cedeu ao all-in. Mas a coisa tomou proporções inigualáveis quando Pedro, que vencia por algumas fichas de diferença, apostou tudo em um all-in jamais visto no CPII. A idéia era simples: Gabira não podia pagar o all-in de Pedro. Se quisesse vencer, tirá-lo do jogo, não haveria melhor chance do que aquela. Só que até que ponto seria apenas um blefe? Para todos os outros na mesa, o all-in ser bem sucedido ou não era algo já considerado, pois não importava quem blefasse, nenhum de nós tinha condição de virar o jogo. Mas praqueles dois, a história era outra. Um blefe poderia selar o jogo de forma épica.
Os flops foram se suscedendo. Na maioria da mesa, ouros. Não se pode voltar atrás com all-in. Mas o meu desespero se somava ao desespero de todos os jogadores.
Quando todos baixaram suas mãos, talvez a jogada mais cagada e inacreditável da história dos jogos de cartas daquela escola tenha acontecido.

Ninguém tinha rigorosamente nada de bom. Eu e mais 2 cabeças conseguimos um par, com o diabo do 2. O desempate ficou por naipe. Na maioria de ouros, eu me destaquei junto do João. Mas nada bate um Ás. NADA.
Foi a primeira vez que joguei poker. E num blefe desacreditado até por mim, ganhei todas as fichas do jogo em uma única jogada. Nem um roteirista de hollywood ia desenhar uma jogada tão magistral, acidental, e ainda por cima, com as combinações mais fracas possíveis em uma mesa pra texas hold'em.


Enfim, voltando a narrativa do meu aniversário, pois logo logo eu retomo essas coisas nostálgicas. Não é preciso ser muito esperto pra perceber que esse post vai ser longo, e que vou recobrar muita coisa da minha vida aqui nele.

Propûs um rodízio de churrasco aqui no La Bonne. Como anfitrião à moda antiga, e convicto da importância na minha vida de cada um dos convidados, resolvi pagar o rodízio de todos. Na mesa, éramos eu, Dominique, Diogo, minha prima Marcela, Phelipe, Bruna, Bia, Julio, Larissa e seu namorado Daniel (não que sejamos íntimos, mas nada mais justo se eu levei Domi no níver da Larissa, pra não ficar tão isolado, e ele é muito gente boa).
Eu também tinha chamado Pedro, Gabira, Henrique e Thaiane, mas deu ruim. Pedro e Gabira vinham de show da Soft War (a banda deles) na véspera. Henrique tinha me confirmado mas não consegui entrar em contato com ele. E bom, quando todos já haviam chegado, ficou complicado saber onde ele estava. Thaiane não conseguiu vir, o que foi uma pena., mas fazer o quê....
Aliás, "escalar esse time" não foi nada fácil. Muitas amizades recentes conquistaram seu espaço, muitas antigas também sempre foram muito agradáveis. Não é fácil parar pra pensar em quem são seus 10 melhores amigos. Alguns são muito óbvios. Mas a verdade é que eu sempre fui um cara de coração mole, apegado às pessoas. É difícil eu não querer muitos por perto, pessoas que eu confio e que aprendi a conviver.

Por outro lado, é claro que ser assim, boa praça, bom sujeito, sempre teve e tem seu lado ruim. Durante toda a minha vida eu tive muita dificuldade de separar de fato os amigos, dos colegas. Eu aprendi muito com esse tipo de erro, mas falando de forma sincera, eu não sei bem dizer até que ponto eu aprendi com certeza. Não sei dizer, 100% seguro, se aqueles que considero amigos (sem a qualidade de serem bons amigos ou melhores, porque esses não são colegas) são realmente amigos ou colegas que mantém uma boa vizinhança e convivência, mas apenas pelo bem do seu interesse.


Aliás, eu já ajudei demais nos interesses dos outros sem pensar nos meus. Minha vida amorosa antes de topar com a Dominique sem dúvida é um desastre. Já tive paixonites dos piores tipos e espécies possíveis e imagináveis. Como era o nome mesmo...? Tati...Thati, Thaty, enfim, vocês sabem a pronúncia, só não lembro como escreve. E to pouco me fudendo pra isso. Essa é a primeira história que lembro. Mas que merda, que porcaria. A garota tinha namorado. A gente no 8º ano e o namorado na facul. Eu nossa, um paspalho. Ajudava em tudo que era trabalho.
A história se repetiu com a Taissa, uns 2 ou 3 anos depois. Aliás, nada nas fases da minha vida podia ter sido pior que aquela fase. Nenhum ser humano com o mínimo de inteligênca poderia se submeter a tais condições de babação de ovo, encheção de saco e paixonite aguda, em hipótese alguma, e ainda a troco de nada. Talvez o mais medíocre disso é que, se nenhum ser humano de mínima inteligência o faria, por quê diabos EU, que sempre me destaquei pela inteligência antes de tudo, fiz questão de passar?
Sendo franco, ter conseguido e mantido a amizade dela ao longo daquele tempo todo foi algo um tanto quanto curioso, inesperado, e a que reconheço a gratidão. Apesar dos péssimos bocados.
Mas o que ficou dessa amizade? Não posso ouvir falar da garota sem lembrar de todas as idiotices que eu já cometi na minha vida sem razão alguma para tanto. Não posso ouvir falar, que já me lembro das confusões armadas pelos que nos cercavam pelo simples prazer de ver o besta apaixonado platônicamente, mas de forma aberta. Também não posso deixar de admirar a santa paciência que a figura deve ter adquirido, porque o que ela já deve ter passado vergonha por isso, eu não quero nem fazer idéia.
A paciência da Taissa, por algum motivo, foi uma das coisas que catapultou o meu primeiro "namoro", com a Jenifer.
E aí eu novamente me coloco na posição de não posso ouvir falar da Taissa, porque a "melhora" de situação foi péssima.
Aliás, eu me recuso a chamar aquilo de namoro. Nem ficar era direito.
Sem dúvida, eu posso ter tido meus sentimentos naquela época, mas parando pra pensar, foi a corrida de um cara que andava desamparado do mundo pra uma garota que sabia confortar. Foi pura carência minha. Com todo o respeito à ela e talz, mas se eu não tivesse passando por tudo que eu passava no momento (a minha vó tinha falescido, eu era o único apoio forte da casa e não podia desabar, mas tinha que assistir ao festival de lágrimas), talvez eu nunca tivesse reparado na amiga da Bia Calazans e da Carol. O mais ridículo fui EU ter tomado o fora. Mas tudo tem seu lado positivo: o fim dessa "relação" me aboliu as paixonites, que graças a Deus, seguiram pro além. E finalmente eu aprendi a me valorizar. Eu não era, nem sou, qualquer um. Eu era e sou um cara maduro, fiel, generoso, inteligente e até bonitinho. E humilde pra reconhecer os erros e fazer tudo melhorar. E antes desse episódio, eu nunca tinha podido afirmar tais coisas com convicção.


E realmente, não consigo me focar no quesito de manter uma linha de narrativa. To parecendo o Costinha, que começa uma piada mas se lembra de outra por causa de uma palavra.

Bom, o churrasco correu bem, tranquilo. Comilança abastando à todos, mesmo o Julio, que é vegetariano convicto. Não, ele não pôs carne na boca, mas atacou o buffet como bem podia. E todos podíamos.

Engraçado isso, às vezes, mesmos os amigos mais chegados, ficam com vergonha de comer muito na frente uns dos outros. Uns se seguram, outros nem ousam repetir pra não parecer porcaria. Agora você imagine se só tivesse coxinhas de galinha sendo servidas em uma mesa onde esse ritual estivesse acontecendo: uma procissão de tartaruga até que alguém se desiniba pra pegar a coxa com as mãos mesmo. Ao primeiro sinal de deselegância, é dada a largada e começa o festival de porcarias que ninguém dá a mínima atenção. Ninguém mais liga parecer mal educado: já puxaram, já teve o bode espiatório.

E sendo em situações assim ou não, às vezes um bode espiatório é muito necessário. Parando pra pensar, eu já fui muito bode espiatório, só pra tentar fazer os colegas se soltarem. Nunca fui um cara muito atentado ao grande ideário burguês frescurento e cheio de não me toques. Não sou nenhum ogro, é claro, mas tem coisa que eu faço questão de burlar. Sério, pare e pense: que seria da vida sem aqueles deslizes naturais? Jamais se corta um motivo saudável e recomendável de risadas.


Risadas foi algo que não faltou, isso é certo. Ficamos um bom tempo todos por lá, e só pelas 3 e pouco chegou minha mãe com um bolo (confesso que pra minha surpresa) e pra pagar a conta. Não que a grana fosse dela, realmente era minha, da minha conta. Não vejo porquê eu não podia agradecer aos essenciais por sua presença em minha vida. Logo após isso, fomos todos pra tirar foto com a recém inaugurada estátua do Renato Russo, ali pertinho (sim amigos, Russo morou na Ilha). Claro que o sol da tarde matou a cara de todos.



Ah, detalhe esperto: os óculos do Renato são colados na estátua. Soldados. É, Drummond, alguém aprendeu com teu sofrimento lá na praia....

Já nesse instante, Larissa e Daniel seguiram seu caminho pra casa. Estavam cansados de véspera (e também pudera. Eu também não sabia como ia ficar no fim de dois dias seguidos de comilança e curtição). Dali fomos ao shopping e os amigos resolveram que não poderiam ficar para o cinema, uma vez que seria um tanto quanto tarde pra voltar depois. Na hora eu fiquei um pouco chateado, mas fazer o quê né, tem coisas que não se pode evitar. E isso meio que nos motivou a aproveitar o resto do tempo, que ainda era bem grande.

Bem grande.

Aproveitando o gancho....
Sem dúvida, pensar nas coisas que não se pode evitar, mas que incentivam em outros focos, é algo que marca muito a minha vida. Pelo menos até agora.
Não pode ter exemplo maior que a separação dos meus pais, ao cargo dos meus 8 anos. Eu era grande e precoce o suficiente pra saber muito bem o que tava acontecendo. Aliás, já nos meus 6 anos eu percebia o que vinha acontecendo.
A separação dos meus pais foi o mais difícil possível. Pior que eles se separarem foram as consequências. Morar aqui, na infância, foi sem dúvida o pior que poderia ter me acontecido. Não a toa, eu sempre disse a todos que, quando me mudei pra casa da minha vó, minha infância acabou. Minha vó (que Deus a tenha), com todo o respeito, era uma pessoa podre. Vampiro emocional. Reprimia todo e qualquer fio de felicidade que surgia na casa com esporros desnecessários, ríspidos e dolorosos. Fazia tudo de má vontade, as tais tarefas domésticas. Como se eu e meu irmão, crianças no meio de um tornado, tivéssemos mandado ela arrumar a casa. E se nós fazíamos, só sabia criticar.
Eu passei anos tentando amar minha vó, e confesso que uma das minhas maiores frustrações foi que raramente tive momentos bons com a megera. Eu realmente criei ódio dela, por muito tempo. Todos na casa, no fundo, tinham. Mas morar de favor te coloca em condições péssimas. No primeiro ano de separação dos meus pais, eu fugi.

Sim, eu fugi. Meu pai veio aqui nos ver, discutiu com minha mãe pra variar, mas eu lembro que na época, a provável mentira pra aliviar o processo era que passaríamos dois meses aqui. Esta visita do meu pai calhava de ser nos exatos dois meses. Eu não quis nem saber. Meu pai foi indo, e eu zarpei fora atrás dele. Impulso de tamanha coragem que talvez eu jamais repetisse, em outros contextos. Ou egoísmo. Não dá pra definir. Eu era uma criança. Me prometeram uma coisa em troca do sofrimento nessa casa, e eu tratei de buscá-la. Só queria voltar a ser feliz. Eu tinha 8 anos e não me considerava uma criança feliz, mas eu já tinha sido. A imagem da minha mãe chorando copiosamente no portão, por minha culpa, é algo que não sou capaz de esquecer, e que me aterroriza sabendo que será algo inevitável quando eu sair de casa pra morar sozinho. Que terá que acontecer.

Não que a fuga tenha durado. Na casa do meu pai, chorava ao telefone com meu irmão. Ele também pesou muito no meu peito aquela tarde. Minha mãe, acompanhada da minha tia, veio me buscar. Mais uma briga descomunal, eu e meu irmão inquietos, sem saber porquê as coisas tinham que ser daquela forma. No fim, meu pai era quem chorava até não poder mais, e eu voltei pra cá.
Com 8 anos de idade, eu renunciei ao estado de espírito infantil, e prometi a minha mãe que não fugiria. Que ajudaria a cuidar do meu irmão, e que seria um homem de valor.

Meus pais sempre foram maravilhosos pra mim em quase tudo. Meu pai foi meu primeiro ídolo. Foi o principal responsável pela minha formação cultural, pelo começo da construção da minha identidade. Foi quem me fez vencer os medos (nem todos). Quem sempre me ensinou a me virar.
Minha mãe sempre foi doce, gentil e carinhosa. Nunca deixou faltar o sustento. Sozinha, e por escolha própria, deu conta de tudo que podia e ainda mais. Tenho certeza de que quando viemos pra cá, ela sustentava a maior parte das contas da casa.

Claro que tem seus defeitos. Meu pai é um pão duro da pior espécie, e com os próprios filhos. Estourado demais pra pouca coisa. Minha mãe tem problemas mentais no que tange ao quesito liberdade: liberta os filhos de tarefas de fácil realização e os prende no quesito social. Acredita fielmente que jamais vamos sair de casa. Ambos, não são capazes de se respeitarem, ou reconhecerem a influência positiva de cada um em mim e meu irmão. E quem escuta? O filho maduro. Maduro desde o 8, bota na conta dele, ele aguenta.

Fui bode espiatório deles dois por 10 anos. E contando.

Mas tudo isso me fez saber escolher bem o que observar. Saber ao que se deve dar atenção. Você só é capaz de conviver com alguém se conhece e não se estressa seguidamente com os defeitos dessa pessoa. Tem coisas é claro, que exigem outra postura. Mas isso é outro papo....


Enfim. Aturar minha vó, as dificuldades constantes de adaptação, crescer, as restrições toscas da minha mãe junto com a apatia forçada do meu pai me levaram a me tornar um cara extremamente chato e sofrido. Mas, chatice necessária. Eu virei meu cobrador, não tinha pai perto pra isso. Sofri mas aprendi. Mesmo o ódio se foi, e virou indiferença pela minha vó. E de novo, que descanse em paz.


Voltando ao meu aniversário. Depois de comprar os ingressos, saímos a procura de programas. Depois de voltas um tanto quanto cômicas no shopping, e a tentativa falha de todos de me convencer a cortar o cabelo, passamos um bom tempo nos divertindo na magic games. Air hockey e martelo fazendo a diversão.

Ao cabo das 5 e 30, Julio resolveu se aventurar no laser tag. Partiu junto da Bia, e acabei topando a aventura, arrastei a Domi junto. Mas que porcaria aquilo. O laser tem sérios problemas de reconhecimento no colete. É um cubículo, coisa pra criança bem pequena. Impossível achar graça.
Mas ao fim da história até que foi divertido.
Falei com meus amigos, cuja hora já batia.
A minha também.


"Batman: the dark knight rises" é simplesmente o final épico da trilogia do Morcego feita por Christopher Nolan. Genial, sem mais descrições. Se o ponto alto de toda a ação e interpretação está em "Batman: the dark knight" , o 3º filme resume todos os dilemas dos anteriores pra se renovar e dar fim a lenda do cavaleiro das trevas com todo o louvor.

Um começo nos tempos de paz, o Wayne recluso por 8 anos é cativado por Selina Kyle, a Mulher Gato (excelentemente interpretada por Anne Hathaway), que começa a descobrir o ressurgimento da Liga das Sombras, encarnada em Bane, perigoso mercenário de força sobre humana. Gordon descobre um bom policial determinado no começo da procura pelo esquema armado de Bane com um magnata rival de Bruce, o jovem Drake Robin (calma calma rs). A revelação de Alfred e sua separação do eterno companheiro, embora fosse em prol de seu bem estar.
A luta e derrota crítica do cavaleiro das trevas, com a coluna quebrada (como nos quadrinhos). O arrependimento da ladra mais querida dos quadrinhos. O cativeiro de Bruce, na prisão onde Bane se desenvolveu, forçado a ver sua cidade tomada em sítio sob uma ameaça nuclear. A resistência psicológica dos policiais, especialmente Drake e Gordon.

 E como dita o filme: o ressurgimento do Batman, antes jogado aos trapos, mais forte e mais imbatível do que nunca. Vencendo a dificuldade na prisão, retornando para o combate final. Uma corrida contra o tempo: Batman, mulher gato e os policiais contra Bane e o exército de mercenários e criminosos de Gotham, enquanto Gordon procura o reator nuclear, posto em movimento. Eis que as reviravoltas nos trazem Miranda Tate, ou melhor, Talia Al Ghul (filha do poderoso Ra's Al Ghul) como a mandante de tudo (pra surpresa até minha num primeiro momento, mas finalmente completando o sentido da trama), tendo Bane apenas como aliado. Bane cai, mas os heróis tem pouco menos de 15 minutos pra encontrar o reator. E mesmo quando o conseguem parar, as artimanhas de Talia provocam uma situação sem saída: não havia como remontar o reator de modo a impedir a explosão.

E então a conclusão épica. O "sacrifício" do Batman, que carrega o reator em seu planador para o mar, onde explode. O Batman não é mais visto. Se torna a lenda eterna de Gotham. Porém, sinais muito claros mostram que o morcego conseguiu escapar. Desde o planador com piloto automático consertado, até sua aparição em Florença com Selina, provavelmente já sua esposa, pra deleite de Alfred, numa troca de olhares já anunciada, e compreendida por todos os presentes na sala.

E finalmente, Drake encontra a caverna da lenda, e fica a espera dos fãs pelo legado.





Mas enfim. Batman deixa um legado no filme, e mesmo quem não é fã deve admitir que Christopher Nolan SABE fazer um bom filme. "Rises" termina tudo da forma que deveria ser, e ambiguamente, quebrando alguns padrões dos filmes de heróis. Sim, o Batman é incorruptível, é o herói, é a justiça, é perseverante. Mas luta afastado da lei, e cada vez que Wayne põe sua roupa é cada vez mais desgastado. Como os quadrinhos sempre passaram, a trilogia Batman por Nolan reflete claramente a humanidade de Wayne por trás da eternidade de sua capa. E é algo que todos devemos levar em consideração. Buscar a forma certa de tratar as coisas sempre é desgastante. É o correto, mas não é fácil. E mesmo o super herói também merece seu descanso antes que se destrua. Pra nós, buscar o certo sempre é tão exaustivo quanto, então é sempre bom saber que batalhas se deve lutar. Nem tudo pode ser resolvido e acertado pelo nosso desejo individual. Deve-se saber até que ponto dá pra aguentar o preço, e aí sim, lutar com tudo. Portanto, escolha bem suas batalhas. Saiba aquilo que é certo defender, e que não vai te consumir se o fizer.


E puxando o gancho do legado, já não é de hoje que, conversando com meus amigos de Pedro II, e parando pra pensar nos novos que fiz por lá ano passado, eu fico muito feliz de poder constatar que deixei um legado por lá.  E um legado que não se baseia em conquistas pelo rendimento. Sabe, me refiro às amizades. Meus dois melhores amigos estão por lá, se formam esse ano. Dali, vão como eu, começar a traçar um novo rumo nas vidas. Henrique e Phelipe são dois irmãos que não sei nem como descrever. Somos amigos há menos tempo do que sou amigo do Gabira ou do Pedro por exemplo, que também são dois irmãos pra mim, mas seja lá por maiores semelhanças, seja pelo que aprontamos em tão pouco tempo, essas duas figuras me marcaram e me ajudaram a crescer. E devem tá lá me difamando na escola pra se divertir rs.

O Phelipe e eu nos conhecemos pelo meio mais lógico. Bom, não seria um canhoto tocando violão como canhoto algo estranho para outro canhoto?

Por razão de sermos poucos, nós canhotos tendemos a nos achar únicos pelo menos nisso.
E aí quando você se esbarra com outro, curiosidade é pouco pra descrever o que acontece. Mas também rola muita divisão de posses. E quando se trata de música, isso significa trocar experiência. Não que toda experiência seja super válida: Phelipe sempre teve um fraco com canções pop melody da moda. Mas vai entender, até hoje eu lembro como toca "Pensa em mim" do Darwin, e boa parte da letra. Culpa dele.
Phelipe foi provavelmente quem mais escutava minhas desventuras. E claro, eu sempre escutei e escuto as dele. De fato, o primeiro não foi nem um pouco fácil pra gente nesse sentido. Depois ele ficou muito de boa com o passar do tempo. Eu só me compliquei, como disse parágrafos atrás.
Sendo extremamente franco, Phelipe foi a primeira pessoa que me mostrou o que era compreensão instantânea. Não dizer nada, apenas se entender com a presença um do outro. É o meu Lennon, digamos assim. Sempre pensamos em formar algo de música. Eu sempre dou palpite nas dele, ele costumava ouvir as minhas (eu to seco depois de tanto stress e tanto estudo...mas continuo tocando). Dá ódio morar na Ilha às vezes.

Henrique é uma figura mais que impagável. Meus laços com o Monuma sempre foram fortes (e é devido a isto que já explico o legado), mas se intensificaram quando demos ao cabo de começarmos a conversar. Não foi um processo rápido como com o Phelipe. Henrique bem sabe, o primeiro ano não nos tornou os caras mais próximos, talvez bons amigos. Mas por alguma razão, no segundo a coisa se desenrolou de maneiras hilariantes. Se Phelipe foi o consultor, Henrique foi o agenciador dos meus momentos mais épicos no segundo e terceiro anos. Estava presente do meu lado exatamente na hora dos atentados. E tirou proveito pra se e me divertir como um camarada de primeira deve fazer.

E o Monuma sem dúvida é o legado mais sólido que eu deixei por lá no CPII. Acima de reputação, ou algumas poucas amizades que escapam desse círculo. Pra quem não sabe, Monuma é uma abreviação carinhosa e que se firmou entre nós, membros, de Monumento. Não é que exista de fato algum monumento em São Cristóvão, mas desde que entrei no CPII, na antiga 5ª série, havia uma pilastra inclinada na direção das escadas da Ed. Física. Quando firmei minhas amizades com Pedro, Pablo e Gabira, por talvez uma simples questão de vista e sombra, nos reuníamos neste pilar. Geralmente sentados, mesmo com o chão esfascelado de cimento que não segurava a grama nascente. Esse hábito coincidiu com nossas andâncias com Jay-Z, Kainan e Flávio, que já eram amigos de Pedro e Gabira ainda na UESC I. Eram mais velhos que a gente. As influências dos 3, combinadas com as reuniões certas no recreio em frente ao pilar, foram muito acolhedoras pra mim, que vinha de uma escola particular, sofria "bullying" como qualquer criança gordinha (e olha, cá entre nós, temos que deixar de ter frescura com bullying. O bullying das crianças pode ser até mais discarado, mas tem muito mais inocência e serve muito pra aprendizado. Se te põem um apelido, você põe outro de volta se não gostar. E outra, rir de si mesmo, aprender a reconhecer as suas limitações, te dá humildade. E quando se é criança, pode brigar a vontade por bullying. Pode chorar, pode espernear. É processo de adaptação. Agora, crescido, se você ficar mal porque nego disse que você é feio, você tá bancando o ridículo. As pessoas podem ficar magoadas, ter essa dificuldade pra madurar e entender que são ofensas mínimas e atitudes de lixo que não tem e não podem te abalar, mas tem que entender, que ficar remoendo bullying depois dos 13 ou 14 anos é perda de tempo. O que te molda e define é o que você pensa de si mesmo, e não o que os outros dizem. E se você não aprendeu isso na infância, pode acreditar: o seu bullying atual vai ser muito benéfico, pra te fazer aprender. Claro que nisso eu não to envolvendo agressão, e mesmo nesses casos as pessoas aprendem a se impor e se defender. É sempre bom lembrar que bullying e brigas podem ser causa e consequência, mas ainda há uma linha tênue), e também não tinha muito com quem falar sobre rock n' roll. As reuniões no monumento transformaram o local no Monuma. Na época, Geraldo e Sousa também se juntariam ao grupo.
E dali se furmou a trupe. Rock n' roll, piadas, dramas românticos dos desajustados de toda e qualquer modinha, irmandade, mágicas de baralho, poker, joguinho do papel, novas amizades, um círculo cada vez maior. Eu, Pedro, Gabira e Pablo, segundo o que o Geraldo disse uma certa vez, éramos os 4 originais. E pensar nisso me fez sentir melhor que um beatle. Me fez sentir Monuma, como sempre. De qualquer forma, hoje estão lá diversos membros acumulados ao longo desses anos. Muitos deles das antigas como Kadu, Rappa, Davi, e outros mais recentes como o Henrique, Zy e LF. E sempre há novas pessoas chegando ao nosso templo conforme o tempo passa. O Monuma ainda tem marcas de nossas histórias por lá, e sobrou gente pra contá-las. Pode parecer até idiota ou presunçoso, mas ali eu criei parte da minha vida; e hoje, eu ter o privilégio de ver a história seguir e nos registrar, é mais que especial.


Após esse papo de filme e legados, eu só lembro agora que voltei pra casa, e curti o resto da madrugada que ainda me cabia comendo os cupcakes que Domi tinha me feito. Hoje é dia 6 de agosto já. Faz uma semana. Semana que vem é o dia dos pais, e eu quero só ver como vou fazer.
Até porque dia 9 eu faço 1 ano de namoro com Dominique.

1 ano com essa menina.
Não vai custar muito recobrar essa experiência toda por agora. Simples: eu a conheci numa época em que meus posts no blog tinham caído de maneira levemente acentuada. Então não vai demorar tanto assim. E este post tá mega longo, eu sei.

No dia que nos conhecemos, foi meio que paixão a primeira vista. Não que eu tenha admitido, muito menos ela. Mas bastou trocar olhares. No blog, eu tava empolgado depois de ter visto "Transformers 3: dark of the moon", e acabei dando foco pra isso. Mas eu citei Domi.
E no nosso próximo encontro, já rolando o primeiro beijo (que eu roubei bem roubado xD) , eu fiz um post com um poema ridículo sobre minha vida. Agora, sabe lá pra Deus a quem eu quis atingir com aquele poema. Se assim o posso chamar.

Dali fomos ficando, falando, se gostando. Eu falei te amo primeiro, claro. Sou mais atirado quando me apaixono. Não tem muito jeito. A sinceridade se extravasa até demais.

E olha, dizer que tudo foi fácil é loucura. Com Dominique, nunca foi tudo fácil. Ela é estremamente espirituosa, e cabeça dura como eu. E tivemos fases tão péssimas como tivemos fases perfeitas.
Mas é exatamente isso que constrói um relacionamento. A capacidade de superar as adversidades e se manter ao longo do tempo. De ser feliz e ter alguém compartilhando isso passo a passo.

Meu último ano foi disparado o melhor de muitos, e ela influencia diretamente nisso. Te amo Domi, ainda vai me aturar muito.

Enfim. Ao longo dessa semana que se inicia eu vou ter que correr atrás de muita coisa. Vamos ver se consigo tudo. Abraços a todos que ainda se encontram lendo este recanto da minha mente!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Prévias e programas

Então friends, cá estou eu por aqui, num dos poucos posts do mês. Em pensar que nesse mês eu poderia ter escrito bem mais né.

Bom, uma das minhas ocupações aquém do óbvio (é óbvio que nas férias eu fico jogando, namorando com a Domi, e dormindo pra caralho) já fora revelada no post passado. Eu tinha lido a biografia de Paul, e neste momento me concentro em ler "Confesso que vivi", do genial Pablo Neruda. Na lista de leitura, ainda figuram a biografia de Steve Jobs, o clássico "A lista de Schlinder" e mais um livro beatlemaníaco: "O jovem Lennon".
A leitura é um hobby que sempre gostei de ter. Aliás, ter uma variedade de hobbies é um privilégio das épocas boas de calmaria como agora, sempre bem vindas. Ler, tocar violão, jogar algum game, namorar, etc. Poder ter uma gama de possibilidades já é tão bom, que mesmo que não se escolha ou se possa no momento fazer qualquer uma delas, só de poder escolher tá ótimo.

Aos poucos, vou acertando os detalhes pra comemoração do meu aniversário. No dia eu quero algo mais família, chamar os mais íntimos e tal. Aí depois, um programa pra galera toda, algo bem grande e que valha a pena. Várias opções já estão sendo avaliadas aqui por mim e minha digníssima mãe, ou melhor, o setor financeiro. rs

Amanhã, ou melhor, hoje, pois já virou a meia noite, tem Botafogo e Vasco. Se der, meu pai me leva. Jogo importante, não só por ser clássico, mas porquê o Botafogo tem a necessidade da vitória pra voltar a encostar no G4, bem como o Vasco precisa da mesma pra se manter disputando a liderança com o Galo.
No jogo passado, a estréia do craque Seedorf (com atuação que só foi discreta porque o Elkeson fez questão de cabecear bizonhamente após receber um cruzamento lindo de uma jogada perfeita do holandês) não segurou as pontas do time contra o enjoado e agressivo time do Grêmio. Fora os pênaltis discaradamente roubados que não nos deram.

Se eu não for no jogo,  vou poder sair com a Domi e namorar bastante. Esse é o bom, não tem dia perdido nas férias.

Logo logo eu volto meu foco pro estudo, então até lá vou aproveitar bastante. E tem 'Batman: the dark knight rises' já saindo na sexta-feira. Não perco por nada.

Abraços